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Anna

Respiro fundo me olhando no espelho do elevador pensando como eu vou agir com o Filipe do meu lado a noite toda praticamente.

Eu não ia recusar de ver ele cantar na batalha que a maioria está esperando por ele.

Pelo o que ele me explicou, o vídeo dele chegou em muita gente que queria saber mais sobre, queria acompanhar, queria ver o mesmo cantar ao vivo. Então quando ele confirmou presença na batalha de hoje foi o auge pras pessoas confirmarem presença tbm.

Nunca escondi que estou e sempre torci por ele. Então ver que ele está conseguindo alcançar a suas metas tão rápido me deixa muito feliz.

Sorrio nervosa quando a porta do elevador se abre e eu ando até o lado de fora do meu apartamento.

Antes de passar o portão eu vejo ele parado do lado da sua moto com os braços cruzados me encarando sério.

Eu já prendo a respiração e tento me lembrar como se anda. Tá difícil agir naturalmente com ele me olhando desse jeito. Mas eu vou fingir que não me atingi.

Paro na sua frente olhando pro seu rosto vendo o exato momento que seus olhos me analisa calmamente todo o meu rosto.

Anna: oi. - falo baixo meio nervosa.

Ret: está tranquila? - concordo sem perder direito do que exatamente ele quis dizer.

Anna: vamos? - ele assente subindo na moto e estende a mão pra mim.

Ret: vem. - pego na sua mão e meu corpo todo se arrepia com o contato das nossas peles.

Ignoro isso e subo na sua moto agarrando su cintura. Sinto o cheiro do seu perfume e me ajeito melhor no banco.

O ventinho gostoso atingi meu rosto assim que ele liga a moto saindo dali e indo em direção a glória.

Não demora muito pra ele estacionar em frente à pracinha e eu descer com a ajuda do mesmo.

Ele desliga a moto e desce logo depois olhando ao redor e eu faço o mesmo vendo que já tinha bastante gente.

Olho pra ele que diminui levemente os olhos passando a língua nos lábios calmamente o que me faz prender a respiração.

Que ódio tudo que ele está fazendo e por mais simples e natural que seja eu sinto uma explosão de sentimentos dentro de mim.

Respiro fundo desviando o olhar pq se continuar assim eu tenho certeza que eu vou mandar minha consciência pra puta que pariu e agarrar esse homem.

Ele não está fazendo nada e isso está me deixando puta. Qualquer coisa que ele faz meu corpo todo reagi.

Ret: tá quieta. - jogo meu cabelo pra trás.

Anna: estou normal. - falo ainda sem olhar pra ele e ouço seus passos se aproximando.

Jesus faz esse homem se afastar só um pouco por favor.

Ret: tem certeza? - a voz dele está mais perto e eu já posso sentir seu perfume de novo. - está parecendo tensa.

Nego com a cabeça engolindo a saliva que se formou enquanto eu me concentrava em não demostrar nada.

Anna: só estou ansiosa pra ver vc cantar. - falo uma mentirinha com um pouquinho de verdade.

Ret: hum. - fico quieta. - então vamos? - concordo ajeitando minha bolsinha no ombro.

Ele começa a andar e eu faço mesmo tentando não olhar muito pra ele.

Eu estou tentando me controlar o máximo mas meu sub consciente me faz uma pergunta que nem eu mesma sei responder.

"Pq eu estou me controlando em relação a ele?"

Se naquele dia ele demonstrou querer o mesmo que eu estou querendo agora.

Eu tenho medo de acontecer e acabar sem querer iludindo ele em relação ao o que ele esperava.

Talvez ele tenha uma Anna diferente na cabeça dele. A Anna que ele se "relacionou".

Se acontecer entre nós dois aqui e ele se decepcionar?

O desejo que eu tenho por ele se formou depois daquele dia. Antes eu não via nenhuma maldade e não pensava nada mais. Mas parece que agora tem a porra de um imã me puxando pra ele.

É complicado mas ao mesmo tempo gostoso esse caos que ele faz na minha vida de um dia pra noite.

...

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