A Flor do Inferno

Put it Straight, Asuma

— Te dei todo o meu amor para que você pudesse encher seu coração, mas agora... Sinto como se fosse morrer.

     Naruto choramingava em minha frente. 

— Você irá embora? — Me olhou com desprezo e arrependimento. 

— Do que está falando? Eu amo— 

     Tentei abraçá-lo, porém me afastou com um empurrão.

— Apenas diga não, Sakura. Apenas diga logo que não me ama!

— Não, Naruto! Aquilo foi um erro, é claro que amo você!

— Você nunca me amou, isso foi apenas para tirar o peso da morte de seu pai e seu irmão? — Me calei. — Apenas diga a verdade e te deixarei em paz. 

— Me fale algo bom, me diz que está apaixonado! Como nos velhos tempos, você não conseguiria me amar agora?

— Como tem coragem de falar isso? Você... Fez algo imperdoável. — Riu nervoso. — Seus olhos já dão a resposta. 

     É assim que desmorona... Eu estou desabando. 

— Eu não... consigo mais ver o futuro que tanto imaginei para nós dois. Nosso sonho de explorar o mundo juntos se quebrou. Você estragou tudo... de novo. 

     Meu coração partido escurece cada vez mais. Ele não deveria saber.

— Não! Não pode! Somos destinados um para o outro, seu pai disse—

— Não importa o que meu pai disse! Ele morreu há tempos! Não adianta, não há como eu perdoar. — Gritou. — Eu irei embora de você, Sakura.

— Por favor, Naruto! Só vamos conversar, você precisa me entender!

— Te entender!? — Se indignou. — Está escutando o que diz!?

     Meu coração pulsava. Não sabia que o amava tanto assim para me abalar dessa forma. 

— Sakura... Você me traiu com meu próprio irmão... O Sasuke... Ele...

     E novamente seus olhos se encheram de água. De modo rápido, se virou e fugiu dali.

— Naruto... 

     Eu não me arrependo.

     Acordei, me arrumei, tomei café e parti em missão com a dupla dinâmica. Não estava a fim de participar dessa aventura com eles, afinal, só iria ficar os observando para que não fizessem alguma merda. 

     Enquanto dormia, tive um sonho estranho. Parecia tão real que era como se eu realmente presenciei aquela cena. A dor no peito, todo sentimento de culpa e arrogância... Eu senti. 

     Como parecia uma lembrança, perguntei a Inner de imediato o que aquilo foi. Ela disse com claras palavras que não podia me contar, então, resolveu fazer uma brincadeira até que eu descobrisse tudo sozinha.

     Seria tão mais fácil se ela deixasse de mistério e apenas falasse, mas como a mesma disse, "é uma ordem que não pode ser quebrada.". 

 — Que fedor. Ficar nesse lixo por cinco minutos deixou minhas roupas fedidas. — Hidan reclamou enquanto cheirava seu manto. 

     Eles mataram a Jinchuuriki, extraímos a Bijuu, fomos em um templo religioso e matamos  quase todos de lá, Kakuzu pegou um dos corpos para uma recompensa e agora temos que esperá-lo terminar seu "negócio".