perspectivas

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Emily Elliot

Eu saí do baile logo após minha primeira dança. Não vou dizer bem primeira, mas eu apenas dancei com o Príncipe da Holanda, após isso, senti um tremendo desconforto na região do abdômen, deve ter sido algo que eu comi. Mesmo sem eu ter comido nada desde do almoço. Talvez seja isso. Fome, mal estar.

Só sei dizer que me retirei, e com muito prazer, passaram-se nem uma hora desde que pûs meus pés naquele salão, e já podia sentir olhares estranhos, e comentários desagradáveis, e a situação toda com Emma me deixou apreensiva.

Em falar em Emma, não me esqueci de ir atrás de respostas. Terminei a dança, conversei com alguns Franceses, e depois disso, fui para meus aposentos, dizendo algo sobre dor de cabeça. Mas devo dizer, não obtive resultados, então não se empolguem. Os franceses só sabem falar sobre moda, etiqueta e realeza, mas não os assuntos sobre a realeza a qual eu estava interessada, e sim sobre Roma, Holanda, Dinamarca e dentre outros os quais no momemto, eu não queria saber nem um pouco.

Então, além de ir para meus aposentos passando mal, fui para meus aposentos de mãos vazias.

Ao chegar lá, me deitei, e afrouxei um pouco minha roupa, soltando um gemido de alívio. Praguejei, até porque estou sozinha, então não faz muita diferença, e me rolei na cama, gritando no travesseiro, antes de ouvir uma batida na porta. 

Por um mínimo segundo, chego a pensar que possa ser Emma, porque saí do baile sem nem lhe dar uma ideia, talvez estivesse preocupada, mas ela não bate assim, ela bate de outro jeito, e uma parte de mim, se sente decepcionada.

- Hm, sim?

- Vossa Alteza? - Pergunta um dos guardas, suspiro e me sento na cama, fazendo uma careta ao gritar:

- Sim?

- O Príncipe da Holanda deseja ve-la.

Theo? Agora? No meu quarto? Meu deus, ele não poderia ser menos inapropriado, ou pelo menos ter um mínimo de senso? E se as pessoas nos verem aqui?

- Agora?

- Sim, Vossa Alteza.

Tento não praguejar, reclamar e gritar de raiva enquanto me levanto e arrumi meu vestido em meu corpo novamente.

- Ah... Pode mander ele entrar!

Quando falo isso, amarro o último botão atrás do meu corpo, e me levanto rápido, quando ele entra no cômodo, sorrindo com aquele sorrisinho simpático.

- Ei, Emily... Vim checar se está tudo bem, você saiu mais cedo do baile.

Concordo com a cabeça, sorrindo muito muito pouco, tentando não demostrar nenhuma intimidade sem ser mal educada.

- Sim, estava passando extremamente mal. Mas não se preocupe, já estou melhor agora que me deitei.

Aceno com a cabeça, indicando que ele poderia sair agora, mas não parece perceber, e não o culpo, depois do "extremamente mal" ninguém em sã consciência deixaria isso passar.

- Uau, você quer que eu a ajude? Posso preparar um pano úmido. - Quando vou recusar, ele já tinha até fechado a porta e estava caminhando para o banheiro. Meu banheiro. Pelo amor! Ninguém ensinou bons modos para esse garoto? Ele acha que pode invadir meu espaço privado dessa maneira e sair na hora que quiser? Mas nem tenho tempo de contestar, e nem coragem, pois caridosamente ele chega, com uma expressão facial preocupada, o que me segura a não chutar ele para fora do meu quarto imediatamente.

- Não, Theo, eu estou bem, não precisa dis-

Então ele está me deitando na cama, falando algo sobre repouso e sobre sua infância.

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora