Capítulo 41 - O Convite

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Depois de terem recriado o veneno ao lado de Christine, Daniel e Mitou trabalharam juntos na produção do antídoto durante toda a noite.

− O olho de sapo marrom não ajuda? – Perguntou Mitou. Ela não tinha muito talento para fabricação de venenos ou antídotos, existiam tantos ingredientes usados para esses fins, ela não se lembrava de todos, por isso não pode deixar de admirar a perspicácia com que Daniel sabia sobre eles.

− O pigmento marrom poderia ajudar, mas ainda falta pensarmos em como lidaremos com as células defeituosas, elas vão se multiplicar, principalmente as de energia que se multiplicam muito rápido.

− E como lidaremos com isso?

Daniel coçou a cabeça e ficou olhando fixamente para a mesa até ter finalmente uma ideia.

− Já sei! A água de Calibria cura energia atormentada, se misturarmos ela com olhos marrons de sapo vai ajudar.

Ele foi pegar uma das ervas parar amassá-la, depois as colocou sobre a água de calibria e o composto mudou sua cor para verde. Foi nesse momento que Kaoru entrou, Christine veio logo atrás com o rosto bastante entristecido, o que fez Daniel remoer ainda mais a culpa que sentia pela situação de Shiro, pois se tivesse previsto isso a uns meses atrás, certamente já teria matado Mancha Cinzenta.

Achava que mesmo que o antidoto não resolvesse todos os problemas, já era o começo para se redimir diante de seus amigos, sentia que precisava fazer isso... Enquanto matar Mancha Cinzenta era uma coisa impossível.

Mitou ficou com as mãos contra o peito apreensiva, enquanto a mãe avaliava o composto. No final ela disse:

− Muito bem. – Kaoru examinou meticulosamente o antídoto. Ela respirou profundamente, sua concentração causa um certo pavor em assustou Daniel, ela por algum motivo tremia sua espinha. – Mitou, leve esse composto e aplique em Maya, não tenho dúvidas de que funcionará.

Os investigadores da Liga Nacional chegaram no momento em que Mitou saiu. Kio, Draco, Edward e Kaien ficaram surpresos ao ver Daniel ali.

− Dan? O que faz aqui? – Kio perguntou.

− Ele conhece Maya e também é amigo de Shiro. – Kaien explicou.

− Então falem o que houve. – Disse Roy. Kaoru tomou partido e contou aos investigadores tudo o que acontecera até o final da cirurgia de Maya, então coube a Daniel explicar detalhadamente como tinha construído sua teoria de que Maya e Shiro estavam ligados magicamente.

Kaien e Edward ficaram surpresos, mas Kio e Draco não. Ambos ficaram em silêncios enquanto os outros discutiam sobre as possibilidades. Davi Almanca chegou no meio da conversa, abraçou Christine e quando soube de tudo ficou abismado.

− Uma poção realmente pode fazer isso por tanto tempo? – Edward perguntou. Kaoru respondeu:

− Há poções onde os efeitos podem se estender até o final da vida.

− Mas essa ligação a possibilitaria ter contato com Shiro? Tipo se comunicar com ele? − Kaien perguntou.

− Antigamente eu falaria que não, mas agora não sei dizer. Meu filho nunca floresceu seu lado mágico, ou seja, não era para uma poção que afete a magia dentro dele surtir esse efeito. – Christine respondeu.

− Realmente... – disse Davi – Quando criança, Shiro até conseguia fazer alguns pequenos feitiços, mas ele cresceu e essa habilidade ficou praticamente nula. Do nada descobrir que ele se ligou magicamente com alguém é um choque e tanto para nós.

− Tem sempre uma primeira vez. – Retrucou Edward.

Roy disse o que pensava:

− Aposto que tem o dedo de Peke nisso, Kio.

Avenida dos Feitiços: O Conto do Horror. (LIVRO 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora