tornar da minha Princesa a minha Rainha

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Emily Elliot

Quando ela me disse que conhecia alguém, pensei que me levaria para a cidade, pensei que me apresentaria uma feiticeira, um ladrão, um corrupto. Eu não sei, qualquer coisa.

Só não imaginei que me apresentaria seu irmão.

E de repente eu estou muito nervosa e pensando demais em como fazer para que ele me aprovasse.

Ando para quarto com a Princesa, como uma desesperada, mexendo minhas mãos como se estivesse as secando, memorizando minhas palavras.

- Oi, eu sou Emily. E você?

Burra, todo mundo sabe que o nome dele é Juan.

- Emily, calma. É só o idiota do meu irmão, não o Papa.

Olho para ela de soslaio, a qual apenas sorri e da de ombros, me puxando para dentro de seus aposentos, pelas portas dos fundos.

Entro no cômodo, e aproveito da área maior para ficar andando de um lado para o outro, como uma louca.

- Emy, meu amor.

Continuo concordando com a cabeça, frenética com os pés, me movendo por todos os lugares.

- Emily...

Ainda ignoro sua voz, tentando respirar fundo, falando comigo mesma. Quando nem percebo, Emma já está na minha frente, segurando meu rosto.

- Você pode por favor se acalmar? Ele vai gostar de você, ok?

- Ele odeia a Inglaterra.

- Quem não? - Ela descarta meu argumento com uma bufada, e uma risada simpática, que só me faz estreitar os olhos. O que ela quis dizer com isso? Me senta na beirada da cama, e beija com tanta ternura minha testa que acabo esquecendo por um segundo que estou nervosa.

- Respira. Vou chamar meu irmão e logo podemos-

- Me chamou?

Acho que fica tão pálida quanto Emma, se depender até mais. Muito mais. Juan está de repente na porta, a fechando com cautela, olhando preocupado para a irmã.

- Como você -

Tenta dizer minha garota, se virando para o homem parado em frente a porta. Os dois andam um pouco, ficando frente a frente, e fazendo com que eu possa ter a visão lateral de ambos, enquanto permaneço sentada em minha cama.

Juan parece convencer ela de algo, ela parece perguntar à ele algo com o olhar, mas ele discarta a ideia com um aceno de mão, ela parece repreender ele, e ele parece xinga-la mentalmente, ela retribui o sinal, e o resto dos sinais que se prosseguem, são icognitas para mim. Apenas pisco, mudando a direção de meu olhar de um para o outro, tentando encontrar um foco.

- O que está acontecendo? - Pergunto quando tenho coragem, interrompendo a dinâmica entre os dois.

- Coisa de gêmeo.

Anunciam ambos, olhando para mim ao mesmo tempo, ambos com uma expressão de quem comeu algo que não lhe agradou.

E então Juan é o primeiro a voltar a realidade, indo em direção a cama.

- Então, qual é o problema?

Se joga no colchão, se sentindo totalmente confortável na cama da Princesa, a qual reage com fúria, atacando-o com uma almofada.

- Tira seus podres pés de minha concha!

- Jesus...

Nunca vi Emma brava dessa maneira. Bom, já vi ela brava diversas vezes, porém brava de estressada, brava levemente, como se não estivesse realmente brava, apenas irritada. É adorável. Ela é adorável.

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora