Capítulo 06

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Eu destetava viagens longas, e passar horas em um avião não era meu passatempo preferido

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Eu destetava viagens longas, e passar horas em um avião não era meu passatempo preferido. Ouvir Laura me chamando de desgraçado em turco me fez recuar. Ela achou que eu não tinha entendido, mas eu a entedi. Por conta de ser secretaria deve ter aprendido a língua por aí. Só o que vejo é séries t
urcas virando famosas hoje em dia. Foi divertido ver a cara dela. Um sapo não tinha sido a minha melhor ideia em anos, mas eu gostei. Me fez rir demais.

Encontrei Carlos parado com uma placa escrito meu nome nela, abaixei minha cabeça rindo. Por que meus amigos são tão idiotas?

— Gostou? Quis inovar— Ele sorriu animado. Grande inovação Carlos, grande inovação.

— Já pensou em deixar de ser idiota?

— Já pensou em deixar de ser babaca? — Fingi bater nele com a pasta e ele desviou. Acabei rindo. Entreguei a ele minha pasta e tirei meu paletó, algumas mulheres passaram e não deixaram de me notar e exibir alguns sorrisos. Subi as mangas da minha camisa e minha tatuagem da Famíglia ficou visível. E isso pareceu atrair cada vez mais as mulheres. Carlos assobiou.

— Dêem um prêmio para esse homem que atrai mulheres com apenas alguns movimentos! — Bateu palmas. Revirei meus olhos, porque eu sou amigo de gente como ele, eu ainda não entedia.

— Minha filha?

— Em casa, Kiara disse que ia para lá, o que me estranha um pouco Kiara e crianças não é uma combinação muito boa. Lembra daquela dia que ela discutiu com uma criança só por conta de um cantor? — Carlos riu com a lembrança. Eu não podia negar, aquele dia tinha sido louco. Kiara não só discutiu com uma criança de oitos anos como ganhou com todo seu argumento, ela só não se candidata a Presidente porque se não ela iria matar o primeiro que a estressar.

— Luca?

— Foi cobrar alguns homens. Parece que ainda falta muitos pagamentos — Era só o que me faltava. Mas não me preocupo muito porque Luca era um ótimo executor. E depois de uma palavrinha com o Luca, ninguém quer mais dever a camorra por muito tempo.

— Paige disse que viria para cá mês que vem. O negócio vai ficar feio — Isso me chamou a atenção quando paramos perto do carro. Um Audi preto.

— Por quê?

— Alessandro conseguiu mais duas novas prostitutas — Alessandro cuidava dessa parte dos negócios, eu odiava o jeito como ele fazia, por isso não me metia. Porque se eu me metesse, alguém iria morrer. Ele iludia as mulheres com palavras de amor e carinho, uma noite de sexo, um telefonema para encontrá-lo em uma boate. Ou então, ele ia atrás de mulheres que estavam devendo ou precisava alguma ajuda financeira. Muitas das prostitutas que havia agora na Camorra, eram somente para pagar alguma divida. Paige liberava aquelas que pagavam totalmente suas dívidas, e ainda pagava uma quantia para que elas começassem uma nova vida.

O difícil era aquelas que entraram nessa mundo da prostituição por conta do vício das drogas, Paige e Beatrice já tentaram ajudar, mas é mesmo que nada. Muitas delas não aceitavam a ajuda ou não conseguiam seguir com o tratamento. Uma delas era a mãe do Luca.

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