P.O.V Sakura
— O que está fazendo? — Obito perguntou assim que entrou em meu laboratório.
— Não é óbvio? — Não desviei a atenção do que fazia.
— Não. — Ficou encarando meu trabalho. — Isso é algum desses seus brinquedos de médico?
— É uma bomba, burro. — Trouxe a lupa para perto.
— Por que diabos está fazendo uma bomba? Ainda mais aqui?
— Relaxa, ela não vai explodir. Tem que ter uma contagem para isso e, no momento, essa função está desativada. — Expliquei. — Inclusive, ela nem está finalizada ainda.
— Ah? Há quanto tempo está fazendo isso? E porque ela é tão pequena?
— Tem meses, pouco depois que entrei na Akatsuki. — Dei de ombros, anotando os cálculos no caderno. — Ela tem um tamanho aceitável, mas não se engane... Essa belezura causa um belo estrago.
— Desde quando você sabe produzir bomba? — diz lendo minhas anotações.
— Desde que Deidara me ajudou, ele me explicou um pouco e o resto aprendi sozinha. Também me deu as coisas que precisava. — Mordi a caneta, tentando lembrar da fórmula.
— Falando nele... Foi de base. — Puxou uma cadeira e se sentou.
— O quê?
— Morreu, Sasuke o matou. — Diz por fim. — Na real, ele se matou para matar Sasuke.
— Que merda. E o Uchiha? Morreu também? — Continuava atenta nos meus cálculos.
— Não, ele escapou. — Deu de ombros.
— Podia ter morrido. — Pensei alto. — Se medisse os quilotons... Hm... Não vai dar certo.
— Você está triste pela morte de Deidara?
— Não, por que eu estaria?
— Sei lá, vocês dois estavam sempre juntos. — Brincava com os parafusos espalhados pelo balcão.
— Isso não significa que eu sentia algo por ele. — Guardei tudo assim que terminei. — Deidara era uma boa pessoa, mas nunca tive outro sentimento além de respeito por ele e tenho certeza que para si era da mesma forma.
— Ele não era apaixonado por você? Não foi por isso que ele renegou a Vila da Pedra?
— De onde tirou isso? — Me espreguicei. — Deidara se tornou um renegado porque quis, ele estava cansado do Tsuchikage e da vida monótona, então, se rebelou. Há muito tempo conversei com ele sobre isso, a única coisa que eu disse foi para que fizesse o que quer.
— Ele falava muito bem de você, achei que estivesse apaixonado.
— Não, ele apenas me respeitava, assim como eu o respeitava. Não tinha paixão alguma, apenas admiração. — Dei de ombros. — Se eu morresse, tenho certeza de que ele também não se entristeceria.
— Que seja. Antes de se suicidar, ele me entregou isso. — Colocou sobre o balcão. — Disse que é a última peça que falta.
— Ah, e você me fala isso agora!? Depois que já guardei tudo!? — Suspirei irritada. — Olha, só não te bato porque não quero quebrar minhas coisas...
— Foi mal, tinha me esquecido. — Fez um gesto com a mão como se dissesse "tanto faz".
Às vezes me pergunto se o Obito é a mesma pessoa que manipulou Deus e o mundo só para conseguir o quer.
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A Flor do Inferno
Mystery / ThrillerPARA MELHOR CONTEXTO DA HISTÓRIA, É PRECISO QUE LEIA O PRIMEIRO LIVRO: "REFORMADA". DISPONÍVEL EM MEU PERFIL. Infame. Sedutora. Mortífera. A Serial Killer é tudo isso. Sua fama ultrapassa as fronteiras do País do Fogo. Poucos a conhecem verdadeirame...