BERENICE
Cheguei em casa e fui logo bater um prato enorme de comida.
Não contei pra Beth nada além da consulta do bebê e pedi pro Caveira não contar também.Nós almoçamos em silêncio e quando terminamos, eu ia lavar a louça, mas o Caveira me disse que não precisava, ele faria.
Subi e fui tomar um banho.
Lavei meu cabelo e saí com uma toalha na cabeça e no corpo um vestido que estava me apertando um bocado.
— Tu não para de crescer em, a mamãe já está sem roupas pra usar —
Me deitei na cama, ultimamente eu só sabia fazer isso, ficar deitada debaixo das cobertas, sem nada pra fazer e as vezes passando mal também.
Senti meu bebê chutar e coloquei a mão na região.
— Se soubesse como isso é bom, não pararia nunca — Fechei os olhos sorrindo.
Ouvi a porta e continuei como estava.
— Curte pra caramba, né ? — Caveira perguntou e eu abri os olhos.
— Oque ? — Me arrumei na cama.
— A barriga, o Dan, a gravidez em geral — Sentou do lado vazio da cama e tirou a camisa.
— Muito. Eu não tenho dúvida que foi a melhor coisa que aconteceu — Passei a mão no pano esticado que cobria minha barriga. — A mamãe já te ama tanto — Pensei alto.
— Esse vestido tá apertado pra porra, em ? O bagulho ta agarrado pra caramba no seus peitos —
— Sim....— Vi pra onde ele olhava e senti meu rosto queimar.
— Tá sem roupa ? — Mudou o foco.
— Mais ou menos, tenho algumas pra sair, mas as que geralmente uso, estão apertadas —
— Porque não avisou ? — Levantou. — Quer ir comprar ? —
— Não, não é pra gastar comigo — Fechei os olhos bocejando.
— Se liga, mina, vamo logo — Fingi não ouvir. — Aí...tu me disse esses dias que precisava começar a comprar as coisas dele, né ? A gente já aproveita pra fazer isso —Fiquei tentada.
— Dá pra comprar os bagulho do quarto também —
O olhei.
— É Sério ? — Ele afirmou e eu levantei. — Eu...posso pegar uma camisa sua ?. A blusa que usei hoje também estava apertada —
— Tá, pega, tem problema não —Sai animada e logo voltei vestida num short jeans curto que mal fechava e uma camisa branca dele. Nos pés um tênis branco também.
— Vai descendo, eu já vou—
Desci as escadas e já sai de casa, fiquei esperando ele perto do carro, eu fiquei bem animada com a ideia de comprar as coisas pro meu filho.Não demorou muito e nós estávamos no centro. Achei melhor do que ir num shopping.
Eu paguei minhas roupas e um pouco das do bebê, com o resto de dinheiro que eu tinha.
Caveira ficou de bico mas depois aceitou.Ele comprou todos os móveis do quarto de uma só vez, incluindo tudo que o bebê precisaria.
Fraldas, chupetas, mamadeiras, chuquinha, lencinho, pomada, talco e mais uma imensidão de coisas que ele me explicou.
— Isso é engraçado —
— Oque ? — Entregou o dinheiro pra atendente que o olhou desacreditada.
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Na mira do Amor
RomanceDesalmado e sem amor, está disposto a lutar pela sua comunidade mas não por seu próprio coração, ele é rancoroso e problemático. O Famoso Caveira leva no peito um ódio mortal por sentimentos e pretende continuar assim. Mas a vida cobra oque não est...