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M.

Depois que voltamos da casa dos avós de Addison, nós três nos deitamos no sofá cama, e ficamos vendo os filmes da Disney. Eu apenas dormia e acordava o tempo todo. E no começo da noite pedimos comida japonesa, e comemos sentadas na sala mesmo.

Na manhã seguinte, minha esposa e eu deixamos Maria Alice na escolinha e depois íamos para o shopping comprar algumas coisas para o quarto do nosso bebê. O antigo quarto de Alice, já tinha sido limpado por Jane, e estava completamente vazio. Já tínhamos alguns móveis, como o berço todo branco, cômoda e o guarda roupa. Ainda tínhamos que comprar algumas coisinhas. E a algumas roupinhas,e fraldas.

Espero a ruiba dentro do carro, enquanto ela leva nossa filha até a porta de sua sala. Ela estava demorando, o que começou a me preocupar.

- Demorou - digo alguns segundos depois quando a morena volta pro carro.

- MariaAlice, fez manha. Ela não queria ficar hoje.

Apenas assinto buscando meu celular que toca dentro de minha bolsa. Enquanto Addison dirige converso com Jô que me conta algumas coisas que me deixa boquiaberta.

O percurso até o shopping leva de 20 à 25 minutos. Faríamos em menos se não fosse o péssimo trânsito da manhã.

- Não, amor, ela disse que acha que está - digo a minha noiva enquanto subimos pela escada rolante do shopping.

- Se acha, as chances de se estar são grandes. Não é? - Addison sorri.

- Só espero que não esteja. Os dois ainda são crianças. Jô nem saiu da escola ainda, e Alex é um moleque.

- Não é julgando meu amor, mas eles deveriam ter pensando nas consequências antes de transarem sem camisinha.

- Você ouviu, foi o que eu disse a ela. Ela está comprando o teste e vai me ligar depois.

Apenas torcia para que desse negativo esse teste. Os dois ainda nem tem responsabilidades para se ter um filho. A coitada da garota estava tão aflita na ligação, que estava até chorando.

Trocamos de assunto assim que entramos em uma loja de bebês. Quase fiquei maluca lá dentro de tantas coisas fofas que tinham. Compramos roupinhas unissex. Sapatinhos, prendedor de chupetas. Fraldas de pano, e fraldas descartáveis.

Depois da loja fomos comer alguma coisa na praça de alimentação, minha barriga já estava roncando. Agora comia por dois.

- Vai comer esse resto? - aponto para a batata de Addie.

- Não babe, pode comer. - a mesma sorri me empurrando o mesmo.

- Obrigada - digo com a boca cheia.

Vejo meu celular vibrar em cima da mesa, e era uma ligação de Jô. Lambo os dedos sujos de catchup.

- E ai, cunhada - digo ao atender a ligação.

Apenas balanço a cabeça, enquanto Addison me olha querendo saber o que deu. Enfio mais uma batata na boca, paro de mastigar.

- O que deu? - sussurra Addison. E eu peço que ela espere. E estapeio sua mão quando rouba uma batata minha.

- Ai que bom - Solto um suspiro de alívio - Agora vê se toma remédio, usem camisinha... Sabe, mas não usa né... Ta bom beijos.

- Negativo? - pergunta minha esposa.

- Sim.

Alguns dias depois.

Hoje teríamos mais uma consulta médica. Estou com doze semanas de gestação. E cada consulta mais ansiosa fico. O meu bebê está crescendo. As dores na barriga aumentaram, e já é possível ver um inchaço em minha barriguinha de grávida.

Assim que chegamos em minha obstetra, ela me pediu alguns exames para tirar algumas dúvidas. Passamos praticamente a manhã toda em seu consultório.

- Bom mamães, aqui esta o exame que precisavamos - coloca o papel em cima da mesa.

- Deu algo de errado nesse exame? - pergunto alarmada. Sinto as mãos de minha esposa apertar a minha.

- Nada de errado, querida. Os exames deu que você está carregando não apenas um bebê, mas sim dois.

Diante do que a mais velha diz, abro os lábios sem saber o que dizer. Eu realmente não estava esperando por essa.

- Dois? Dois bebês? - meus olhos piscam mais vezes que o necessário.

- Sim - Emma começa a nos explicar tudo direitinho. E quando pergunto o do porque não ter percebido, a mulher diz que é possível desconfiar na sexta semana de gestação, mas nem toda mulher percebe. Que na ultrassom não conseguimos detectar pois as batidas do coraçãozinho dos bebês eram fracos, e apenas com esse exame dá para detectar.

Emma nos pede para fazer a ultrassom. Me deito na maca, e Addie segura em minha mão. Sinto o gel gelado em contato com minha pele.

- Ainda não podemos saber o sexo dos bebês, isso é possível apenas no quinto mês de gestação. Mas podemos saber se
são univitelinos, ou bivitelinos.

Já estava chorando. Já sou uma manteiga derretida, depois da gravidez fiquei mais ainda.

- Aqui temos um saco gestacional com dois embriões dentro. Seus bebês são univitelinos.

- Teremos dois bebês idênticos? - pergunto sem acreditar naquilo.

- São muitas emoções para um dia só - minha esposa sela nossos lábios.

- Preparadas para ouvirem os baby's? - a médica nos chama a atenção.

Minha esposa e eu assentimos. Pareci que estávamos ouvindo aquele som pela primeira vez. O som era lindo, passaria o dia todo ouvindo aquilo.

- Nossos bebês - sussurra a ruiva próximo ao meu ouvido, como se estivesse me contando um segredo.

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O baby Meddison veio aí, e não veio só. Veio com uma cópia igualzinha no útero precioso da Mer!
Estamos entrando nos capítulos finais...🥺
Beijos até o próximo capítulo.
Anna♥️

Maria Alice's nanny | Meddison - ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora