Capitulo 9

5.8K 515 126
                                    

| CRISE |

Quando o meu coração não estiver puro
Você poderá matar a minha doença?

Quando o meu coração não estiver puroVocê poderá matar a minha doença?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Any Gabrielly

Com aquela música lenta tocando, eu sentia meu corpo leve. Não entendia como, mas pela primeira vez em anos me senti uma pessoa leve.

— E me diz. — encarei Josh que chamou minha atenção. — Vou poder colocar a mão na sua cintura ou vou levar outra tapa? — abaixei a cabeça.

Uma mão minha estava apoiada em seu ombro e a outra segurava a sua um pouco levantada, agora a outra dele… bom, estava apenas abaixada. Mas eu não tenho culpa de bater nele, é meu reflexo misturado com medo.

— Pode, Joshua. — digo encarando seus olhos e logo sinto sua mão ali. — Vem cá, é normal tudo isso? Digo, construir uma empresa para encobrir algo?

— Nesse mundo em que vivemos, qualquer deslize pode custar caro. — assenti. — Então, qualquer forma de comprovar nossa renda é válida. — assenti novamente. — E você? Nunca vai contar porque vive nas ruas?

— Porque não tenho casa? — digo simples vendo ele tombar a cabeça rapidamente para trás. — Joshua, de verdade? Não tem motivo nenhum para você querer saber disso.

— Se você não tem onde ficar depois de tudo isso, por que não fica com a gente? — arregalei os olhos.

— Ficou maluco? — pergunto olhando em seus olhos e ele parecia estar falando bem sério.

— Somos um grupo de rua, a maioria foi encontrada em apertos da vida. — neguei desviando o olhar.

Não posso fazer isso, gostei de todas as meninas da casa, mas isso é definitivamente impossível de acontecer.

— Escuta, você não precisa pegar em uma arma. — suspirei.

— Josh, não quero trazer problemas, ok? Estou bem assim. — sua outra mão soltou a minha parando também em minha cintura. Com cuidado, ele puxou meu corpo me deixando colada nele.

— Não, você não está bem. — disse olhando em meus olhos enquanto seguia a música. — Você luta para sobreviver. Quanto tempo acha que vai conseguir suportar isso?

— Já aguentei três anos…

— E ainda tem uma vida pela frente. — suspirei. — Ninguém gosta de morar nas ruas, Gabrielly.

— Mas não temos escolha.

— Estou te dando uma. — disse sério. — Você parece ser forte, mas olhando nos seus olhos sei que tem algo a mais aí. — abaixei o olhar encarando seu peito.

— Já disse que não quero te trazer problemas. — sussurrei. — E é isso que vai acontecer se eu ficar com vocês.

— Por quê? — fiquei calada. — Que tipo de problemas?

Gabrielly (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora