BERENICE
Abri os olhos ainda me sentido cansada, percebi onde dormi e confesso que me assustei.
Mexi o corpo, tentando não acordar o Caveira, mas seus braços se pertaram em volta do meu corpo, resolvi ficar ali mesmo.
Observei o rosto dele, cada traço marcado, forte e atraente, uma expressão pesada o rondava, mesmo dormindo.
Ousei subir uma mão e fazer carinho, o mesmo se mexeu soltando algumas palavras desconexas, parecia algum tipo do sonho atormentado, aquilo se repetiu mais algumas vezes e eu ouvi ele tocar no nome de seu pai pela primeira vez.
— Ei...— Passei a mão no rosto dele. — Caveira ? Acorda — Ele abriu os olhos assustado.
— Oque foi ? Você tá bem ? — Analisou meu rosto machucado. — Tá com dor ?
— Calma...eu tô bem, tá doendo um pouco, mas, eu estou bem — Tirei a mão do rosto dele. — Você tava sonhando...—
— Te acordei ? Foi mal ! —
Apoiou outra vez, a costas na cabeceira estofada da cama.
— Eu já tinha acordado, só não consegui sair —
Ele se deu conta de que ainda me abraçava e me soltou rapidamente.Por muito pouco, eu pedi pra não fazer aquilo.
Sai do colo dele e me levantei.
— Eu vou usar o banheiro, licença —Peguei uma das bolsas que estavam no chão e entrei no banheiro.
Babei outra vez em tudo e fui fazer minha higienização matinal.
Depois de escovar os dentes, lavei o rosto e sequei com cuidado, me olhei no espelho, meu olho estava roxo e bem inchado.
Bufei abaixando a cabeça me sentindo mal. Fiquei ali por algum tempo até ouvir o dono da casa.
— Aê, tu tá bem ? — O pai do meu filho bateu na porta.
Abri sorrindo de lado.
— Sim, desculpa a demora — Sai e ele entrou, a porta foi fechada
outra vez.
Troquei de roupa rapidamente e arrumei a cama, me sentei na ponta dela e fiquei esperando o Miguel sair do banheiro.
— Você não vai tomar café ? —
Pareceu estranhar a minha presença ainda ali.
— A casa não é minha, eu não ia sair procurando a cozinha — Ele riu e se trocou na minha frente mesmo.
— Aê, tem espaço aqui — Abriu o tal do closet. — Guarda tuas coisas onde achar melhor, pode tirar do chão. Agora bora, que tu não pode ficar sem comer —Peguei minhas vitaminas e acompanhei ele.
Chegamos na cozinha e Beth me olhou perdida.— Bom dia...—
— Oi, bom dia. Então quer dizer que...é você ? — Assenti.
Júlia, por sua vez, gritou feliz.
— TIAAAA !!! — Saiu da cadeira e me abraçou ela. — Eu tava com saudade — Olhou meu rosto. — Oque aconteceu ? —Peguei a pequena no colo, ignorando minha dor nas costas.
— Sim, Beth, sou eu...— Acho que ela se referia, a eu ser a mãe do filho do Caveira.
Voltei a atenção pra Julinha.
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Na mira do Amor
عاطفيةDesalmado e sem amor, está disposto a lutar pela sua comunidade mas não por seu próprio coração, ele é rancoroso e problemático. O Famoso Caveira leva no peito um ódio mortal por sentimentos e pretende continuar assim. Mas a vida cobra oque não est...