Capitulo 1

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| CONFIANÇA |

Tão frio, estou sozinha
Você poderia ser meu cobertor?

Tão frio, estou sozinhaVocê poderia ser meu cobertor?

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Any Gabrielly

Domingo

— Parada! — pulei aquele muro com dificuldade e voltei a correr.

Maldita hora que fui pega roubando essa droga de loja.

Já não estava sentindo mais o meu braço e esse sangue todo em minha roupa me deixava agoniada. Qual a necessidade de me dar um tiro? Polícias filhos da puta!

Atravessei aquela rua ouvindo os motoristas buzinarem irritados e as sirenes dos carros de polícia logo atrás. Eu não sabia quanto tempo iria aguentar correndo, mas queria a todo custo tentar até o meu último suspiro se fosse preciso.

Pulei mais um muro e caí agachada no chão. Minha respiração estava pesada e meu peito doía pedindo um descanso.

Me levantei com dificuldade, e com a mão estancando aquele furo de bala voltei a correr.

Adentrei aquele beco escuro e quase tropecei naquele tanto de lixo espalhado, as sirenes estavam longe, mas não queria arriscar parar para descansar.

Virei aquela quadra, mas acabei indo com tudo ao chão ao dar de cara com algo, ou melhor, alguém.

— Ai! — resmungo pela dor do impacto.

— Você está bem? — levanto meu olhar com dificuldade e vejo um cara moreno em minha frente. — Isso é sangue? — tentou me tocar, mas eu desviei.

— Não toque em mim. — digo autoritária e me levanto com a mão no braço. — Estou bem.

— Tem certeza? — encarou meu braço coberto de sangue. — Quem foi que fez isso?

— Não interessa. — digo seca e sinto meu coração voltar a disparar ao ouvir aquelas sirenes se aproximando.

A luz daquela viatura refletiu no beco e eu olhei para os dois lados desesperada.

— Está fugindo da polícia? — encarei ele que também olhava para os lados.

— Não. — digo dando passos para trás.

Comecei a correr novamente e assim que fui virar aquele lugar me vi de frente com uma viatura. O farol veio direto na minha cara e eu cobri meu rosto com apenas uma mão.

— Mãos pra cima! — ouvi aquele grito de ordem e engoli meu medo voltando a correr para o lado contrário.

Droga, droga, droga, mil vezes droga! Provavelmente já estaria cercada e não teria para onde correr.

Parei de uma vez quando uma moto entrou na minha frente. Meu olhar parou sobre o rapaz que estava em cima e era o mesmo de agora a pouco.

— Sobe aí. — me estendeu um capacete.

Gabrielly (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora