Maldição Vermelha. o conto do sexto filho

winged

Eu acabei cochilando enquanto esperava o tio klaus sair do banho, acordei com barulhos agudos de metais. Totalmente desperto vi apenas as costas do Tio klaus era repletas de cicatrizes, mas tinha duas que eram enormes e ficava em cada lado dos trapézios.

- Tio?

- Te acordei?

- Não, só que não consegui dormir direito mesmo!
Isso são armas?

- Magia é eficiente, mas essas belezuras aqui são mais rápidas e eficazes!

Me levantei indo até ele, o mesmo pegou uma bola de viagem e tirou um trage dela, uma espécie de colete, que abraçava os peitorais, com suportes para facas, e um capuz de couro, por dentro e por fora tinha várias amarras para colocar objetos e armas, a calça dele era preta cheia de bolços, ele tinha facas até em suas botas que vinham até perto do joelho!

- Eu jurei que não usaria esse trage de novo.

- Essas cicatrizes nas suas costas...

- Isso foi marcas do meu passado, algo que não gosto de lembrar, desculpe por não tirar sua curiosidade.

- não é isso! Eu queria saber...se doeu?

- Eu não sinto dor, uma das bençãos de ser oque sou, mas a sensação foi ruim. Eu não lembro quanto tempo eu carrego elas, mas lembro perfeitamente quem as fez!

- Alucard?

Nessa hora ele travou, e seu rosto mudou de feição.

- A muito tempo Simon, eu era um escravo, servia A casa Shillïng, por muitos décadas, fazia o trabalho sujo que eles não tinha coragem de fazer.
Mas um jovem casal me salvou, quebraram a minha maldição sem pedir nada em troca, naquele dia eu jurei que protegeria sua linhagem até o dia da minha morte, seja como for, ou qualquer meio que tenha que usar, eu trarei sua irmã de volta.

Alguém bateu na nossa porta, o barulho me fez sobressaltar.

- Quem é?_klaus perguntou apontando duas Armas pra porta.

- Sou, Lilian!

Os dedos de Klaus for rápidos destravando as duas armas!

- Não se preocupe, eu venho como aliada, não pretendo fazer mal algum, eu quero ajudar!

Eu fui até a porta, mesmo Klaus me mandando ficar atrás dele.

- Não, deve ser um truque!

- Eu não pretendo fazer nada de ruim. Se fosse o contrário vocês já estariam mortos, me deixem entrar antes que alguém me veja!

Eu abri porta e ela logo entrou, estava com uma roupa simples, calça preta, uma blusa de mangas branca, e um colete por cima, os cabelos estavam soltos, ela entrou  pondo as mãos pra cima, em sinal de rendição.

- Quanto tempo Klaus!

- Nem me fale, faz oque... Três, quatro décadas?

- acho que um pouco mais!

- pode abaixar essas armas?

- Ficarei feliz quando me dizer o motivo de estar aqui!

- Pelos deuses homem, eu vim ajudar, Alucard passou dos limites, mantendo uma bruxa como refém e incitando uma guerra com os wicker! Até isso tem limites!

- Mas não foi você que veio na linha de frente pra liquidar Lara?

- Minhas convicções mudaram!

- Acha mesmo que acredito nisso?

- Não preciso que acredite, o rapaz aí! Só preciso que ele confie em mim!

-Eu não sei do que está falando Lilian?

- você é o Habe não é? A esse ponto já deveria saber que as bruxas tem um dever em especial, a preservação e bem estar de um Habe.

Acenei pra Klaus e ele baixou suas amigas pondo nós coldres do seu cinto.

- Oque você quer dizer com isso?

- Sua mãe não te contou? Claro que não, Lara não iria te contar e te induzir a entrar nessa sujeirada do mundo sombrio.
Em resumo, As bruxas adoram a três coisas, as deusas, a natureza, e um ser que descende do caos, nem feminino nem masculino, mas a união perfeita de ambos, a tríade suprema, parte homem parte mulher, e uma parte do caos.

- Eu!

- mas porque tentou matar minha família se tem esse dever?

- Ninguém nem sonhava que um Habe existia nessa hera rapaz! Lara escondeu muito bem sua existência, o conselho me fez acreditar que Lara estava planejando um golpe de estado a Hildgarden, e eu acreditei.

- Eu não consigo acreditar em você Lilian, eu ouvi a conversa entre você e aquele homem na cripta da minha família, estava disposta a matar minha mãe e aceitou o fato de minhas irmãs serem mortas no processo!

- Olha pra mim Simon, eu numca tocaria um dedo nas suas irmãs, e sabia que Lara não seria derrotada,
Eu tive alguém tirado de mim, e se te proteger é a coisa mais perto de estar com ele, eu dou a minha vida para que a sua seja poupada.

- Ela fala a verdade!

- como sabe disso?

- Como disse, conheço ela a mais tempo que gostaria, ela não falaria dele se fosse mentira, não é Liliam?

- devemos sair daqui logo, se você nos encontrou, os cães do conselho deve estar a caminho também!

- tem um lugar que eu conheço longe do alcance de Alucard_ Ela pegou um objeto de seu bolço deveria ter no mínimo vinte centímetros de cor dourada com prata.
Desenhou alguma runas no ar e um portal se abriu.

- Eu vou na frente_tio Klaus pulou no portal sumindo do espaço. Em seguida fomos nós.

O vento forte que batia contra nossos corpos era forte e impetuoso, sentia minha respiração faltar, não consegui ver o horizonte apenas nuvens alaranjadas até onde nossos olhos podiam alcançar.

- onde nós estamos?

- Essa é Vernya.

- PORQUE ME TROUXE A ESSE LUGAR?

- Klaus,tem um motivo, Não se irrite!

- VOCÊ ME CONDENOU A MORTE SUA MALDITA!

- Do que vocês estão falando, Tio kalus não!_eu tentava segurar a muralha raivosa chamada Klaus.

- ELA NOS TRAIU, EU VOU TE MATAR LILIAN DE N'VIER.

as coisas estavam ficando fora de controle, até que uma lança atvaessou o ar quase me acertando.

- SIMON, SE ABAIXA!

Eu devia estar vendo coisas, aquilo não podia ser real, estávamos cercados, por homens alados?

- Eu devo estar sonhando, está vendo o que estou vendo?

- Sim, você não está sonhando. Mantenha cabeça baixa e mãos a mostra.

Lanças foram apontadas para nós seres de armaduras com enormes asas nós tinham como reféns, dois deles mantinha Klaus de joelhos não sabia o que nos esperava. O medo de morte era eminente.

Algo se aproximou o bater de suas asas era violento, me arrisquei a olhar de relance, asas negras com poucas penas brancas, suas vestes diferentes dos outros. Usava uma calça de couro marrom, parte de seu peitoral estava nu, a outra coberta por um tecido branco, seus pés estavam calçados com um sandália de couro que amarrava na sua canela, seus cabelos curtos e pretos, e uma feição intimidadora, ele foi direto até Klaus que se mantinha de joelhos e seus braços pra trás.

- Bem vindo de volta irmão_ foi a única coisa que ele disse antes de apagar Klaus com um soco violento.

- Levem-nos para o ninho, o rei vai adorar ver essa aqui!_ se dirigiu para Liliam que não exalava medo!
Ele me farejou sem disfarçar como se procurasse algo atravéz do cheiro.

- Oque é você?