CAPÍTULO 40 parte 5

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Leandros

--- E eu tenho escolha? --- perguntei.

--- Não. --- ela respondeu balançando a cabeça e olhando para a frente. --- Mas, não se preocupe. Vai ser rápido! Não vai dar nem tempo de se arrepender...

Eu desviei o olhar dela e olhei para frente também.

Casamento... Minha nossa!

Não tinha como ser mais lindo e mais charmoso. As flores rosas do ipê no chão, forrando tudo em volta e nos acolhendo debaixo da sua sombra fresca. Os fios dourados do sol da tarde, ultrapassando a copa da árvore e formando um aconchegante e receptivo lugar.

A decoração, bem pensada e estrategicamente posicionada. Ariel deve ter guardado na memória o que eu tinha dito para ela da última vez que nos estivemos aqui sozinhos. Quem diria que ela estava de fato prestando atenção...

As pessoas, gente que me conhecia desde moleque. A minha gente. Meu povo. Os mais queridos estavam presentes, aguardando com olhares ansiosos e emocionados no rosto. Ângela e o Gustavo estavam lá no final, em pé, ao lado do juiz de paz.

Os padrinhos.

E a noiva do meu lado... Ela era a encarnação da perfeição.

Não tinha palavras para descrever o quanto ela estava linda. O vestido de noiva que ela estava usando era todo delicado e rendado. Mas como se trata da Ariel, o corte dele era diferente. Tinha um decote sútil na frente, e nas costas, uma abertura que não dava para passar despercebida... Sensual como só ela sabia ser.

Os cabelos dela estavam soltos e com aquelas mechas douradas que eu tanto amava, cintilantes e cheias de brilho. E ela tinha colocado na cabeça, como uma coroa, as flores do ipê. O toque de inocência que faltava.

Ela estava sensual, charmosa, e ao mesmo tempo, exalando pureza. Tudo isso na medida certa. Na quantidade exata. A perfeição do clássico.

A visão do paraíso.

Ah, se pudéssemos contar as voltas que a vida dá... Nunca, nem em um milhão de anos imaginei que ela pudesse fazer isso. Nunca. Foi algo que me pegou completamente de surpresa, que me fez arrepiar até a raiz dos cabelos.

--- Você gostou. --- Ariel confirmou, olhando as feições do meu rosto. E então, ela soltou um suspiro de alívio. --- Graças a Deus, porque deu um trabalhão e eu nunca mais vou querer casar na minha vida.

Olhando para ela, eu estava me segurando para não agarrar teu corpo e enfiar a língua na sua boca. Ela estava tão linda que eu já estava emocionado.

Eu engoli em seco e desviei o olhar. Ainda estava irritado com a última escapada que ela deu. Jurei que nunca mais iria ficar com ela, mas ela como sempre, me fez voltar atrás.

Como eu iria recusar o casamento dos meus sonhos, com a mulher dos meus sonhos?

Eu bem que tentei, mas ela era tão... Teimosa.

Respirei fundo e fomos caminhando juntos pelo caminho, com os aplausos das pessoas e risadas contagiantes. Assobios e gritos de viva e de aleluia.

Me sentia como se estivesse em um sonho.

--- Queria muito que sua sócia estivesse aqui também... É uma pena, mas ela não quis vir --- ela sussurrou bem baixinho.

Ariel estava tentando falar para descontrair o clima.

Eu senti ela tremer da cabeça aos pés. Senti seu nervosismo, sua respiração irregular e suas bochechas coradas.

--- Quer fugir, Delegada? --- sussurrei, quando a gente estava na metade do caminho. --- Está se dando conta da loucura que fez?

Duas Semanas De Puro PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora