A Flor do Inferno

Unwind

"Ele se voltará em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: 'Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e seus anjos'. "

—Mateus 25:41

P.O.V Narrador

     Pela primeira vez, Hidan lamentava. Se culpava profundamente por perder uma batalha, agora teria que viver pelo resto da eternidade soterrado, ao menos que alguém o salvasse.

     Não esperava que Shikamaru fosse um ninja tão inteligente ao ponto de conseguir derrotá-lo. Aquele garoto parecia tão acabado quando o viu pela primeira vez que nunca imaginaria alguém assim com um plano perfeito. 

     O shinobi de Konoha queria vingança pela morte de seu tutor. É entendível seu ódio e sua enorme vontade de fazer a justiça. 

     O que o filho de Jashin poderia fazer agora? Torcer para que alguma alma de boa índole o tirasse dali?

     Não podia gritar, pois se abrisse sua boca, a terra entraria dentro de si. Pelo menos, não morreria por um motivo tão besta. 

     Bom, era o que pensava, até sentir seu corpo se desintegrar. Não havia nem mesmo um dia que estava soterrado. 

     Aos poucos, foi perdendo sua consciência. Não era para morrer agora, Jashin não o prometeu imortalidade? 

     Quando pode finalmente abrir seus olhos, se viu acorrentado em um lugar vazio. A garota da qual sempre irritou estava em sua frente, encarando-o com desprezo. 

— Seu tempo acabou, Hidan. — Seus braços estavam cruzados e sua vestimenta era um simples vestido avermelhado.

— Do que está falando!? Onde estamos, Sakura!?

— No limbo. — Respondeu simplista. 

— O quê!? 

— Você morreu. — Seu olhar era tão profundo. 

— Impossível. Sou imortal.

— Mortalidade é uma bênção, ela é o que dá valor à nossa inútil existência. Sua vida eterna estava destinada a acabar em algum momento.

— Que merda você fez!? Cumpri tudo o que o Deus Jashin pediu!

— Suas oferendas a Jashin estavam em dia, realmente... Mas sua dose sanguínea não. 

     Hidan já não entendia mais nada. Aquelas correntes que prendiam seus braços e pernas, apertavam cada vez mais.

— Eu fiz tudo para que seu pagamento chegasse ao fim. Depois que passamos a "brindar" juntos, troquei seu sangue humano por sangue de boi. 

— Sua vadia... Por que fez isso!?

— Tinha avisado a você para me deixar em paz, não foi? Porém não me escutou, então, pagou com sua própria vida por tamanha insolência. Agora, irá para o segundo círculo, junto com os luxuriosos.

     O platinado sentiu seu interior gritar. 

— Curioso, existe mesmo vida após a morte... — diz Hidan. — Por que não vem comigo, huh?

     No último segundo, teve sensações belas.

— Acho que amo você, Sakura... 

     A garota se aproximou de si e segurou seu rosto, suas mãos eram como a lava de um vulcão ativo. Tão quente. 

— Não foda comigo, Hidan. 

     Assim, o tal adorador de Jashin, partiu-se para o Segundo Círculo do inferno. Viverá lá pelo resto da eternidade, pagando por todos os seus pecados. 

     Somente Sakura sorriu no fim.

P.O.V Sakura

     Hidan era como o próprio inferno. Conviver com alguém assim não é nada fácil, muito melhor eliminá-lo de uma vez e foi isso que fiz. 

     Meu plano inicial era deixá-lo "mortal" e matá-lo com minhas próprias mãos, mas Shikamaru intrometeu-se. O derrotou no meu lugar. 

     Mesmo que eu precisasse dele para certas coisas, aquele homem já estava me irritando. Dei bola uma vez e não parou de me encher o saco. 

— Onde você estava, Sakura? — Kisame pergunta assim que entro no meu quarto. 

     E novamente ele estava sentado em minha cama lendo um livro.

— Fui fazer uma visitinha ao Hidan. — Tranquei a porta. 

— Ele e Kakuzu não foram derrotados por ninjas de Konoha?

— Foram, mas precisava ter certeza de algo. — Guardei minhas coisas.

     Usei um truque que tenho na manga há muito tempo, fiz com que eu fosse a última pessoa que veria no resto de sua redenção com os Luxuriosos.

— Por que tem roupas masculinas no seu quarto? — O Hoshigaki diz olhando o cesto no banheiro.

 — É porque... Eram do meu irmão... Estavam meio empoeiradas, então... decidi lavá-las. — Menti. 

— Você mente mal, sabia? — Fechou o livro. — De quem são essas roupas?

— Já disse, são do meu irmão. Se não quiser acreditar, o problema é seu. — Dei de ombros. — Vou tomar banho. 

     Entrei de imediato no banheiro, odiava ter que mentir para meu pai. Fugir daquela conversa era a coisa mais sábia a fazer ou acabaria abrindo a boca sobre Obito. 

     Esse peixinho me conhece melhor do que qualquer outra pessoa e sabe como me convencer a falar qualquer coisa. 

     Depois que saí do banho, o Hoshigaki não insistiu na conversa anterior. Papeamos um pouco sobre o que andava ocorrendo na Akatsuki, até que ele decide partir.

— Boa noite, Sakura. — Kisame se despediu me dando um beijo na testa. 

     Assim, vai embora. Me jogo na cama, respirando fundo. 

     Como meu pai estava aqui, acredito que Obito não irá aparecer por aqui essa noite. O bom é que terei paz por algumas horas. 

— Nossa, achei que ele ia morar aqui. — Dei glória cedo demais. — Credo, de onde vocês tiram tanta conversa?

— Cale a boca. — Enfio minha cara no travesseiro. 

— Não é assim que se fala com seu colega de quarto, Sakuratan. 

— Vá se foder, Obito. — Sinto seu peso ao sentar na cama. 

    A porta abriu repentinamente. 

— Obito?

     Me viro e vejo Kisame nos olhando espantado. 

     "Se foderam.". Inner gargalhou. 

     Ótimo, mais um problema para lidar.

Yo, guys! Tudo bem?

Capitulo curto pq to sem criatividade, bjos.

Fiz um insta mais focado na fic, seguem lá: @sakyartt.bow. 
E criei um tiktok tbm: @sakyzone

Até a próxima, dattebayo!