𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲|| Uma vida de traumas e medos fizeram ela ser quem é hoje.
Tendo 21 anos, Any teve que aprender na marra a se virar nas ruas e totalmente sozinha.
Com uma infância ruim e uma adolescência péssima, ela sabia que confiar em alguém estav...
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Any Gabrielly
Novamente zonza, tive dificuldade em abrir meus olhos ou levantar a cabeça.
Quando finalmente consegui fazer isso, me vi sentada em uma cadeira. Minhas mãos estavam amarradas logo atrás e eu fiz uma careta tentando me soltar.
— Não perca seu tempo. — desviei meu olhar no momento que escutei aquela voz.
Ryan estava bem ali, com dois caras ao lado e uma pistola na mão.
— Três anos Gabrielly. — se aproximou. — Três anos e quando te encontro você resolve me dar trabalho. — mantive meu olhar sério.
— Quem manda ter funcionários incompetentes? — riu alisando seu queixo com a pistola.
— Quer dizer então que esse tempo todo você estava com o Joshua? — parou a dois passos de mim. — Achou que por estar com ele eu não iria conseguir te pegar?
— Levando em conta que passei três anos fingindo de você, dei um pau nos seus caras que não tiveram a capacidade para me sequestrar, consegui fugir quando você teve aquela ideia brilhante de invadir o bairro dos Spiders e também consegui escapar de novo quando se infiltraram no bairro dos Red. — fiz um bico fingindo pensar. — É, não seria muito difícil fugir novamente. — sorri e escutei seu riso debochado.
— Sabe o que é melhor nisso tudo? — se agachou na minha frente e eu segui o seu olhar. — Que em três anos você mudou bastante. — sorriu de canto. — Tão mais bonita. — sua mão se aproximou do meu rosto, mas eu chutei ele para afastar.
— Se pensa que vai encostar suas mãos imundas em mim, está muito enganado. — me olhou irritado. — Pode ter matado meus pais, mas nem nos meus piores pesadelos irei ser sua. — sua mão agarrou meu rosto com força me deixando sem opção para reagir.
— É isso que pensa? — disse sério me olhando nos olhos. — Irei te fazer minha, nem que seja a força. — juntei minha saliva e cuspi em sua cara vendo seus olhos se fecharem com raiva.
Sua mão soltou meu rosto e ele se afastou limpando aquilo.
— Sabe qual o seu problema Gabrielly? — encarei ele com minha respiração pesada. — Achar que tenho limites. — vi ele se aproximar dos rapazes e pegar um chicote.
Não...
— Ryan não precisa disso. — seus passos se aproximaram e ele guardou sua pistola. — Por favor, não faça isso. — pedi em súplica.
— Isso vai ser para você aprender a não me desafiar. — neguei desesperadamente. — Amarre a boca dela, não estou afim de ouvir seus gritos de dor.
— Por favor. — vi o rapaz se aproximar com uma mordaça. — Estou grávida! — digo no desespero rezando para que isso funcione.
Não quero sentir a dor disso em contato com minha pele após tanto tempo, não quero ter que pensar que posso ser torturada novamente para me obrigar a fazer algo…
