Conversação

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— Se quiser, podemos... Ficar sozinhos, juntos. 

     O silêncio se fez presente. Obito ficou me encarando por um longo tempo, talvez achando que sou louca. Antes estava tão irritada e de repente "implorava" para que ficasse. 

— Fala alguma coisa. É desconfortável você me olhando dessa forma. — Virei o rosto e cruzei os braços. 

     O Uchiha dá uma risada abafada. 

— Está tudo bem, Sakura. — Colocou sua mão em minha cabeça. — Vamos com calma. 

     Em algum momento da minha vida, imaginaria o tal "Madara" sorrir para mim? 

— Então... Por onde a gente começa? Não entendo nada de relações humanas. — Coçou a nuca com um sorriso tímido. 

— Também não entendo nada disso. — Dei de ombros. — Já sei... Vamos jogar um jogo. 

— Um jogo? — Perguntou confuso. — Tipo... Banco imobiliário? 

— Não, imbecil. Eu vi isso em um livro... É assim, fazemos uma pergunta um ao outro e respondemos honestamente. Sem julgamentos, sabe? Os personagens criaram uma confiança um no outro depois disso, talvez aconteça o mesmo...

     Eu sei, é uma ideia completamente idiota, mas não possuo outra escolha. O livro é baseado em uma história real, então, pode ser que funcione. 

— Um jogo de perguntas? — Pensou por um instante. — Parece idiota, vamos lá. 

     Sentou na minha cama e fiz o mesmo. 

     Se perguntasse qualquer coisa sobre seu passado, ele responderia? 

— Hm... Se pudesse ser qualquer animal, qual seria? — Perguntou. 

— Provavelmente uma Sucuri. 

— Ah? Por que logo uma cobra? — Pareceu confuso. — Muito melhor ser um sapo.

— Na real, seria qualquer réptil. São animais muito interessantes e lindos. — Dei de ombros. — Dão uma surra nesses anfíbios. 

— O quê!? Está escutando o que fala? Anfíbios são muito melhores! Imagina que incrível seria ser um Axolote! São tão lindos.

— Não, camaleões são infinitamente mais lindos. Não acha maravilhoso a mudança de cor? Seus olhinhos são as coisas mais apaixonantes do mundo! — Falei, lembrando-me do animal. 

— Credo, esse bicho é muito esquisito! Axolote maior e melhor. — Indignou-se. — Enfim, sua vez vez de perguntar. 

— Se você fosse forçado a ficar preso em uma ilha deserta por toda eternidade com quatro membros da Akatsuki, quem escolheria para te fazer companhia? — Cruzei as pernas. — E me diga o motivo da escolha.

— Kisame, você, Itachi... — Pensou. — E provavelmente o Pain. 

— Que listinha estranha. 

— Você é a pessoa mais inteligente da firma e é médica, então, poderia ser de grande ajuda... O Itachi é um ótimo cozinheiro, Pain é um líder nato e caso acabe a comida, a gente poderia fritar o Kisame e comê-lo. — Diz por fim. 

— Obito... O quê!? — Me surpreendi com sua última frase. — Que nojo.

— Kisame não é um peixe? Se fritarmos ele, vai ser uma grande fonte de proteína. — Ressaltou. — Ou a gente pode comer ele cru, tipo sushi. 

— Eca! 

— Que foi? Vai me dizer que nunca quis comer o Kisame!? — Olhei para ele com os olhos arregalados. — É só pensar! Kisame é um peixe e peixe é bom, então tecnicamente, seu gosto deve ser bom também. 

A Flor do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora