Jão 7/7

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Acordei primeiro que ele. Abri meus olhos e ainda estávamos na mesma posição, com minha cabeça em seu peito e seus braços debaixo do meu pescoço. Me levantei lentamente, sentindo uma parte de mim doer, e por um momento esqueci o que tinha acontecido, mas ao levar meu dedo lá, me dei conta de que aquilo não foi um sonho, e sorri.

Quando cheguei no banheiro e me olhei no espelho, vi que eu estava diferente. Aquele sorriso não saia do meu rosto, eu não conseguia parar, o esconder, assim como eu não conseguiria esconder os chupões em meu pescoço e os arranhões em minhas costas. Caique tinha me marcado, me tornado dele, e só de me lembrar de tudo o que havia acontecido ontem, senti meu corpo esquentar e meu rosto queimar. Não acredito que eu disse todas aquelas palavras, que eu me portei daquela forma, que eu deixei com que ele entrasse. Porra, foi bom pra caralho.

Ao olhar para o espelho novamente, o vi em pé na porta, me encarando com um sorriso no rosto. Caique se aproxima e me abraça por trás, beijando minha nuca e colocando suas mãos em meu peito.

— Você está bem? — Ele coloca sua cabeça no meu ombro.

— Bem, você me arrombou ontem... Mas eu estou muito bem, obrigado. — Sorrio e me viro para ele.

— E isso foi bom ou ruim? — Caique me encara.

— O fato de o que aconteceu ontem não sair da minha cabeça deve te esclarecer algumas coisas... — Aperto seu corpo.

— Bem... — Sinto sua mão ir até minha bunda, e logo após um dos seus dedos me acariciar ali, me fazendo tremer. — Não posso nem chegar perto que você fica todo oferecido. — Ele ri.

— Vai tomar no cu! — O afasto, indo em direção ao chuveiro.

— Quem vai tomar no cu é você... — Ele se aproxima depois que entro no box e abro o chuveiro.

— Vou é? — Me enfio debaixo da água.

— Vai sim... — Ele me vira e se ajoelha.

— O que você está fazendo? — Pergunto quando ele afasta minhas pernas.

— Conferindo o estrago... — O sinto separar minhas nádegas.

— Você é um filho da... — Sou silenciado quando sinto sua língua dentro de mim.

Meu corpo automaticamente se entrega a ele quando sinto sua boca lá, sua barba roçando onde ele havia entrado horas atrás. Caique me chupava com vontade, me arrepiando por completo, me deixando ainda mais melado do que eu já estava.

— Deixa eu entrar de novo... — Ele se levanta e sussurra no meu ouvido.

— Deixo... — Sussurro.

Ele entra lentamente, gemendo junto a mim enquanto se aprofunda em meu corpo, colocando seu peito em minhas costas, fazendo a minha ereção doer enquanto a água caia sobre a gente.

Caique se movimenta lentamente, me fazendo arfar, me fazendo tremer, segurando minha cintura, nos fazendo ecoar por todo o banheiro, me fazendo gemer, me entregar, e eu pouco me importei se eu não estava homem o suficiente, pouco me importei se a minha voz não estava grossa o suficiente, se eu não gemia grave o suficiente, eu simplesmente me entreguei, deixei o que eu estava sentindo sair de meus lábios, deixei com que ele vesse o que estava fazendo comigo, deixando claro que ele havia me derrubado por completo, deixando claro que ele fazia comigo o que eu fazia com ele quando eu estava lá dentro de seu corpo.

— Tá gostando? — O filho da puta pergunta.

— Sim... — Eu já estava desmontado.

— Está sentindo isso? — Caique me puxa e coloca suas mãos em meu pescoço, colocando seu peito em minhas costas, deixando minhas pernas bambas.

Conflitos InterpessoaisOnde histórias criam vida. Descubra agora