CAPÍTULO 40

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Ariel

Um jovem menor de idade, chegou correndo perto dos carros que acabaram de chegar. Ele abraçou um outro rapaz mais velho que havia acabado de sair de dentro de uma camionete.

--- Ela prendeu todo mundo! --- exclamou o jovem pião mais velho, quando foi perguntado a ele o que aconteceu.

--- Todo mundo?! --- o outro perguntou assustado. --- Até os policiais que já estavam lá?

--- Até eles! --- o pião fez uns gestos com as mãos. --- E ela fez os caras tirarem a cerca e tamparem todos os buracos que eles fizeram nas terras do Seu Rodolfo! A gente ficou parado lá, vendo eles trabalharem pra arrancar o que eles tinham construído!

--- Nossa! Eu deveria ter ido! --- lamentou o menor, ainda abraçado ao que parece ser teu irmão. Os dois caminharam até o casarão a frente.

--- Não, não deveria --- um homem chegou e abraçou os dois. Creio que deve ser pai e filhos, pela semelhança da pele, do cabelo e das feições. --- Dessa vez a gente deu sorte, geralmente as coisas não acabam tão bem assim.

Já era tardezinha, o ar começava a ficar gelado. Os homens saíram dos carros comemorando e contentes, e marcharam para a casa gigante.

--- A moça foi boa de mais --- um outro pião chegou ao meu lado e me parabenizou com dois tapinhas nas costas. --- Fez justiça a quem merecia.

--- Eu não fiz nada de mais --- eu balancei a cabeça.

O que estava perturbando minha cabeça, era que o tal de Castiel era parente do Leandros. Não sei qual o gral, mas quando estava lendo o processo, o nome Castiel Andrea Correia, foi o que mais me pegou de surpresa.

O homem me deu um sorriso gentil e se despediu com a mão no chapéu e se dirigiu com os outros homens.

--- Como é modesta... --- uma voz rouca disse atrás de mim.

Então, o dono da voz mais sexy que já ouvi me pegou na mão e me puxou sutilmente para trás, me fazendo ficar de frente para ele. Sua mão enfaixada subiu para minha nuca, com o polegar acariciando as maçãs do meu rosto.

Eu suspirei. Olhar dentro daqueles olhos azuis era uma mistura de alívio e de excitação, conforto e recompensa. E de desejo, de paixão e de amor.

Ele me beijou levemente, acariciando meu lábio com a ponta da língua. Eu gemi de prazer, sentindo um friozinho na barriga. Meu sexo se contraiu de saudade. Eu sentia falta do toque dele, do beijo dele. Meu corpo precisava disto para viver.

Quando ele afastou sua cabeça, eu me mantive de olhos fechados, saboreando ainda o gosto da sua boca.

--- Finalmente ganhei um beijo seu hoje, Fazendeiro --- eu sussurrei. Dizendo isso, me afastei dele. --- Agora já posso ir embora. Até mais!

Leandros riu e me puxou para ele de novo.

--- Vem aqui sua manhosa... --- ele passou um braço ao redor da minha cintura. --- Agora eu vou dar toda a minha atenção pra você.

--- Nossa! Que sorte a minha --- eu comentei. --- Mas agora já é tarde de mais e eu quero voltar antes de anoitecer.

Leandros ergueu uma sombrancelha para mim. E eu conhecia muito bem essa cara que ele fazia antes da gente começar uma discussão.

Duas Semanas De Puro PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora