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BERENICE


Dormi até tarde e fui acordada com direito a almoço na cama.

Eu não imaginava que um dia ganharia isso, não do Caveira.
Quando eu terminei ele levou tudo e foi pra boca.

Eu continuei deitada, deixei um sorriso escapar lembrando do que me disse ontem. E eu sei, era o álcool e eu sou iludida. Mas mesmo assim, eu gostei, acho que vou deixar ele bêbado sempre, a partir de agora.


— Foi realmente ilusão — Bufei e me levantei.


Fui ao banheiro e tomei um banho demorado, aproveitando pra lavar o cabelo.
Me sequei, vesti um short e uma blusinha larga, que não estava tão larga assim, mas okay.

Desci e comi um pedaço de bolo, com Mufaza me olhando, ele não saia mais de perto, me seguia para todos os lados e eu gostava.


— Bora passear ? —


Ele me olhou e já começou a abanar o rabo.


— Só tenho que achar seu peitoral e a guia — Fui pra área da piscina e olhei num quartinho de bagunças, onde ficavam as coisas pra limpar a água.


Numa prateleira no alto, estavam as coisas do Mufaza. Peguei a guia preta e o peitoral, prendi nele e entrei outra vez.

Avisei a Beth que eu ia buscar a Julinha e ia levar o dog, ela concordou e eu sai.
Estava descendo o morro com Mufaza e num dado momento, percebi que Beatriz ficou me encarando do outro lado da rua.

Fomos descendo até ela atravessar e vir pro meu lado.


— Oque você quer ? —


— Nada, linda — Sorriu. — Tá indo buscar a Julinha ? —


Parei de andar.


— Sim. Muita intimidade com ela, né ? — O Mufaza sentou entre as minhas pernas.


— A Julinha sempre fala comigo, me adora — Dei risada. — Oque ? —


— Acho que não. Ela te acha bem oferecida — Recebi um olhar de raiva.


— Até parece, você que é sonsa — Cruzou os braços. — E aí, tá se adaptando na casa dele ? —


— Sim, nosso filho ama o conforto, a cama maravilhosa então, nem se fala —


— Você é muito folgada — Apontou minha barriga. — Ele tá bem ? —


— Ótimo, não poderia estar melhor, sempre bem cuidado — Mufaza rosnou pra ela e eu dei mais uma volta na guia pra segurar ele.


— Então, cuidado pra ele não ficar mal, e você também.
É bom não estar dando em cima do Caveira —


O cachorro começou a latir pra ela desesperadamente e até avançou.


— Mufaza, quieto !! — Dei graças a Deus, pelo bom treinamento que o dono deu a ele. — E eu acho bom, não falar assim comigo outra vez —

Sorri.

— Todo mundo sabe que toda mulher de bandido tem uma inimiga, que era a puta apaixonada, e mais uma vez a história se repete.
Mas, não comigo, eu não tô afim de ser fiel dele, então não se preste a esse papel, é ridículo.
E se ousar, tocar no meu filho algum dia, ou na Júlia, eu não vou precisar do Caveira pra resolver o problema —

Na mira do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora