Comentem nesse caralho ou eu sumo por três meses.
19 de agosto de 2025
S/n S/s POV
A correria que estava minha vida não tinha explicação. Pra ser justo, deveria existir umas cinco réplicas minhas pra poder dividir o trabalho igualmente.
Depois que consegui inaugurar minha clínica de quiropraxia, minha agenda triplicou de trabalho. Mesmo com a ajuda da minha secretária as coisas ainda eram doidas. Mas eu estava feliz, tinha realizado meu sonho de ter minha própria clínica.
Eu continuava trabalhando no Albert Einstein três vezes na semana. Meu chefe tinha contratado mais fisioterapeutas e isso deixou a agenda dos fisios veteranos mais folgada. E assim seguia minha rotina.
Quando chegava em casa era o momento mais calmo do meu dia. Encontrar meu filho correndo pela casa com a mãe, os tios e os bichos era minha fuga da realidade. Mas eu nunca deixava meu trabalho tomar parte do tempo que era dele por direito.
Nesse momento eu estava terminando de me arrumar para ir para o hospital. Tinha cerca de 8 pacientes pra atender hoje e mais tarde precisava encontrar minhas amigas na casa de Elana.
Depois de vestir roupas de frio, peguei minhas coisas do trabalho e saí do quarto. Passei no quarto do Theo e não o encontrei, logo segui para o andar debaixo que também estava vazio.Assim, caminhei para o escritório da minha mulher. Bia tinha compromisso com a revista Forbes mais tarde, mas antes teria sessão de fotos de BRH pra fazer e provavelmente estava se arrumando pra isso.
Quando entrei na sala, vi aquele tanto de gente junta, tudo arrumando minha namorada. Bruna estava com Theo e os dois pareciam jogar algo no iPad do menor. Logo me aproximei deles, dando beijos nos dois que sorriam.
- Já vai?- Venturotti pergunta parando ao meu lado com sua caneca de café.
- Sim, agenda cheia.- Respondo, colocando minhas coisas na sua mesa.
- Já tomou café?- Pergunta e eu nego.- Pois se serve aí, tem comida pra um batalhão.
- Vocês são o batalhão.- Falo risonha.
Me servi com o banquete que tinha ali e comecei a conversar com a equipe da carioca. Em pouco tempo ela se aproximou de mim já arrumada.
- Uau, não sei como cê consegue se superar.- Falo assim que analiso seu look.- Gata pra cacete.
Bia sorriu agradecida, me abraçando manhosa. Retribuí o carinho, beijando sua cabeça e aspirando o cheiro gostoso do seu perfume misturado com o aroma dos produtos que ela usava diariamente. A carioca ergueu o rosto em seguida, aplicando um selinho terno nos meus lábios.
- Já tá indo trabalhar?- Pergunta e eu assinto.- Vai pra casa da Elana mesmo?
- Sim. Algum problema?- Questiono acariciando seu rosto.
- Nenhum, amor. Só pra eu não ficar preocupada.- Explica dando de ombros.
Ficamos ali abraçadas, conversando com nossos amigos e rindo das piadas internas. Não pude demorar mais, então logo enchi meus dois amores de beijos, saindo da sala em seguida.
Em alguns minutos eu já dirigia pelas avenidas agitadas de Sampa, ouvindo a minha playlist e cantarolando. Estava a poucos quilômetros do hospital quando uma movimentação chamou a minha atenção. Diminui a velocidade assim que noto pessoas feridas na lateral da via de trânsito, além de dois carros visivelmente danificados por chocar um contra o outro.
Estacionei o carro lá perto, travei o mesmo e caminhei rapidamente até as quatro vítimas do acidente. E pelos ferimentos externos que já pude visualizar, realmente foi um acidente grave.
Um dos carro era uma Porsche que estava muito danificada e o outro carro era um modelo popular, mas com o estrago grande também.
- Com licença, sou a doutora S/s, fisioterapeuta.- Pronuncio agachando ao lado da mulher que estava bem ferida e inconsciente.- Já fizeram os primeiros socorros?
- Não. Acabamos de tirar eles de dentro dos carros.- Um rapaz responde.
- Chamaram a ambulância?- Indago, enquanto checava o pulso da mulher. Estava fraco, correndo altos riscos de parada cardíaca.
- Sim.
Dei instruções para algumas pessoas dali e pedi para que eles fizessem os primeiros socorros apenas nos que estava consciente e sem tocar neles. O risco de ter tirado as vítimas do carro sem o auxílio de um profissional era alto. Principalmente se tiver algum ferimento vertebral.
Naquele caso em específico, onde não havia aparentemente risco de incêndios nos carros ou explosões, o certo seria deixá-los no veículo até que a ambulância chegasse. Remover vítimas nesse estado sem auxílio profissional era perigoso e imprudente. Por isso, eu teria que fazer uma checagem mais específica nas vítimas, para identificar possíveis danos.
- Por favor, não se mexa.- Peço agora a um homem de uns 40 anos.- Alguém faz um tipo de sombra aqui nele pra ele não passar mal. A pressão tá oscilando muito.
Uma jovem rapidamente se aproximou com um guarda-chuva, ficando ao lado do homem machucado e eu agradeci sua atitude. Assim, fui verificando cada um deles, vendo que havia dois com riscos maiores. Uma estava inconsciente ainda, com ferimento grave na cabeça e o outro estava com paralisia nas pernas e precisava urgentemente de atendimento ortopédico. Os outros tinham apenas escoriações e fraturas leves.
A ambulância chegou logo em seguida e eu passei todos os dados e procedimentos que fiz, dando algumas instruções. Logo os paramédicos estavam colocado as vítimas nas macas com todo cuidado e profissionalismo.
Vi a ambulância do Albert Einstein se aproximando e logo vejo os paramédicos já conhecidos por mim.
- Qual deles vai pra lá?- Pergunto ao paramédico.
- Ele.- Diz apontando para o homem com paralisia.- E a mulher com ferimento na cabeça.
- Levem eles rápido, tem chances altas dele ter uma paralisia irreversível e ela um dano cerebral.- Falo e logo eles foram até o homem que chorava de dor.
Fui até a ambulância, passando álcool em gel nas mãos e limpando o sangue que estava em mim. Depois de ter certeza que as vítimas seriam levadas para os hospitais, voltei para o meu carro e dirigi rapidamente para o trabalho. Já fui logo procurando por Hanna, precisava da ajuda dela no caso do homem.
- Não consegui saber exatamente onde foi o dano, mas pela minha análise, chuto T5 e T6.- Eu explico enquanto andávamos em busca do chefe da ortopedia.- Ele não conseguia mexer nada abaixo do peito e a coluna estava muito sensível ao toque.
- Mais um pouco pra cima e a situação ficaria mais grave.- Ela comenta e eu assinto.
Assim que achamos o chefe da ortopedia, nós três fomos chamados para a emergência. Era o homem e a mulher do acidente. Já na emergência, encontramos mais pessoas feridas e não era do acidente que eu estava auxiliando minutos atrás.
- O que aconteceu?- Pergunto a uma enfermeira, enquanto eu vestia meu jaleco.
- Explosão parcial de uma fábrica, vários feridos e muitos casos graves.- A mulher explica me fazendo arregalar os olhos.- Muitos ficaram presos nos escombros e estão sendo resgatados ainda.
- O dia mal começou e já estamos assim.- Hanna comenta suspirando.
- Já dizia Dereck Sheperd: é um lindo dia pra salvar vidas.- Recito e ela sorri assentindo.
O chefe da ortopedia foi logo no meu paciente que agora estava desacordado, Hanna foi para uma das vítimas da explosão e eu fiz o mesmo. Meu horário com meus pacientes agendados começaria em uma hora, então eu poderia ajudar a galera na emergência.
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As horas foram passando, fiz todas as sessões de fisio que estavam marcadas para hoje e depois ainda fui me informar sobre o caso do homem do acidente de carro. Ele fez o raio x e foi confirmada minha hipótese: lesão na T5, T6 e T7. Era um caso muito preocupante e por isso ele logo foi levado para a cirurgia, tendo Hanna como cirurgiã principal. Eu participei do processo, observando os danos na coluna e como deveria ser o pós operatório dele.
Com base na minha experiência médica, ele precisaria de um bom tempo pra recuperar os movimentos dos membros inferiores. E se fosse da vontade dele e da família, eu ajudaria com toda certeza.
O hospital estava uma loucura, recebendo dezenas de pessoas da explosão na fábrica a cada hora, um monte de cirurgia sendo feita, pessoas feridas. Loucura total, meu amigo.
Depois que ajudei como pude e assim que a movimentação de feridos diminuiu, eu pude finalizar meu trabalho por hoje. Rapidamente segui para o apartamento de Elana que era perto do hospital, o que eu agradeci muito.
Já no prédio dela, subi para o seu andar e no corredor encontrei o namorado dela. Ele vestia sua farda dos Bombeiros e sorriu animado ao me ver, logo me apertando em um abraço naqueles braços monstros de crossfiteiro.
- E aí, cunhada.- Jacob fala com seu sotaque forte britânico, me fazendo rir.
- Oi, franguinho.- Provoco e ele me encara indignado.- Já tá indo?
- Sim, o corpo de bombeiros não sobrevive sem mim.- Responde convencido, fazendo pose.
Eu gargalhei disso. Ele era um cara incrível e super de boa com a vida. Quando juntava nós dois nos rolês só dava zoação e vergonha.
- Vai lá salvar vidas.- Digo, dando batidinhas no seu ombro.
- Manda beijo pra Bia e pro Theo, qualquer dia vou lá brincar com ele.- Diz e eu assinto.
Nos despedimos e ele foi para o elevador, enquanto eu batia na porta do apê da minha amiga. Assim que a porta foi aberta, Lígya pulou no meu colo me abraçando. Entrei com ela ali, fechei a porta e caminhei na direção das vozes das outras duas.
- Tô com fome.- É a primeira coisa que falo, ouvindo as risadas delas.
- Jacob trouxe jantar.- Elana diz e notei as sacolas de papel na bancada.
- Se não for pra namorar assim eu nem quero.- Lígya diz descendo do meu colo.
- Que bom que todo mundo aqui conseguiu engatar em namoros saudáveis.- Andressa pronuncia risonha.
Eu fui lavar minhas mãos na pia e logo nós quatro estávamos ao redor da bancada, comendo a comida que o britânico tinha trago.
- E então, como tá o andamento do pedido?- Elana pergunta me encarando.
- Tudo certo por enquanto.- Respondo, bebendo um pouco do suco.- Fechei o contrato com o corretor uns dias atrás, fui lá ver o local, é tudo muito lindo e do jeito que eu exigi. Não vamos precisar nos preocupar com nada muito estrutural, apenas mobília mesmo.
- E a aliança? Quero ver.- Lígya pede eufórica.
- Ainda não comprei.- Respondo suspirando.- Não consegui escolher, são ótimas opções.
- Cara, cê precisa ver logo isso. Daqui uns meses cês completam 4 anos de namoro.- Andressa alerta.
- Eu sei, vai dar certo.- Respondo comprimindo os lábios.
Continuamos conversando por longos minutos e comendo bastante.
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Dias depois...
Eu, Bia e Theo estávamos indo para uma clínica próximo ao hospital. Hoje era dia do Taz consultar com a pediatra, então estava indo com os dois, depois iria trabalhar.
Nosso filho estava o caminho todo assistindo desenho no iPad , ora ou outra comentando algo que via na rua. Ele estava seguramente preso na cadeirinha, comendo uva. Boa estava ao meu lado fazendo stories, enquanto acariciava minha nuca.
Chegando à clínica, saímos do carro e caminhamos para a entrada. Theo estava nos meus braços, pondo uva na minha boca e dando risada disso. Bia foi falar com a mulher da recepção e eu sentei em uma cadeira com Theo no colo. Ele ainda comia suas uvas, ora ou outra colocando algumas na minha boca. Bia se aproximou e nós seguimos para a sala da pediatra do pequeno.
- Bom dia.- A mulher diz sorrindo gentil quando entramos na sua sala.- Temos aqui o pequeno Taz.
Theo sorriu envergonhado, escondendo o rosto no meu pescoço. Ele ficava super tímido perto dela e isso nos tirava risos divertidos. Me sentei na cadeira com ele nas minhas pernas e Bia ao meu lado.
- Vejo que continuam estimulando a alimentação saudável dele.- Helena comenta em seguida.
- Ih, a Bia pega no pé.- Eu falo e a carioca me fuzila com o olhar.
- É irônico isso já que a médica desse relacionamento é você. Deveria dar exemplo.- Ela retruca sarcástica. Helena deu risada da nossa cena.
A consulta do Theo iniciou, recebemos mais algumas recomendações da pediatra e tirando algumas dúvidas. O pequeno até mesmo interagia, perguntando coisas sobre comer pizza e lasanha. Era meu filho mesmo.
Alguns minutos depois nós nos despedimos da Helena e saímos da sua sala.
- Olha, eu tenho apenas dois pacientes agora no hospital. Se você quiser esperar, voltamos para casa juntos.- Eu comento com a Bia.
- Pode ser. Eu e Theo esperamos você finalizar.- Ela diz simples.
Assim, entramos no carro e seguimos para o hospital que não era longe.
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De Férias Com Ex (Bianca/You Intersexual)
FanficBianca Andrade, 25 anos, empresária, digital influencer, maquiadora e Youtuber. Com o sucesso de sua estratégia de marketing no BBB, Bianca eleva o nome da sua marca ao top 3 de makes mais vendidas do país, tornando-se consequentemente uma das maior...