Capítulo 18-O terror no escuro

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Elizabeth Mark estava em chamas, a ideia de uma missão fez com que sua tristeza com Hatter fosse posta de escanteio. Quando chegou em casa estava disposta a pôr seu plano em prática, a preencher toda a papelada, mandar um recado para Kiev e anuncia-lo como seu vice líder na operação. Enfim, tinha muitas coisas para arrumar e apenas um dia, mas ela resolveria todos os perrengues.

Mas esses pensamentos se afastaram de sua mente no momento em que chegou em casa e se deparou com seu pai na cozinha assistindo novela com Esmeralda.

− Pai?! Quando o senhor voltou?

− Voltei ontem querida, como estão indo as coisas no trabalho? – Charles perguntou.

− Estão bem, partirei para uma missão no extremo norte depois de amanhã, sem previsão de data de retorno por enquanto.

− Quê?! – Esmeralda gritou surpresa – Mas voltou hoje para casa! Agora vou ficar sem ver minha outra filha também, já não basta o Daniel!

− Onde ele está? − Charles perguntou confuso. Elizabeth respondeu no lugar da mãe:

− Em uma missão de apoio civil, infelizmente não conseguiu voltar para a casa ainda.

− Missão de apoio civil que o mantém longe de casa por vários dias...? – Charles exclamou surpreso. − Que raro ouvir isso, mas não fique assim Esmeralda, isso é bom para nossos filhos que estão no mundo adulto agora!

− Estou orgulhosa dele, mas como mãe, fico preocupada! – Reclamou. Elizabeth tentou consolá-la:

− Entendo o que sente, mãe. Mas não se preocupe, Daniel é forte, tenho certeza de que está se saindo bem.

Os Mark fizeram um banquete em homenagem às conquistas de Elizabeth e Daniel. Tudo que faltava era o caçula estar presente, porém ficou decidido que quando todos estivessem reunidos, algo raro naquela família, eles iriam ter a devida comemoração com um banquete digno. Charles disse que usaria boa parte de sua economia para isso.

Mas naquela noite, eles focaram em um jantar caseiro onde o pai preparou a carne assada, a mãe ficou por conta de um ensopado e Elizabeth preparou as batatas assadas que toda a família amava.

As luzes da casa foram apagadas, menos a do quarto de Elizabeth. Ela ficou acordada planejando cada detalhe da missão, escolheu os soldados requisitados, estudou bastante a geografia de Maetown, escreveu uma carta para o quartel general da cidade de Killburg se apresentando como a líder da operação (a mandaria na mesma manhã em que partisse) e preencheu todos os papéis.

Bastava o carimbo do Líder-Geral e Elizabeth levou os documentos para que ele avaliasse no dia seguinte. Melizandre a acompanhou, pois Elizabeth era sua tutora na segunda fase de treinamento do programa.

− Coronel Roscue Gringio? – Edward perguntou no instante em terminou de ouvir os planos dela. Este era o nome do escolhido para ser líder da Tropa da Patrulha provisoriamente, um nome sugerido por Kiev e Elizabeth apoiou a ideia.

− Ele é um bom soldado, tem ajudado muito a tropa. Sábia decisão. – Kaien comentou. Edward não se importava, apenas não o conhecia, mas no final deu de ombros e carimbou com o selo do líder- Geral. Com os papéis preenchidos e devidamente carimbados, agora precisava verificar se o armamento estava sendo depositado no trem, ela e Kiev fizeram a vistoria de tudo até que a última arma estivesse guardada nos vagões.

Então o dia chegou e o horário para partirem seria as cinco horas da madrugada. Elizabeth dormiu por três horas. Mas quando acordou não estava cansada, pelo contrário estava incrivelmente animada.

Avenida dos Feitiços: O Conto do Horror. (LIVRO 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora