Never Stop Me

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"A idiota que estava satisfeita em apenas estar ao seu lado morreu."



     Tinha acabado de voltar para o esconderijo da Akatsuki. As últimas horas que passei no País das Ondas não foram tão relaxantes assim. 

     Ter que me despedir da minha família foi algo difícil. Vê-los chorar pela minha partida, me desanimou por completo. Não queria ter que abandonar tudo tão de repente. 

     A única coisa que quero fazer agora é ir para meu quarto e descansar. 

— Sakura. — Kisame me chama, antes que eu entrasse no cômodo. — Preciso da sua ajuda. 

— Pode ficar para outro dia? Não estou com paciência para fazer nada agora.

— Não, é urgente. — Suspiro pesadamente. 

— Está bem, o que quer? — Passei a mão pelos meus cabelos, tentando me acalmar. 

— Vem comigo. — Começa a caminhar para a direção oposta e o sigo. — O que aconteceu para estar tão para baixo?

— Nada de mais, apenas um dia ruim. — Respondi, sem olhá-lo.

— Relaxa um pouco, Boto-cor-de-rosa. — Bagunçou meus cabelos. 

— Era isso que ia fazer. — Resmunguei baixinho, recebendo um tapa fraco do Hoshigaki. 

     Vendo que estamos em frente ao meu novo laboratório, o olho com dúvida. Curiosa, entro no cômodo. 

     Digamos que a pessoa que encontro mexendo nas minhas coisas não era bem o que eu esperava.

— Kisame, me explica o que esse cara faz aqui. — Cruzei os braços esperando uma resposta. 

— Ele está com problemas na saúde. Veja o que tem de errado, se continuar assim, pode afetar o desempenho das missões. — Meu sensei diz olhando para o indivíduo, que me encarava sem desviar o olhar.

— Por que não falou antes? — Questiono, pegando minhas luvas e prancheta. — Não precisava ter feito tanto suspense... Não iria negar essa ajuda para ninguém, afinal, sou uma médica. 

     Pego meu estetoscópio em uma mala, já que não havia arrumado praticamente nada. 

— Itachi, sente-se na maca. — Ordeno, caçando uma caneta.

— Vocês já se conhecem? — Kisame pergunta. 

— Infelizmente. — Respondo sem pensar. — Enfim, vai ficar aqui?

— Não, tenho coisas para resolver. — Diz o azulado, já saindo. — Nos vemos mais tarde. 

     Assinto com a cabeça e ele vai embora. Me viro para o Uchiha sentado, ainda me encarando. 

— Hm... Me diz o que está sentindo. — Sento em uma cadeira qualquer. 

— Eu estou bem. Kisame estava apenas exagerando. — Respondeu seco. 

— Exagerando ou não, ainda preciso te examinar. Então, colabore um pouquinho comigo. — Suspiro. — Sem contar que foi um pedido do meu sensei favorito.

     Itachi continua me encarando firme. Respiro fundo para me acalmar e ser o mais profissional possível. 

— Me diz o que sente. — Repeti minha fala de minutos atrás. 

     Sem resposta.

— Está bem. — Me levanto. — Parece que vou ter que descobrir sozinha. 

     Coloco estetoscópio no ouvido e me aproximo do garoto. 

A Flor do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora