Capítulo 3- O incidente na sala de armamentos

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23/05/22- NOTA DA AUTORA: Um recado especial está no final do capítulo, NÃO DEIXE DE LER!

As diferentes atividades feitas pelos escolhidos durante o primeiro mês de treinamento mostraram as dificuldades e as habilidades de cada um. Kaien dissera com otimismo que os resultados ajudariam os recrutas a verem seus pontos bons e ruins, mas Daniel não via seus pontos positivos, via apenas os negativos. Todos os dias, ele acordava já ciente que seria um fracasso.

A falta de resistência era horrível e participar de todas as atividades era desgastante. Seu corpo sofria com as consequências, ficava sobrecarregado com facilidade, sentia dores, fadiga extrema de seus músculos, fortes enxaquecas e durante várias noites acordava tendo sangramentos nasais.

Mas dessa vez sentia que seria diferente, pois o treinamento que os escolhidos iriam começar era o de feitiços. O último treinamento que deviam passar para que Kaien os colocassem para realizarem tarefas. Daniel estava desesperado, precisava se sair bem em alguma coisa na Liga Nacional, pois senão o fizesse não sobreviveria até o final do programa. Ele era bom em feitiços, então sentia que essa era sua chance de ouro.

O treinamento mágico começou numa quarta-feira, Daniel acordou antes de sua mãe, e, portanto, teve o café da manhã do jeito que gostava, cheio de coisas gordurosas, muito bacon. Enquanto comia, via desenhos animados e se sentia extremamente relaxado, nem parecia que iria começar um rigoroso dia.

Estava focado na televisão quando ouviu o som de alguém entrando na casa, a pessoa passou pela entrada da cozinha em direção a escada para o segundo andar, mas ela parou quando o viu. Era seu pai Charles Mark, chegando depois de uma longa viagem.

Daniel ficou surpreso ao ver o pai chegando tão cedo, antes de partir ele dissera que iria para um lugar muito longe, onde não havia meio de comunicação e por causa disso achou que ele tivesse ido para outro universo e só voltaria ano que vem.

− Garoto, o que está fazendo aqui? E o treinamento? - Charles perguntou, nem se quer tinha considerado a ideia de seu filho não ser selecionado no programa.

− Estou no horário, assim que terminar meu café vou para o quartel. Então, pai, como foi de viagem?

− Ah como sempre, umas reuniões chatas, mas deu tudo certo no final. Ansioso para o treino?

− Sim. - Foi a primeira verdade que disse nesse mês e meio de programa. Apesar do medo, feitiços lhe davam confiança, e quando viu o olhar alegre de Charles, a confiança transbordou dentro de si. Ele admirava muito o pai, igual sua irmã mais velha.

− Ótimo, vou lhe dar um presente Daniel, em honra a essa nova etapa de sua vida! Aqui está.

Ele retirou seu anel do dedo, um anel mágico com uma pedra vermelha. Acessório indispensável para a feitiçaria.

− Seu anel?

− Sim, você já sabe fazer feitiços com anéis, tenho certeza que vai se tornar um grande feiticeiro, filho!

Ele afagou a cabeça de Dan e subiu para o quarto. Dan ficou olhando para o anel, ele sabia o peso daquele presente, receber a maior herança de seu pai era como se ele o reconhecesse como um homem adulto, alguém digno de respeito, era uma prova do quão orgulhoso Charles estava. Ele engoliu sua ansiedade e tudo o que aquele gesto significava. Sabia que não podia decepcionar o pai.

E eu vão irei, pensou. Então terminou de arrumar a cozinha e partiu para o segundo quartel, levando o anel consigo.

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Avenida dos Feitiços: O Conto do Horror. (LIVRO 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora