A Flor do Inferno

Stars

Olhe para o céu... O que você vê?
—Nossas estrelas.

     Obito se arrependeu. Não sei o que Naruto fez para fazê-lo mudar de ideia, mas agora ele estava ao lado de Konoha. Deu um discurso para que eu fizesse o mesmo que ele e parasse com aquilo, só que foi inútil. 

     Nisso, Madara foi finalmente reencarnado e se tornou o novo Jinchuuriki da Jūbi. Por isso, o Uzumaki e Sasuke quase perderam suas vidas, assim como Rock Lee. 

     Lee lutou bravamente contra o Uchiha, mostrando o quão forte ficou, deu até dano no oponente. Madara o declarou como o ninja mais forte e elogiou suas incríveis habilidades com Taijutsu. Mas ele perdeu. 

     Estava à beira da morte, quando Naruto voltou e o curou "milagrosamente". Com um poder estranho e repentino, o loiro batalhou sem medo contra o oponente. 

     Depois de muita baboseira, Madara abriu o terceiro olho, dando início ao Tsukuyomi infinito. A Aliança Shinobi entrou no mundo dos sonhos, menos o Time Sete e Itachi.

     E, no meio daquela bagunça, Inari apareceu. Tentou chegar até mim, mas Naruto e Obito o agarraram para que não chegasse perto. 

— Nee-san! — Gritou. 

     Encarava-o tentando entender o porquê estava ali.

— A mamãe morreu! — As lágrimas escorriam pelo seu rosto. 

— Tsunami... morreu? — Naruto perguntou em choque. 

— Ninjas mascarados foram até a Vila e mataram ela e o vovô! Eu estava no hospital, quando cheguei em casa eles já estavam mortos... Me desculpa, Nee-san! Você me treinou para que protegesse nossa família, mas não consegui! Me desculpa, de verdade! — Berrava com toda sua voz.

     Engraçado. Eu ri. Comecei a dar muitas risadas, mesmo que não fosse o momento. Não estava rindo porque queria, era impossível parar de rir. 

     Minhas pernas perderam as forças e caí de joelhos, ainda rindo. Enquanto gargalhava, sentia meu rosto ficar molhado. Sorria e chorava ao mesmo tempo. 

— De novo... — Soquei o chão em raiva. — De novo, de novo e de novo! É sempre a mesma merda! De novo tiraram a minha vida.

     Escutava Obito dizer algo e senti os olhos de Madara pesarem sobre mim. Mas não importa. Eles não importam. 

— Me solta! — Esbravejou o mais novo, tentando fazer com que soltassem seus braços.

— É perigoso, Inari! — Naruto diz. — Sakura não está no seu melhor estado e ainda tem o Madara... 

— Cala a boca, eu quero a minha irmã! — Passou a aumentar sua força para soltar-se. 

     Obito e o Uzumaki também aumentaram suas forças, mas não adiantou. Com tanto chakra que o garoto acumulava, um pequeno losango roxo surgiu em sua testa. Byakugou.

     Assim que se soltou, logo correu até mim. 

— Nee-san, me desculpa! — Se jogou e me abraçou fortemente. — Eu não queria... Deveria ter os protegido, mas... 

— Inari... — Sussurrei seu nome. — A culpa não é sua. 

— Você me treinou por anos para que eu protegesse eles, só que não fiz o suficiente... — Suas lágrimas molhavam minha roupa. — Não sou forte como você, não consegui ser forte o bastante para salvá-los... Sabia que a mamãe era sua única família e mesmo assim eu...

— Ei, para com isso! — Me desvinculei de seu abraço e segurei seu rosto. — Você também é minha família. A culpa não é sua por isso ter acontecido... Os únicos culpados foram aqueles que os mataram. Você não tem nada a ver com isso. 

— Mas eu— 

— Não, Inari. Você é forte, tão forte quanto qualquer um desses merdinhas daqui... Não se rebaixe desse modo. — Seus olhos estavam inchados devido as lágrimas e eu limpava com o dedo. — Independente de tudo, você vai continuar sendo especial para mim. Por isso te treinei... Tudo porque eu amo você.

— Eu também te amo, porém...

— Sem "mas". — Sua semblante triste era devastador. — Inari, você é meu irmão. Não importa o que aconteça ou o que perdemos, sempre vamos estar juntos. Tsunami e Tazuna se foram, só que nós ainda estamos aqui. Estamos juntos.

     Escutava os outros falarem coisas, todavia eles não importam. Tudo o que importa nesse minuto é o meu irmão caçula.

— Agora, Inari... Você precisa ir. — Avisei. — Volte para casa.

— O quê!? Eu vou ficar com você! Não posso deixar que algo ruim aconteça com você também! — Me afrontou. — Nee-san, você é a única pessoa que me resta. 

— E você também é o único que tenho, por isso tem que ir embora. — Vi seu cenho franzir. — Eu treinei você para proteger sua vila e os habitantes de lá, então, faça isso. 

— Nee-san...

— Eu te prometo que nada de ruim vai acontecer comigo, ficarei bem. Meus planos não irão machucar o Vilarejo da Névoa, portanto, fique lá. — Suas lágrimas retornaram. — Isso tudo é sobre mim, não sobre você... Meus pecados não têm a ver com você. 

— Como vou protegê-los se deixei a mamãe e o vovô morrerem?

— Olhe para você, Inari... Veja só como evoluiu! Conseguiu até mesmo o Byakugou! Você é incrivelmente forte. — O canto de sua boca se curvou em um sorriso. — Pode não ter salvado eles, mas ainda tem chances de proteger as outras pessoas.

     Encostei nossas testas.

— Escute, você é o único nesse mundo inteiro que me importo e amo do fundo meu coração... Por isso, estou usando o resto da sanidade que tenho para te dizer essas coisas... Se proteja e faça o mesmo com o lugar que cresceu. Vingue nossa família defendendo o local onde passei meus melhores momentos. 

— Nee-san, olhe para o céu... O que você vê? 

— Eu vejo as estrelas... — Ri com o déjà-vu que tive. — Nossas estrelas. 

— Esses astros nos representam... — Soluçava. — Não importa quantas vezes renascemos... 

     Sempre seremos irmãos.

     Com Inari fora, a batalha continuou. Madara questionou o motivo do meu pequeno irmão—embora seja mais alto que eu—não estar preso no Tsukuyomi. Mas não expliquei, ele não precisava saber. 

     Sabia desse plano ridículo desde o começo e para proteger minha família, usei do poder de Abraxas para deixar os habitantes daquela vila imunes a qualquer tipo de ilusão, não importa o quão forte seja. Mesmo que um mundo de sonhos pareça interessantes, eles não merecem aquilo. 

     Após o questionamento idiota, continuaram discutindo. Madara afirma que ele, o salvador deste mundo, irá derrotá-los. Porém, algo acontece...

     Vejo Zetsu Negro aos poucos se aproximar. O momento perfeito.

— Ah cara, isso vai doer pra caralho... — Suspiro. 

     No momento que Zetsu apunhala Madara pelas costas, rapidamente pego minha espada e corto meu pescoço. 

     Sem forças e perdendo muito sangue, caio no chão. 

— Sakura! — Escuto Obito gritar. — Sakura!

     Minha visa fica turva e meus sentidos ficam cada vez mais fracos. Segundos depois já não sinto mais nada, não ouço mais nada, não entendo mais nada. 

     Agora é o meu momento.

Yo, guys! Tudo bem? 

Essa tal Sakura tá que tá hein... 

F Tsunami e Tazuna 😬