- Você parece uma merda... - Taehyung, o patologista forense, disse.
- Obrigado? - Jimin perguntou inclinando a cabeça ligeiramente com a estranha interação.
- Não foi um elogio. - Disse Taehyung e Jimin sentiu uma sensação estranha e reconfortante enquanto o patologista o estudava.
- Você pode simplesmente ir direto ao ponto Tae? - Jungkook perguntou.
- Tão impaciente. - Taehyung revirou os olhos e Jimin se sentiu melhor por ter seu intenso olhar longe dele.
Taehyung pegou um arquivo de sua mesa, e Jimin não pôde deixar de se perguntar como diabos o homem conseguiu encontrar. Sua mesa era uma bagunça completa entre arquivos, papéis, embalagens de comida e sabe-se lá o que mais. Havia caixas alinhadas contra as paredes, todas empilhadas com seus números de casos, e bem ao lado da porta havia uma sapateira. Havia cerca de uma dúzia de diferentes pares de sapatos, com a parte de trás dobrada. O patologista, no entanto, estava descalço enquanto andava pelo consultório.
- Não seja como ele quando vier visitar. - Taehyung disse enquanto colocava a pasta nas mãos de Jungkook.
- Anotado. - Jimin disse o mais educadamente que pôde.
- Nós não viemos aqui para socializar. - Jungkook repreendeu.
O rosto de Jungkook estava firme e sério, mas o de Taehyung tinha um sorrisos quadrados e feições gentis. Eles eram opostos completos. Jimin gostou de Taehyung.
- Que tal uma bebida depois? - Jimin perguntou com um sorriso de paquera.
- O que...? - O rosto de Jungkook girou tão rápido que quase parecia cômico.
- Achei que você nunca ia perguntar. - Taehyung retribuiu com o mesmo sorriso de paquera.
- Como você faz isso? - Jungkook ficou boquiaberto com Taehyung esquecendo o arquivo por um momento.
- Bem, você sabe, Jungkookie. - Taehyung brincou dando uma piscadela para Jimin. - Eu sou legal e as pessoas gostam de mim, certo Mochi?
Mochi? Jimin pensou, ninguém nunca o tinha chamado assim, mas se viesse de alguém tão fofo quanto Taehyung... Tudo bem.
- Certo. - Jimin sorriu, e foi bom sorrir.
Ir ao laboratório não foi tão ruim quanto ele pensou que fosse. Ele ficou deitado na cama agonizando desde que o pensamento veio à mente. Ele temia ir ao necrotério para ver o relatório da autópsia de Danwo, tanto na viagem de ônibus de quarenta e cinco minutos para o trabalho, quanto no elevador e no passeio no carro de Jungkook. O pensamento de que poderia ter sido ele naquele lugar, que poderia ter sido ele quem Taehyung examinou não escapou de sua mente. E naquele exato momento, Jimin se sentiu muito sortudo por estar vivo.
- Tanto faz. - Jungkook disse.
- Se isso faz você se sentir melhor, - Taehyung falou e todo o seu comportamento aéreo desapareceu para seu tom profissional. - Sra. Ju teria morrido por perda de sangue na ambulância. Não daria tempo chegar ao hospital.
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Seul: Cidade Sem Coração - Jikook
Fiksi PenggemarDetetive/Criminal ┊𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚 Park Jimin lutou com unhas e dentes para chegar ao SPO (o FBI da Coreia do Sul). Ele se junta ao ás da equipe Jeon Jungkook que, por acaso, não o quer por perto. Seul, assim como Jungkook, é impiedoso, mas como...