27. Persecution

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Jimin acordou cercado pelo cheiro de Jungkook

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Jimin acordou cercado pelo cheiro de Jungkook. Lençóis de cetim preto acariciaram sua pele e ele abriu os olhos. Ele estava com calor e sua cabeça doía, mas quando tentou se mexer percebeu que Jungkook estava segurando-o dentro de seus braços, que estava pressionado firmemente contra o peito do homem. Jungkook o segurava como se estivesse com medo de que Jimin desaparecesse de repente.

Os olhos de Jimin cresceram três vezes seu tamanho normal quando outra percepção o atingiu e a vergonha tomou conta dele. Ele se lembrou da noite passada. Ele tinha vomitado na camisa de Jungkook no estacionamento. Jungkook passou a noite inteira cuidando dele, ajudando-o a ficar sóbrio debaixo de um banho frio e dando-lhe remédio para ressaca. Jungkook o ajudou a tirar aquelas calças justas e a camisa branca da Gucci. Ele fechou os olhos com força, lembrando-se de como havia choramingado de vergonha por ter que usar a camisa grande demais de Jungkook como pijama.

Jimin respirou fundo tentando não se desfazer em pó enquanto mais memórias surgiam. Ele se lembrava de chorar, e sabia que parte de sua dor de cabeça vinha do choro, mas também vinha do álcool e da falta de comida.

Jimin chorou muito e não parou de chorar. Na verdade, ele chorou ainda mais quando Jungkook acariciou sua cabeça. Ele também estava envergonhado por ter chorado com todo o coração na frente do outro homem. Ele chorou tudo, desde o início e Jungkook testemunhou seu ponto mais baixo. Jimin desejava ser engolido pela terra, ser enterrado debaixo dela... talvez assim ele nunca mais tivesse que enfrentar Jungkook novamente.

Ele esteve no quarto de Jungkook pelo menos duas vezes agora, mas na outra vez ele não tinha se sentado na cama do outro. Naquela época ele achava que estava respeitando os limites de Jungkook, mas agora ele sabia melhor. Jungkook, mesmo excitado com o corpo dele, nunca tomou a iniciativa com ele porque nunca quis que isso realmente começasse. Talvez essa fosse a pílula mais difícil de engolir, mais do que o engano e a mentira. 

E assim, atingiu-o como uma onda de tsunami. Jimin queria se afastar de Jungkook, escapar de seus braços porque não podia estar neles. Ele não deveria estar confiando nele quando toda a dor que ele estava passando era por causa dele.

Como se estivesse queimado, Jimin se afastou sem se importar se o acordava ou não. Sua cabeça rodou e ele caiu da cama, mas ele não se importou. Sua mão doía de onde Hyukhe a agarrou na corte. A mesma mão que ele havia raspado no asfalto quando o estranho no clube o empurrou. E a mesma mão que ele usou para segurar o caco de vidro para se defender na casa de Danwo logo após Park Myung tentar matá-lo. Sua pobre mão. 

— Jimin... — A voz de Jungkook veio da cama, em pânico e desesperado. — Por favor, não vá.

— Por que você está fazendo isso? — Jimin perguntou do chão abraçando as pernas perto do peito e escondendo-as debaixo da camisa de Jungkook. Ele estava cansado de chorar, mas podia sentir outra onda chegando.

— Eu sinto muito.

— Eu sei que você sente. — Jimin disse porque ele podia ver isso em seu rosto e ações. — Só não se incomode mais. Eu vou encontrar esse Gem. Só saiba que não pretendo encontrá-lo por sua causa. Eu pretendo encontrá-lo por minha causa. Pela minha sanidade. Depois disso, estou me transferindo.

Seul: Cidade Sem Coração - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora