Comi um pedaço de pão enquanto dançava pela cozinha, no som eu havia colocado músicas turcas e me pegava lembrando de cada momento da minha infância antes de tudo desandar. Alguns fios estavam escapando do coque que me deixava desajeitado. Ouvi a campainha tocar e quando abri a porta dei de cara com quatro mulheres. Ana, Paige, Allie e Jade estavam ali paradas me observando da cabeça aos pés, o que elas estão fazendo aqui?— Não vai nos deixar entrar? — Paige perguntou escorada na porta de braços cruzados. Senti um rubor se espalhando pelo meu rosto.
— Ah claro, entrem — Abri mais a porta dando espaço para elas entrarem, desliguei o som e pedi para que elas se sentassem. Ana estava trazendo consigo uma mala e Jade também.
— O que está acontecendo? — Perguntei quando as duas abriram a mala e dei de caras com saltos altos e roupas de luxo.
— Para que tudo isso? — Perguntou baixinho quando Ana levantou um salto alto que meu Allah era alto demais.
— Vinhemos te preparar para a noite — Eu tinha quase certeza que ainda eram nove horas da manhã, e a tal festa do Noah era de noite.
— Não entendo — Falei me sentando em meu sofá.
— Ada, você será a mulher que está se envolvendo com o capo, tem que se preparar — Eu planejava só aparecer, não achei que teria que ter uma preparação.
— Tenha uma máscara Ada — Paige me informa, observo como ela está sentada e de pernas cruzadas, e com um pirulito na boca.
— Que máscara?
— Seja uma pessoa no mundo e seja outra na máfia — Arregalo meus olhos com a fala da Ana, jade assenti concordando.
— Eu não consigo — Balancei minhas mão, eu não posso fazer isso. Eu não sou assim. E me lembro do dia no racha. Eu tinha gostado daquilo. Ana riu jogando sua cabeça para trás.
— Qualquer pessoa consegue fazer isso Ada, todo mundo tem seu lado sombrio.
— Eu estou aqui falando mal de todos os seus amigos, jogando na sua cara falando o quanto você é imprestável. O que você faria? — Paige me pergunta e tento pensar na resposta.
— Eu defenderia meus amigos, óbvio.
— Defenda — Paige ordena e fico sem reação. Eu não sei o que fazer e nem como falar, Ana revira os olhos e me surpreendo quando ela me empressa na parede apertando minha garganta.
— Você é ridícula Ada, tão insuportável que penso em muitas formas de te matar mas sei que em todas elas vou ficar entediada, porque será tão fácil — Ela diz diminuindo o tom de voz, eu sei que ela está esperando uma resposta afiada, não que eu me defenda lutando, mas com palavras.
— Não chore princesa, vai ser mais ridículo — O seu tom de voz me faz lembrar de quando estudei sobre os Rivera, e só então hoje eu percebi que era tudo verdade. Que Ana Rivera é cruel. Eu podia ser assim também.
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Um acaso do destino
Romance3° LIVRO DA SÉRIE UM GRUPO EM NOVA YORK Laura Ada acreditava no amor e era feliz ao lado de seu namorado Renan, só que um dia ela descobre uma traição vinda dele. Ela tinha saido da Turquia na esperança de ser feliz, de se livrar de tudo de ruim. Ma...