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A.

Sabe aquele sentimento de culpa, que só da vontade de chorar, até enteder aonde foi que se errou? Então foi assim o resto de minha sexta-feira, o que era para ser uma noite agradável entre amigos, escorregou de minhas mãos a partir do momento que Carina surgiu naquele estacionamento. Não coloco toda a culpa nela, mas uma parcela ela tem.

Na manhã de sábado acordei de um péssimo humor. Agradeci a deus por Alice esta com os padrinhos, não gostaria que ela me visse nesse estado, pois apesar de ser uma bebê, é uma garotinha muito esperta.

Tomei um demorado banho, daqueles que os seus dedos até chegam a se enrugarem. Depois disso me permiti um café forte, chequei o celular e nada de Meredith.

E quando o meu celular tocou ao meu lado no sofá, senti o meu coração disparar pensando ser a loira, mas infelizmente não era Meredith, e sim Carina. Nem me dei o trabalho de atender, precisava de espaço. Às 14horas busquei Alice, brinquei um pouco com ela no parquinho, logo voltamos pra casa. Na parte da noite Carolyn e Derek apareceram em casa, coisa que durou algumas horas. Alice como sempre estranhou o pai, e percebi Derek ficar chateado quando a filha não quis ficar em seu colo. Surpreendentemente tivemos uma conversa agradável.

Na manhã seguinte arrumei Alice, passaria o domingo com os meus avós, e teria o churrasco na beira da piscina. Não estava muito. animada para me socializar, mas também foi idéia minha esse encontro de amigos.

Quinze minutos estava estacionando o carro na garagem dos meus avós. Estava apenas o carro de meu avô. Pego Alice no braços, mas logo a coloco no chão quando sinto a sua inquietação.

_Mam -choraminga tentando se livrar de minha mão

_Que criança independente -digo colocando a chupeta em sua boca

_Mumu bubu - Ela corre em minha frente.

Acabei rindo do seu jeitinho fofo. Alice era a minha vida, sem ela não sei o que seria de mim. Ela é a minha companhia, sempre que estou triste e sem vontade de sorrir, Alice sempre vem toda carinhosa me enchendo de beijos e carinho. A maternidade para mim foi uma das melhores coisas em minha vida.

_Quem é vivo sempre aparece -brinca vovô vindo me abraçar assim que atravesso a sala de jantar.

_Dramático como sempre, Sr Antônio -beijo sua testa -bença nonno.

_Deus lhe abençoe querida. Como você está? -pergunta se sentando em sua poltrona

_Bem -nada bem, queria dizer, mas não queria encher a cabeça dele com os meus problemas.  Nonnina logo aparece com Alice em seus braços, minha filha tem um grande cookies com gotas de chocolate na mão.

Vovó Flora me pergunta sobre o trabalho, a mais velha sempre gostou desse mundo da moda. Mesmo sendo uma senhora de quase oitenta anos, continua muito vaidosa e elegante. Conto sobre a viagem para Nova York, me lembrando que Meredith e eu estamos distante, e tenho medo de até lá não termos nos resolvido ainda. Pois queria que essa viagem fosse especial para nós. Seria nossa primeira viagem, de muitas juntas.

Por volta da meio dia, nossos amigos começam a chegar. Para a alegria de Callie, Cristina trouxe Arizona, a loira se desculpo pela amiga Carina, mas logo tratei de tranquiliza-la que estava tudo bem. Mesmo que as atitudes de sua amiga, tenha custado meu namoro.

Como sempre a casa estava cheia de amigas de minha prima, e a maioria era lésbica, e Callie já tinha pegado. Amélia, April, Josephine, estavam dentro da piscina uma subindo em cima da outra, Samantha, e Stephanie tomavam os seus drinks em uma conversa paralela. Enquanto Arizona ajudava Callie a arrumar a mesa da área de laser. Tudo isso era pose de minha prima para impressionar a crush. Eu estava sentada na borda da piscina, e Cristina tinha minha filha nos braços. Alice, estava com as suas duas boias de braço, e uma envolta do corpo, mas Yang em momento algum soltava minha filha. Essas boias não são cem por cento seguras.

_Quando é que você, e Meredith vão fazer as pazes? -pergunta a coreana

_Por mim já tínhamos feito. Mas Mer ainda não entrou em contato. Estou apenas respeitando o seu tempo -solto um suspiro balançando os meus pés dentro da água.

_Namorar a uma adolescente tem os seus preços

O comentário de minha amiga me faz revirar os olhos. Yang cismou que minha namorada é menor de idade. Talvez por seu rosto jovial, seu jeitinho menina de ser.

_Ela já tem quase vinte quatro anos -digo fazendo Cristina soltar uma risada, ato que Maria Alice imita.

_Viu, até minha garotinha achou engraçado -a mesma faz uma careta arrancando uma risada gostosa de minha bebê. - Quase uma adulta essa smile

_Smile? - franzo o cenho confusa

_Sim, o apelido que dei a sua namoradinha adolescente. Ela vive sorrindo. Super combina -da de ombros voltando sua atenção a Alice.

_Mi - acredito que Alice quisesse dizer Smile.

Até que o apelido era fofo. Coisa rara de acontecer, os apelidos que Cristina dava as pessoas eram sempre estranhos, mas Smile era fofo e super combina com Meredith.

Sorriso.

O domingo ao lado das meninas até que não tinha sido ruim. Consegui me distrair, e aproveitar um pouquinho da companhia de meus nonni. Nosso domingo na piscina se estendeu até às oito da noite, para mim já que as meninas foram para uma boate para finalizar seus domingos. Meus avós até se ofereceram para ficar com Alice, mas eu realmente preferia ir pra casa.

[...]

Ver Meredith ali, parada em minha frente e não poder tocá-la era demais para mim. Nossa conversa foi rápida,a mais estranha de todas. E quando perguntei se podíamos conversar ela foi curta e grossa. Não insisti, por mais que quisesse não podia obrigá-la a me ouvir.

Dirigi até a agência chateada, e para ajudar tive que passar a minha manhã ajudando Yang com as fotos das modelos. Carina não parava com as provocações, sempre que podia me tocava, tive que ser firme e grossa com ela, pois na gentileza não estava funcionando com a morena.

- Se rolar os olhos mais uma vez, irá ficar vesga -brinca Cristina trocando a lente de sua câmera.

_Essa garota não desiste. Aonde que eu estava com a cabeça quando resolvi me envolver com ela?

_Quer mesmo que eu diga? -a fotógrafa me lança um sorriso malicioso

_Nop! Sua idiota -a empurro pelos ombros rindo.

Depois de ajudar minha amiga, Vause me chamou de volta para os seus comandos. O que agradeci e muito. Às horas passou voando, e finalmente poderia ver as mulheres de minha vida.

Deixei Alex em sua casa, já que a morena estava sem carro. Pois Piper foi embora mais cedo, e eu fiquei responsável em deixar sua esposa segura em casa.

Durante o percurso contei a minha amiga/chefe o que estava acontecendo entre mim e Meredith. Mas omiti a terceira pessoa, não gostava de mentir para a morena, mas agora não era o momento para encher a sua cabeça. A mesma estava na correria com a agenda cheia.

Seu conselho foi o mesmo que Callie me deu no sábado por chamada de vídeo. Dar espaço a loira, e deixar claro que é ela que a amo, que não precisa se sentir insegura.

Foi isso que eu fiz, dei espaço, até demais. Quatro dias, exatamente quatro dias que estamos separadas. Pode imaginar o quão difícil esta sendo para mim? Por mais que a ame, não insisti mais como fiz nos dois primeiros dias. Talvez não fosse para ser, mesmo que eu não queira, me resta aceita.

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Eita gente. Será o fim do nosso amado casal? Ou apenas uma briguinha? 👀👀
Beijos❤

Maria Alice's nanny | Meddison - ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora