Capítulo 19 - O novo desafio

44 8 80
                                    


Encurralado, esta era a melhor forma para descrever a situação de Daniel Mark, encurralado em uma infestação demoníaca. Em uma hora contabilizou cem demônios enfrentados ou foi o que achou ser o valor aproximado. Ele perdeu a conta depois do vigésimo quarto demônio. A exaustão mágica veio com força e a infestação parecia estar bem longe do fim. Ficou caído no chão com as mãos tremendo e cheias de machucados. Os demônios eram como pragas sedentas por comida, parecia que se reproduziam tão rápido quanto bactérias. Quanto mais lutava, mais apareciam.

No meio de sua corrida para fugir, Daniel acabou parando em um pátio, o piso era cheio de pedras, mas algumas plantas saíam pelas frestas, havia uma fonte enorme no centro e alguns bancos espalhados pela área. Foi logo depois de ter pisado, que os demônios que estavam ali escondidos apareceram. Daniel era uma presa no meio de vários predadores famintos. E ainda teve de lidar com aqueles que já o perseguiam, estes estavam à espreita, vindo enfurecidos em sua direção.

Daniel Mark não tinha mais força para resistir àquela nova investida, era ele contra milhares. Suas pernas estavam muito fracas e nenhum encantamento bom para a situação surgia em sua mente. Mas no momento em que os demônios iriam ataca-lo, uma barreira mágica o protegeu e todos aqueles que estavam próximos foram repelidos. Seu salvador surgiu das sombras e atacou os monstros que estavam próximos com magias de vento.

Quando percebeu quem era, Daniel ficou boquiaberto, não esperava ver Mancha, alguém que mal conhecera salvando sua pele. Ele agradeceu por tê-la ali por perto, por pouco não encontrara o fim em uma daquelas bocas fedidas. Ela queimou muitos deles com sua barreira, dando um tempo para que ele descansasse.

− Por que você voltou? – Ele perguntou a Mancha, logo depois dela ter desfeito a barreira.

− Não está em posição de refutar a minha volta, está?

Ele se calou, pois realmente não estava. Então pelo menos agradeceu:

− Obrigado.

− De nada, e qual é o seu nome mesmo?

− Daniel. E o seu é como mesmo?

− Mancha. Consegui alertar algumas pessoas, porém já tem muitas mortes.

− Também, estes demônios estão surgindo de todos os lugares.

− Eles podem possuir pessoas, objetos e até paredes. – Mancha explicou – É a primeira vez que os enfrenta?

− Sim...

− Pois bem, felizmente aqui tem os mais fáceis de lidar, há poucos do tipo chifre médios e pontudos que são demônios capazes de usar lanças, são inteligentes apesar de não falarem. Vi alguns perambulando pelo castelo, mas a maior parte é Bestia Andante, eles são burros, sem chifres e só pensam em comer, mas são fortes principalmente na mandíbula. Então não é tão difícil, mas certamente é desgastante, demônios atraem demônios e por isso parece que as batalhas não tem fim. O que a anciã está fazendo?

− Ela está liderando nosso contra ataque, mandou que levássemos nossos irmãos para o pátio central. Também tenho que colocar barreiras por todos os objetos e paredes, mas não está fácil com estes monstros aparecendo a todo instante!

− Vou te dar cobertura. Já está no fim dessa área praticamente, vamos.

Mancha era tudo o que Daniel precisava ali, mesmo o maior dos demônios não lhe assustava, ela o dominava em questão de segundos. E juntos eles conseguiram chegar no ultimo corredor do castelo e colocar o último selo. Os demônios estavam duplicando, triplicando e mesmo Mancha com seu poder estava ficando cansada.

Avenida dos Feitiços: O Conto do Horror. (LIVRO 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora