5. Park Myung, the killer

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- Você parece uma merda

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- Você parece uma merda... - Taehyung, o patologista forense, disse.

- Obrigado? - Jimin perguntou inclinando a cabeça ligeiramente com a estranha interação.

- Não foi um elogio. - Disse Taehyung e Jimin sentiu uma sensação estranha e reconfortante enquanto o patologista o estudava.

- Você pode simplesmente ir direto ao ponto Tae? - Jungkook perguntou.

- Tão impaciente. - Taehyung revirou os olhos e Jimin se sentiu melhor por ter seu intenso olhar longe dele.

Taehyung pegou um arquivo de sua mesa, e Jimin não pôde deixar de se perguntar como diabos o homem conseguiu encontrar. Sua mesa era uma bagunça completa entre arquivos, papéis, embalagens de comida e sabe-se lá o que mais. Havia caixas alinhadas contra as paredes, todas empilhadas com seus números de casos, e bem ao lado da porta havia uma sapateira. Havia cerca de uma dúzia de diferentes pares de sapatos, com a parte de trás dobrada. O patologista, no entanto, estava descalço enquanto andava pelo consultório.

- Não seja como ele quando vier visitar. - Taehyung disse enquanto colocava a pasta nas mãos de Jungkook.

- Anotado. - Jimin disse o mais educadamente que pôde.

- Nós não viemos aqui para socializar. - Jungkook repreendeu.

O rosto de Jungkook estava firme e sério, mas o de Taehyung tinha um sorrisos quadrados e feições gentis. Eles eram opostos completos. Jimin gostou de Taehyung.

- Que tal uma bebida depois? - Jimin perguntou com um sorriso de paquera.

- O que...? - O rosto de Jungkook girou tão rápido que quase parecia cômico.

- Achei que você nunca ia perguntar. - Taehyung retribuiu com o mesmo sorriso de paquera.

- Como você faz isso? - Jungkook ficou boquiaberto com Taehyung esquecendo o arquivo por um momento.

- Bem, você sabe, Jungkookie. - Taehyung brincou dando uma piscadela para Jimin. - Eu sou legal e as pessoas gostam de mim, certo Mochi?

Mochi? Jimin pensou, ninguém nunca o tinha chamado assim, mas se viesse de alguém tão fofo quanto Taehyung... Tudo bem.

- Certo. - Jimin sorriu, e foi bom sorrir.

Ir ao laboratório não foi tão ruim quanto ele pensou que fosse. Ele ficou deitado na cama agonizando desde que o pensamento veio à mente. Ele temia ir ao necrotério para ver o relatório da autópsia de Danwo, tanto na viagem de ônibus de quarenta e cinco minutos para o trabalho, quanto no elevador e no passeio no carro de Jungkook. O pensamento de que poderia ter sido ele naquele lugar, que poderia ter sido ele quem Taehyung examinou não escapou de sua mente. E naquele exato momento, Jimin se sentiu muito sortudo por estar vivo.

- Tanto faz. - Jungkook disse.

- Se isso faz você se sentir melhor, - Taehyung falou e todo o seu comportamento aéreo desapareceu para seu tom profissional. - Sra. Ju teria morrido por perda de sangue na ambulância. Não daria tempo chegar ao hospital.

Seul: Cidade Sem Coração - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora