La Revedere

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Corria por um labirinto interminável. 

Tentava encontrá-lo. 

Não consigo respirar. 

Tento encontrá-lo. 

Não consigo respirar. 

Tento salvá-lo.

Queria ser a heroína que um dia ele foi para mim. 

Não consigo respirar, então, simplesmente paro. 

Silêncio.

     Estou no esconderijo da Akatsuki pela última vez. Pegando apenas o que é importante, como as coisas que eram de Shisui e dos meus pais de sangue. Levarei tudo para Kasei e deixarei lá, onde não há possibilidades de alguém roubar ou quebrar. 

     Mas, no momento que estava prestes a sair, Obito aparece do Kamui. 

— Preciso falar com você. — Diz sério. 

— Se manca, não quero ouvir nada vindo de você. — Ajeitei a mochila nas costas. — Me deixe em paz. 

— É sério, Sakura! Isso não é— 

— Para de querer se justificar! Não preciso das suas desculpas. 

     O ignoro e vou para a saída. 

— Kisame morreu. — Revela antes que eu saísse. 

— O quê!? — Me virei. — Não é hora para brincadeiras, Obito...

— Não estou brincando. — Seu olhar parecia distante. — Nunca brincaria com algo assim.

— Você está brincando comigo... Não acredito em você... Não faz sentido... Até esses dias ele...

     Minha mente queria explodir. 

— Kisame foi tentar capturar os Jinchuurikis, mas não teve sorte. 

— Obito... Me diz, por favor... Me diz que isso é só mais uma brincadeira sua... — Lágrimas involuntárias caíram sobre meu rosto. 

— Infelizmente não.

— Isso não... De novo não... — Caí de joelhos. — Que droga, por que eu tenho que ser tão fraca?

— Sakura, não é sua culpa. — Veio ao meu encontro e me abraçou. 

— Desgraça... É sempre a mesma coisa. 

     E de novo perdi quem mais amava. De novo perdi parte da minha família. 

     Faz anos que não me sinto assim, faz anos que não me sinto vazia. Kisame foi a pessoa que preencheu o vazio que tinha dentro de mim, vazio esse feito após perder alguém importante. 

     O mesmo sentimento de culpa, cada sensação de arrependimento, voltou.

     Ansiei tanto para encontrar alguém como Shisui, alguém que me ensinasse sobre a vida e reclamasse quando fizesse merda... Alguém que me amasse tanto ao ponto de desistir de tudo. Quando encontrei esse alguém, a perdi. Deixei que escapasse das minhas mãos.

     Eles me mostraram o melhor de mim, uma parte do meu ser que nunca sonharia em conhecer. 

— Obito, me diz... Por que caralhos isso sempre acontece!? Eu não posso ter paz nunca!? — Parecia uma criança de tanto que chorava. 

— Vivemos em um mundo cheio de guerras e lutas, a expectativa de nossas vidas é curta.

— Como... — Respirava com dificuldade. — Ah, que merda!

A Flor do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora