luta interna

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Emma Queen

- Sim, mãe. Eu te prometo.

Minha mãe deixou meus aposentos basicamente duas horas depois de eu lhe prometer, fazer de qualquer coisa, com a condição de que não machucasse Emilly. Foi inútil. De qualquer modo, eu iria machuca-la, mas não da maneira que Elizabeth queria fazer. Fiz de tudo para que o estrago fosse mínimo possível, a convencendo em certas ocasiões, mas por fim, o resultado ainda era desastroso.

Assim que ela deixou o quarto, me afundei na cama. Não chorei. Apenas segurei as lágrimas e pensei bastante, se havia qualquer chance de escapar da situação, mas não havia. Eu teria que fazer exatamente tudo que ela tinha me pedido. E passei a noite assim, revendo e revendo em minha mente, até que o sol surgisse em minha janela, proporcionando à meus olhos um desconforto familiar da manhã, após muitas horas de penumbra.

Não demora muito para que o plano, esteja sendo colocado em prática. Depois que tomo meu café, já entram para me anunciar, de que as carruagens reais da França estavam sob a porta. Isso só poderia significar que ela sabia que eu iria aceitar seu plano, então já havia enviado uma carta para meu irmão.

meu irmão.

Corro direto para a entrada do castelo, talvez não feliz, mas animada, excitada, motivada a correr o mais rápido possível, para finalmente abraça-lo.

Quando chego em frente, onde as carruagens vão chegando e chegando sem parar, avisto meu irmão caminhando em minha direção, de mãos dadas com sua noiva. Sorrio verdadeiramente, acenando como uma descontrolada. E sinto um alívio tomar conta do meu peito, quando apesar de estar com sua mulher ao seu lado, ele levanta um dos braços, o balança e sorri para mim. Não um sorriso forçado, um sorriso verdadeiro. Eu sei disso.

Ando mais rápido em sua direção, e o abraço quando colidimos, rindo e fazendo perguntas desconexas ao mesmo tempo, das quais nos esqueceriamos em segundos. Ao finalmente nos entendermos naquela confusão de cumprimemtos, ainda no abraço, ele sussura:

- Como está minha pequena irmã?

Rio, mas soco seu ombro também, ao sair do abraço.

- Eu nasci 2 minutos antes.

- Emma, essa é Princesa Liana do reino de Sterglis, minha noiva.

Reverencio a Princesa, que sorri para mim, e abaixa a cabeça.

- Vossa Alteza, é um prazer conhecê-la, ouvi muito a seu respeito.

- Espero que coisas boas. - Não sei se foi minha entonação, ou meu modo de falar meio sério, mas acho que ela não entendeu a brincadeira, e riu meio sem graça, olhando para os lados.

Há um silêncio desconfortável, antes que ela entenda a situação e ria de novo, agora totalmente sem graça.

- Bem, acho que vou entrando. - Se vira para meu irmão, e sorri minimamente com vergonha, e se curva apenas para pedir licença, para ambos nós dois. - Príncipe Juan, Princesa Emma.

E então se retira.

- Ah meu deus, irmã, você está horrível.

- Obrigada. Você está um completo desastre.

Não posso evitar sorrir. Apesar das circunstâncias, uma briga tão familiar com meu irmão nunca cansa.

- Vamos, fiquei sabendo, a maldita Princesa da Inglaterra roubou seu lugar.

Paro se sorrir imediatamente. Eu queria tanto contar para ele. Olho para baixo, meio envergonhada com a situação. Suspiro e finjo desconforto, como se raiva, preciso demostrar raiva. Fecho minhas mãos em punhos e balanço a cabeça.

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora