banho de morte

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Emily com participação de Emma

Emy: asterisco
Emmie: letra formal

Eu não preciso ser detalhada sobre os próximos minutos. O que vocês precisam saber:

Nos perdemos na floresta, Emily quase morreu, a bruxa não era uma bruxa, apenas uma trapaceira, foi contrada por alguém do castelo, que golpeou ela, a bruxa - que não era uma bruxa - disse não poder fornecer informações, mas nos alertou sobre em quem confiavamos, saímos de lá todas ferradas, e nos perdemos de novo na floresta, e o caminho, todo de volta, bom o caminho todo de volta foi isso:

- É obviamente a Condessa, Emily! - A alerto enquanto a sigo pela floresta escura, a princesa bate em qualquer planta que aparece pela frente, provavelmente raivosa com minha insistência. - Vamos, pense. Cabelo loiro, muito boazinha para ser real, essa briga com o Conde? Fachada. E outra "cuidado com quem vocês confiam" , Clara disse isso.

- Ah então você agora é aliada de Clara. - Debocha Emily, bufando a cada passo que dá, nunca a vi tão mau humorada.

- Eu não disse isso.

- Não precisa dizer. Você estava basicamente babando em cima dela. Outra coisa, ela tentou me matar, literalmente minutos atrás. Por que devemos confiar no que ela fala sobre minha madrinha? Do nada ela é confiável?

- É nossa única fonte!

- É uma fraude! Ela nem é uma bruxa. É uma fraude.

- Por isso que trabalha com Lia.

- Ela não trabalha com Lia! - Emily se vira pra mim, jogando os trapos do seu vestido no chão, resmunga com ódio e segura na borda dele, rasgando o resto que sobrava, os restos vão para a terra, e sua veste bate no joelho, o que me faz engolir em seco, desviando o olhar das pernas dela.

- Ok. Entendo que sua cabeça esteja cheia nesse momento. Mas não podemos ignorar isso pra sempre. Ela estava no pa-

- Não era Lia. - Afirma com tanta veemência, que me faz finalmemte olhar pro seu rosto, seu cabelo todo pra cima, com alguns gravetos e folhas, ela pega um graveto e joga longe. - Não era Lia, Emma. - Dessa vez afirma com certa tristeza na voz, e eu tenho a certeza, de que não mente.

Mas não pergunto nada, pois sinto que ela vai continuar, mas Emily apenas se vira e volta a andar.

- Não quero mais falar sobre isso até estar totalmente limpa e com um vestido novo em folha.

E é apenas isso que ela fala, o resto do caminho é silêncio. As vezes eu ajudo ela a subir em algo, e ela me ajuda a sair de um buraco uma vez, mas nada além disso; trocares dee olhares, toques e arrepios. Mas palavras, nenhuma.

Quando finalmente chegamos no castelo, entramos pela porta dos fundos, para não sermos vistas por ninguém, tenho certeza de que o Conde e a Condessa estão preocupados, e mandarão alguém para nos procurar, mas nesse momento, com nada me importo. Pois estou destruída, com cortes de espinhos por toda parte, e uma dor de cabeça de outro mundo.

Apenas entro de fininho, passando pelos locais onde ninguém nos veria, e levo Emma até o quarto dela, e vou para o meu, descansar um pouco. Poderia chamar minha dama, Gi. Mas não a irei incomodar, sei preparar um banho, e assim faço.

Ponho alguns aromas e flores, tiro minhas roupas, e mergulho na água fria, sentindo todos os ferimentos gelarem sob a congelante água. Suspiro pesadamente, e fecho meus olhos. Rezando a Deus que aquela sensação passe, que a água me acalme, e eu possa ter um pouco de descanso.

Eu até ficaria no meu quarto. Não que eu seja teimosa, persistente ou irritante. Mesmo eu sendo. É que eu sou racional. E não poderia deixar Emily sozinha agora. Eu fui imprudente. Eu que levei ela pro meio do nada, e depois ainda acusei sua madrinha de tentar assasina-la. Confesso que o erro foi meu.

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora