Capítulo 11- Bruxos que se ajudam

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O alarme soou. Os funcionários gritavam, corriam para proteger os livros. Daniel estava parado olhando para Esther, a perplexidade estampada em seu rosto.

− Como esta merda foi acontecer?!

− Eu te falei para ficar calmo. – Esther respondeu – Ficou nervoso e veja só influenciou a magia ao redor!

− Mas eu não fiz nada... Só estava irritado... – Ele argumentou confuso, enquanto pressionava o abdômen, típicas dores que surgiam quando estava com o nervosismo a flor da pele.

− Não precisa fazer, você é um ser mágico, influenciador de energia! É natural!

Daniel encarou- a como se esperasse que fosse uma mentira, mas as chamas estavam cada vez mais intensas, não tinha como negar o óbvio, então desesperou-se de vez.

− O que eu faço então Esther?! Meu deus do céu! Isso é tudo culpa minha?!?! Socorro!

Ele não conseguia parar de falar, Esther ficou calada enquanto via-o surtar, ficando estressada por causa de seus chiliques. Quando sua paciência estourou, grosseiramente ela o mandou ficar quieto e disse:

− Estamos ligados por uma conexão mental muito forte, e você não sabe usar a magia ainda, mas eu sei, deixe-me tomar o controle!

− Que? Controle? Controle do que?

− Do seu corpo né seu idiota! Farei a magia por você!

− Mas como vai conseguir entrar?

− É só você relaxar, como se estivesse dormindo! Feche os olhos!

Seguindo os comandos da bruxa, ele fechou os olhos e tentou ao máximo relaxar, ignorando todo o caos instalado ao seu redor, sentiu uma mão fina tocar seu abdômen, e de repente era como se tudo se tornasse mais leve.

− Pronto. – Ela disse e Daniel abriu os olhos, estava de frente com o seu próprio corpo, que se mexia sob comando de outra alma, então olhou para suas mãos que estavam tão finas... Quase transparentes.

− Realmente suas mãos são bem grossas. – Esther comentou enquanto examinava sua fisionomia. – Como se sente?

− Incrivelmente leve...− E realmente estava, tão leve como uma folha de papel fina que foi levantada por uma corrente de ar invisível e imperceptível aos sensores mortais; sua alma, apesar de ainda conectada ao corpo, flutuava na frente da pequena bruxa. Por alguns instantes, o incêndio parecia inferior se comparado com a diversão que foi levitar pela primeira vez. − Veja Esther, estou voando!

− Não faça isso! Volte ao chão!

− O que foi? − Daniel questionou, sem compreender o motivo de tanto medo. Esther respirou profundamente e respondeu:

− Você precisa se manter focado, entendeu? Não deixe de se concentrar em mim, se seu espírito espairecer desse jeito pode ser que nunca mais volte.

− Que?! Por que não me disse isso antes?!

− Porque não esperava que fosse sair levitando assim, precisa aprender a controlar seu poder, como um bruxo isso é importante e evita desastres como esse! – Apontou para o fogo, e isso calou Mark de imediato.

− Eu realmente fiz isso... – A aceitação finalmente veio.

− E quem mais você acha que poderia ter feito isso?

− Não sei... Você? – Daniel respondeu com um sorriso meio torto.

− Claro que não! Eu controlo meu poder!

Avenida dos Feitiços: O Conto do Horror. (LIVRO 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora