41

595 63 10
                                    

M.

O corpo suado, e nu de Addison se mantinha em cima do meu, enquanto nossas respirações voltavam ao normal. Sua respiração batia em meu pescoço, e seus dedos quentes passam por meu abdômen.

- Foram os 20 minutos mais bem gastos de minha vida - diz Addie me fazendo sorrir.

- Besta - deixo um selinho em seus lábios - Passaria o resto do dia assim com você, mas daqui a pouquinho nossa bichinha acorda.

A ruiva assente, e depois de alguns amassos nos levantamos. Entramos debaixo da ducha, e trocamos apenas alguns carinhos debaixo da água morna. Não nos prolongamos por muito tempo ali, em menos de minutos Alice estaria acordando de sua soneca e não gostávamos da idéia de deixá-la sozinha por muito tempo.

Visto minha roupa confortável de usar em casa, e prendo meus cabelos sem me preocupar em pentea-los.

- Vou fazer uma café pra gente - salpico um beijo nos lábios de minha noiva e me retiro do quarto.

Dou uma espiada em Alice, a bebê dorme com os braços esticados, e o bumbum pra cima, em seus lábios um grande bico fazendo a sua chupeta quase cair de sua boca. Sorrio apaixonada com a cena, a minha vontade é de entrar lá e encher minha bebê de beijos. Ela está crescendo tão rápido. Solto um suspiro e me retiro sorrindo.

Enquanto preparo o café me pergunto como deve ser carregar uma vida dentro de si. E uma vontade de carregar um irmazinho para Alice me atinge.

- Posso saber que sorrisinho é esse? - a ruiva segura meu rosto entre as mãos, deixa um beijo em minha testa.

- Apenas estava pensando em algumas coisas - coloco a xícara enfrente a Addison que acabará de se sentar.

A italiana me observa, me pedindo para lhe contar. Morto o lábio inferior aflita, pois nunca falamos disso, ter mais filhos, aumentar a família. Então não sei qual será a sua reação.

- Estava imaginando como seria se eu carregasse um bebê nosso - digo enfim ganhando a atenção da ruiva.

- Não sabia que queria ser mãe. Digo carregar um filho, pois mãe você já é da Maria Alice. E nunca falamos disso.

Na verdade eu nunca tinha parado para pensar nisso por muito tempo. Nunca imaginei um bebê fofinho crescendo dentro de mim. Sentir seus chutes, as emoções da gestação.

- É que só agora parei para pensar nisso, sabe? - paro entre as pernas de minha noiva. Seus dedos fazem um carinho em minha cintura exposta.

- Você será uma grávida linda meu amor - sua mão alisa meu abdômen me fazendo sorri - Te darei todo o apoio.

- Obrigada - selo nossos lábios - Isso ainda é apenas um plano. Quero primeiro terminar a faculdade, acabar o contrato com a Alex.

Addison assente passando a ponta de seu nariz em meu pescoço, fazendo o meu corpo se arrepiar.

- E falaremos disso com calma também - diz a mesma e eu concordo. - Estou feliz por saber disso.

Me desgrudo de seu corpo quando escuto o choro de Alice ao fundo.

[...]

                                       Alguns dias depois.

- Hey, cadê meu beijo, meu abraço - Digo ao meu irmão

- Desculpa, Mers. - o garoto sorri me dando um demorado abraço e muitos beijos no rosto me fazendo sorri feito uma irmã mais velha bobona que sou.

Fazia-se alguns dias que Alex e eu não sentávamos e tínhamos um momento só nosso de irmãos. Com a correria do dia a dia, nossos momentos de irmão foram diminuindo, e por mais que nos falássemos todos os dias por mensagens, ligações não era a mesma coisa. Então aproveitei o dia de folga para ficar com ele.

- Quais são as novidades? - pergunta o mais novo depois que pegamos nossas água de coco que eu havia pedido minutos antes dele chegar a praia.

- Estou pensando em engravidar.

Os olhos castanhos do Grey mais novo brilham, e seu sorriso se alarga.

- Calma Alex, não é pra agora. Pretendo terminar a faculdade, até lá Alice terá quatro para cinco anos, e poderemos voltar a vida de bebê de fraldas de novo. - solto o ar ao dizer minha frase sem pausas.

- Me parece um bom plano. - seus lábios prendem o canudinho entre os dentes - Fico feliz que esteja seguindo por esse caminho. Você merece ser feliz Mers, e vejo que está feliz de verdade, sabe?

Assinto me sentando na areia em frente ao mar.

- Sim, eu estou feliz, Alex. - coloco minha franja para trás - Estou realizando os meus sonhos. Sou mãe de uma linda menina que eu amo acima de tudo. Vou me casar em poucas semanas com a mulher que eu amo. Estou estudando o que sempre quis. E tudo isso graças ao apoio do meu maninho, e de minha mãe.

- Você sempre terá o meu apoio - seus lábios encostam em minha bochecha - Mers, você é um grande exemplo para mim.

Sorri diante da frase de meu irmão, se
torna algo impossível de não se fazer.

- Obrigada. - encosto minha cabeça em seu ombro.

Ficamos alguns minutos ali, aproveitando aquele silêncio. Além de estarmos em uma área mais afastada, a praia estava quase vazia por ser um dia de semana.

Aquele silêncio dura pouco, já que o celular ao meu lado não para de tocar. Pego o aparelho na mão achando estranho ao ver de quem se tratava. Era tia Ruth, irmã de meu pai, ela quase nunca me ligava ou mandava mensagem. Eu não tinha muito contato com a família de meu pai.

- Alô - digo ao atender o celular.

- Oi, Meredith. Desculpa em te ligar assim. Você está podendo falar agora?

- Não, tudo bem tia. Aconteceu alguma? - Vejo Alex me observa com um olhar curioso.

- Seu pai querida. - sinto meu corpo gelar - Ele foi internado ontem, ele passará por uma cirurgia agora no meio da tarde.

- Mas por que? O que ele tem? - tento soar o mais calma possível.

- Sabe como o seu pai é teimoso, né? Ele não se cuidou. Exagerou nos doces, e agora terá que amputar uma das pernas.

E de repente um soluço escapa de meus lábios. Meu pai perderia um membro de seu corpo. Quão horrível isso é? Me dói saber disso, pois mesmo ele tendo me tirado de sua vida, ele ainda é meu pai e o amo.

Não consigo dizer mais nada, tudo fica mudo ao meu redor. Apenas vejo Alex pegar o celular de minhas mãos e conversar com minha tia, o que não dura muito pois logo o mais novo se despede encerrando a ligação.

- Hey, Mers - suas mãos passam em frente ao meu rosto. - Sinto muito. Ele vai ficar bem.

Um beijo é deixado em meu ombro.

- Eu quero vê-lo - digo ao meu irmão.

- Tem certeza? - balanço a cabeça para baixo e para cima - eu dirijo. - Sem protestar lhe entrego a chave de meu
carro. Alex tirou carta no final do ano passado, e sabia dirigir perfeitamente bem. Então eu estava em boas mãos.

Durante o caminho liguei para a minha noiva, mas só dava caixa postal. Acredito que esteja em uma reunião importante com a sua chefe. Apenas deixo recado, e quando o carro é estacionado em frente ao hospital do centro, respiro fundo. Depois de anos estaria frente à frente com o meu pai novamente.

===========================

Eita, eita, galerinha!😮
Tatcher vai ficar cotoquinho, gente. KKKKKKKKK desculpa.
Beijos até o próximo capítulo.
Anna❤

Maria Alice's nanny | Meddison - ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora