Miss U

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P.O.V Sakura

— Não vou usar anel nenhum, isso nem faz sentido. Meu estilo de luta requer o uso de luvas, onde caralhos eu enfiaria esse acessório? — Reclamava encarando a pequena bijuteria entregue por Kisame. 

— Todo membro usa, com você não precisa ser diferente. — Falou pegando algo dentro de uma bolsa. — Também precisa disso aqui.

     Estávamos sentados na minha cama, às 2h da manhã. 

— Um esmalte? — Sua cor é um verde esmeralda, vulgo minha cor favorita. — Pra que eu vou usar isso se eu luto com luvas?

— Sakura, faz parte do uniforme. — O Hoshigaki aparentava estar perdendo a paciência. — Todo mundo usa essas coisas aqui.

— A Akatsuki é uma organização de criminosos ou a porra de uma agência de modelos? 

     Kisame respirou fundo. 

— E eu nem sei pintar unha. — Dei de ombros. 

— Então, me deixa pintar para você. — Assinto com a cabeça e ela pega minha mão direita. — Não tem missão mais tarde?

— Não, tenho que ajudar na limpeza do esconderijo hoje. — Com cuidado, Kisame pincelava minhas unhas. — E ainda vai ser com uma tal de Deidara, nem sei quem é essa mulher. Se bem que esse nome é familiar...

— Mulher? — Me encarou. — De onde tirou isso? 

— E não é? 

— Deidara é um homem. — Voltou a pintar. — Um garoto, na verdade. 

— Que nome ridículo, acho que a mãe dele não tinha tanto carinho pelo filho. — Suspirei. — Enfim, me conta mais sobre a galera daqui, já que não conheço ninguém. 

— Bem... Tem o Zetsu— 

— Especifica quem é quem. — O interrompi. 

— O Zetsu é aquele ser de duas caras, não sei muito sobre ele. — Tentava me lembrar dos rostos que vi no momento que cheguei. — Tem o Deidara que é o loiro com as mãos na boca. 

— De onde esse moleque é? Quando o vi pela primeira vez, senti já tinha visto seu rosto antes. 

— Pode ter sido impressão, ele tem uma aparência muito comum. — Terminando a pintura, pegou uma base secadora. — Voltando... Tem o Hidan, que você já conhece... O Kakuzu é o com o olho vermelho e o Sasori é o ruivo.

— Então o nome daquele gostoso é Sasori!? Bom saber...

— Sakura. — Falou em tom repreensivo. 

— Não começa, Peixonauta! Já basta aquela cena com o Itachi. 

— E você queria que eu fizesse o quê!? Ficasse de boas com aquilo?

— Sim! Eu sei cuidar de mim mesma, Kisame! — Acabando de aplicar a base, cruzo meus braços. — Ainda atrapalhou meu plano. 

— Eu confio na sua capacidade de cuidar de si mesma, não confio nos outros. — Caminhou até mim. — Vai que tentam algo contra sua vontade. 

— Isso nunca mais irá acontecer. — Falei firme, sentindo seus braços me envolverem em um abraço. — Aprendi a me defender, não deixarei ninguém me tocar. 

— Me sinto orgulhoso de você, Sakura. — Dizia calmamente, nem parecendo o mesmo cara que tortura dezenas de pessoas. 

— Também me sinto orgulhosa de mim mesma. — Suspirei. — Só queria que aquilo não tivesse acontecido.

A Flor do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora