Eu prometo

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BERENICE



— Posso te contar uma coisa ? — Olhei ele nos olhos, já me sentindo um pouco melhor.


— Pode — Ela parecia com medo de falar. — Tá acontecendo alguma coisa ? —


— Não !...sim. Mas, tem que me prometer que não vai sair daqui feito um touro —


— Tá, prometo, agora fala — Prestou atenção no que viria, tenho certeza que ele já até desconfiava oque era.


— A Célia, só me contou aquilo, porque estava com raiva —

Mordi a boca com medo de falar, mas prossegui.

— Ela vem deixando BEM claro, que essa casa não é minha, que eu não tenho nada e vive perguntando porque eu engravidei logo de você.
Fica mexendo com a cabeça da Jú e mais um monte de coisa.
Ontem, eu perguntei pra Beth, o porquê da Célia ter ido presa, bem na hora, ela entrou entrou cozinha e respondeu, mas depois, disse que quando eu quisesse saber algo sobre ela, não era pra falar com a empregada, e sim com ela, porque ela era a dona do lugar —

Ele já estava transpirando raiva.

— Eu levantei, falei que isso já não era dela há muito tempo. Acabei contando pra ela que seu pai pois o imóvel no seu nome. Me desculpa ? —


— Desculpa ? Do que ? — Arqueou as sobrancelhas tentando entender. — Eu tô é feliz, que tu abriu a boca pra falar alguma coisa —

Sorri.

— Eu não vou mentir, tô louco pra ir lá sentar a mão nela. Mas te prometi, então não vou —


Apertei as mãos dele.


— Obrigado, outra vez. Mas te conhecendo bem, sei que não vai deixar barato —


— Não mesmo, mas não posso tratar isso aqui, eu não duvido que ela esteja escutando atrás da porta —


— Não mata ela — Pedi sentindo meu coração doer. — Não faz isso...ela é a sua mãe, te pois no mundo —


— Fica tranquila, carregar esse peso eu não vou — Senti um certo alívio. — Agora, vem cá —


Recostou nos travesseiros e eu fui pro colo dele.


— Como tu tá se sentindo ? —


— Um lixo...— Ri e ele balançou a cabeça. — Tô brincando. Mas eu não sei, um pouco estranha, eu acho —


— Tá com muita dor ? — Passou a mão em minha barriga, estava visivelmente mais dura que o normal.


— Não, está bem suportável — Coloquei a mão por cima da dele. — Espero que não demore muito pra ele vir —


— A médica disse que sexo ajuda — Dei risada da esperteza dele. — Ela que disse, ué — Deu de ombros.


— E você nem gostou disso ? — Semicerrei os olhos.


— A, não vou mentir não, gostei sim — Beijou minha cabeça. — Quer sair um pouco ? —


— Pode ser...vamos no mercado ? — Ele concordou e me ajudou a levantar. — Vou colocar um vestido —


— Vou avisar a Beth pra pegar a Júlia. Te espero lá embaixo — Assenti e ele saiu do quarto.



Me troquei e peguei minha bolsa, conferi os documentos e sai.

Ao chegar na sala vi o Miguel mexendo no celular. Me aproximei sem segundas intenções e abracei ele por trás. Ele saiu rapidamente.


— Oque foi ? —

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