Killer

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P.O.V Sakura

— Finalmente acordou. — Cruzei as pernas. 

— Onde estou? — Olhou ao redor do quarto. 

— Isso não importa. — Apoiei minha cabeça em minha mão. — Não vai dizer que está feliz em me ver? 

— Sakura... — Tentou levantar, mas caiu na cama novamente por falta de força. 

— Nem adianta tentar, você está fraco demais. Não te curei o suficiente. 

— O que aconteceu? — Me encarou. 

— Você perdeu para Sasuke... Na real, se deixou morrer. — Franzi a boca. — Veja só como é um ótimo irmão mais velho.

     Estamos em Kasei, no quarto da minha mãe. O trouxe para cá assim que Obito levou seu irmão.

— Por que fez isso? Onde está Sasuke?

— Não se preocupe, no momento ele está meio ocupado... — Resmunguei. — Quando estava prestes a morrer, te curei e trouxe para cá. 

— Por que me salvou? — Dizia com dificuldade.

— O massacre do clã Uchiha não foi sua culpa e Sasuke não precisava matar o irmão por causa de uma história mal contada. O coitado já sofreu tanto, não é justo que tenha que passar por mais um trauma. — Dei de ombros. — Digamos que... Sou meio egoísta e quero acabar com sua vida com minhas próprias mãos. 

— Não era para você ter se metido nisso. — Encarou o teto. — Sasuke era a pessoa que deveria me matar.

— Ah, não fale assim... — Sorri. — Você se esqueceu do que me fez? Bem, eu também sofri por você... Não mereço minha vingança?

— Ele me viu matar nossos pais e ainda o fiz reviver aquela cena diversas vezes, não ouse comparar dores. 

— E daí? Itachi, você tentou me matar. — Cruzei os braços. — Eu era uma criança em um momento difícil e você só piorou as coisas. 

— Aquilo foi preciso. Não iria te matar, sabe disso. 

— Qual parte do "eu era uma criança" você não entendeu? Ainda estava apaixonada por ti, foi cruel o que fez... Esse papinho de que foi apenas para me proteger é falso. Não engana ninguém. 

— Quer um pedido de desculpas? — Zombou. 

— Engraçadinho. — Enruguei o nariz. — Não quero nada de você além do seu coração. 

— Ah, então... Ainda está apaixonada? — Me olhou pelo canto dos olhos, com uma pequena elevação na boca.

— Não, é exatamente o contrário. Você quem nunca deixou de me amar. — Ergui as sobrancelhas. 

— Talvez. — Voltou a encarar o teto. — Não me disse onde Sasuke está. 

— Imagino que agora ele esteja prestes a matar Danzou, ao lado do meu eu verdadeiro. 

— Não acha perigoso deixar um clone cuidando do seu "inimigo"? — Indagou. 

— Não, estou aqui apenas para te curar. No momento que você melhorar, vou te liberar. — Dei de ombros. — Uma Guerra está prestes a começar e é lá que vou fazer o mundo conhecer o inferno. 

— Achei que iria me prender aqui para sempre. 

— Não se fixe em apenas achismos. Não tenho a menor vontade de fazer de você meu prisioneiro. — Mordi o lábio inferior. — Te torturar mentalmente é muito mais interessante. 

A Flor do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora