Oh, Deus...
Eu era uma prisioneira da minha própria razão.
E buscava liberdade através da salvação eterna.
Não, Deus...
Não preciso mais do amor divino.
Porque...
eu não sou mais...UMA PRISIONEIRA.
UMA PRISIONEIRA.
UMA PRISIONEIRA.
UMA PRISIONEIRA.Abri meus olhos e logo vi Inner na minha frente, o que me deixou confusa por alguns instantes até lembrar do que fiz na guerra. Agora, estava no inferno.
Encaro o lugar a minha volta e vejo um enorme rio, com um barco na beira junto a um ser estranho.
— E aí, não vai falar nada? — Inner estava com os braços cruzados me encarando irritada.
É esquisito olhá-la, já que é praticamente uma cópia minha... Porém com suas pupilas fluorescentes e símbolos estranhos na testa.
— Não enche. — Revirei os olhos. — Me leve até ele.
— Não vou te levar a lugar nenhum, acha que eu sou idiota? Você vai fazer merda e não vou me responsabilizar por isso. — Virou o rosto.
— Está bem, peço informação pra aquele demônio. — Dou de ombros e vou até o ser.
Inner resmungou e me seguiu.
— Para onde vai? — Ele pergunta.
O ser tinha a aparência de um humano velho, mas sabia que se tratava de um demônio.
— Quero que me leve até Lúcifer. — Respondi.
— Uma moeda. — Estendeu a mão, entrego o que ele pede.
Subimos naquele barco e seguimos pelo rio.
— Por que você não está na minha mente como de costume? — Questionei Inner ao meu lado.
— Porque essa maldição não funciona aqui, mas ainda assim tenho que ficar com sua aparência ridícula. — Respondeu. — Sakura, você sabe que isso é inútil, não sabe? Não faço ideia do que quer falar com Lúcifer, mas pode ter certeza que não vai conseguir nada.
— Talvez.
— Você não o conhece, ele é difícil. Muito difícil. — Diz com desdém. — Por que acha que ele iria querer fazer qualquer coisa por você? Aqui, você não é especial. É como todas essas outras almas perdidas... Não é nada além de uma humana patética.
— Eu sei disso. — Olhei para o horizonte.
Gritos eram ouvidos por toda parte, gritos de dor e arrependimento. A água pela qual navegávamos, afundava almas pecadoras.
— Se sabe, por que tentar? Não vai conseguir nada, isso é fato.
Balancei os ombros como se dissesse: "tanto faz". Inner revirou os olhos e cruzou os braços irritada.
— Estamos no Rio Estige? — Perguntei ao condutor do barco.
— Sim. — Respondeu de forma simples. — Aqui onde permanece as almas daqueles que cometeram o pecado da ira.
— Hm... Esse rio deixa mesmo quem mergulha invulnerável?
— Assim como também toda promessa feita aqui não pode ser quebrada. — Inner diz. — Acredito que já saiba disso.
Assinto e seguimos o resto da viagem em silêncio.
— É até aqui que posso levar você. — O condutor não espera uma resposta, apenas vai embora.
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A Flor do Inferno
Misterio / SuspensoPARA MELHOR CONTEXTO DA HISTÓRIA, É PRECISO QUE LEIA O PRIMEIRO LIVRO: "REFORMADA". DISPONÍVEL EM MEU PERFIL. Infame. Sedutora. Mortífera. A Serial Killer é tudo isso. Sua fama ultrapassa as fronteiras do País do Fogo. Poucos a conhecem verdadeirame...