Ariel
Ele não entrou em contato comigo. Nem no sábado a noite, e muito menos no domingo.
Nem quando eu mandei a mensagem com o endereço do hotel que eu reservei por uma semana. Leandros só visualizou e não respondeu. Nada, nem um maldito emoji.
Se fosse qualquer outro cara me ignorando desse jeito, eu ficaria aliviada. Mas como era ele, meu orgulho não estava me deixando em paz.
Quando eu estava perto dele, simplesmente não conseguia me controlar... E se não fosse pela diretora da ONG, eu teria transado com ele no meio do mato.
Mas, pra minha sorte, passei o final de semana tão ocupada que eu não consegui ter tempo de ligar pra ele. A ONG que eu fazia parte fez um grande evento, e eu fui pra fazer o meu papel.
No sábado a noite ajudei a fazer inúmeras marmitas pra moradores de rua. O domingo montando cestas básicas de comida, separando casacos para o frio e no telefone, falando com pessoas com depressão e ansiedade.
E na segunda, eu não via a hora de me encontrar com ele. E só pensava nele, o tempo todo, a todo segundo. Não tive outra escolha a não ser mergulhar no trabalho, e fiquei tão ocupada nisso, que me liberaram mais cedo.
---- Não, vou ficar mais um pouco. Pelo menos até dar 17:00 horas.
O meu delegado chefe fez um não com a cabeça, indicando o outro delegado que estava de plantão.
---- Tá liberada, delegada. Nos vemos amanhã.
E foi assim que eu apareci na suite mais cedo. Tão ansiosa que minhas mãos tremiam. Dava sorrisos bobos como uma adolescente, com o estômago cheio de borboletas.
Tive tempo de tomar banho e me preparar pra noite de sexo que eu teria com o homem mais gostoso que eu já tinha visto. Lavei meus cabelos e depois sequei com secador, hidratei meu corpo todo e ele ficou tão impecável que brilhava de longe.
Por último, vesti o roupão do hotel e fui até a vista panorâmica da suite, admirando os ipês que eu tanto admirava.
Bateram na porta, e então corri até lá pra pegar as coisas que pedi por telefone: vinho e champanhe, com um fondue de chocolate acompanhado com frutas.
Quando vi aquilo tudo junto eu fiz uma careta, estava parecendo um encontro romântico...
---- Exagerei... ---- eu disse pra mim mesma, me servindo de vinho e voltando a admirar a vista que me despertava lembranças boas e ruins.
O sol já estava todo dentro da suite, e eu suspirei, fechando os olhos e relaxando, com a luz do sol no meu rosto. Foi quando escutei a porta se abrindo e me virei, vendo o Leandros entrar no apartamento.
Meu coração quase saiu pela boca, senti meu rosto esquentar violentamente.
Olhei o relógio digital da parede, percebi que ele também tinha chegado mais cedo que o combinado.
---- Oi. ---- eu cumprimentei, me sentindo uma garotinha.
Minha nossa, ele estava tão gostoso que eu quase fui até lá e pulei encima dele. Usando uma calça preta e uma camisa azul marinho, Leandros me olhava sério e intimidador.
Ele parecia estar de mal humor, pra dizer o mínimo...
Leandros me olhou e trincou o maxilar, pegando a sua carteira e chaves dos bolsos e colocando tudo sobre a mesinha de entrada. Ele tirou os sapatos também, ficando descalço e andando até a cama.
Ele parecia furioso... comigo?
---- Vai ficar aí? ---- ele me perguntou, todo grosso e então puxou a sua camisa pela cabeça, me fazendo quase babar.
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Duas Semanas De Puro Prazer
RomanceATENÇÃO, CONTEÚDO NÃO INDICADO PRA MENORES DE 18 ANOS! Uma carioca da gema escolheu Campo Grande, capital de Mato Grosso Do Sul, para se refugiar de um trauma. Sem nem mesmo suportar ter a lembrança do mar, ela se vê mergulhando nos olhos azuis de...