Emily Elliot
Coração palpitando. Meu face ardendo. Meu pele rasgando em arrepios. Minhas pernas se derretando, perdendo a estabilidade.
No momento em que Emma sussurrou aquelas três palavras em meu ouvido, me senti caindo, um modo incrível. Caindo infinitamente. O vento batendo em meu rosto e a adrenalina correndo meu corpo.
A única coisa que consegui fazer, foi sorrir, sorrir e me deleitar à situação. Sorrir e deixar-me apoiar em seus braços, tentando procurar por ar em algum lugar do mundo.
Ela nem me da uma brecha para me recuperar, se afasta de mim, e segura em ambos os lados de meu rosto, é quando eu consigo ver as lágrimas em seu rosto, rolando despreocupadas, como se pudessem estar lá, como se quisessem estar lá. As minhas, tão invasivas, acabam por fim descendo de meus olhos, sem que eu consiga segura-las, mas não são de tristeza. E sim de felicidade, surpresa, emoção, adrenalina e sensações as quais não posso explicar.
- Eu te amo, Emily Elliot, por favor, diga que me ama também e eu serei devota à ti e somente a ti pelo resto de minha vida. Mas por favor, só não se case com aquele homem. Não faça isso.
Eu queria beijar seus lábios, me agarrar a seu corpo, queria me perder em seus beijos e dize-la com toda certeza de que faria o que quer que ela quisesse. Mas não consigo, estou completando hipnotizada por suas palavras, perdi noção de tudo, tudo que sinto é suas palavras me acariciando, entrando no cerne de meu coração e se instalando como um aroma bem vindo de flores silvestres.
Me sinto paralisada, olhando para sua boca, sentindo sua respiração ofegante contra mim, ela está desesperada, desesperada que eu corresponda seu ato, e eu estou desesperada, desesperada para toca-la mais uma vez. Ambas nossas respirações se aceleram e o silêncio se prolonga, Emma parece não suporta-lo mais.
- Emy, por favor, diga algo.
Mas não digo. A encaro, a aprecio, aprecio seu gesto, tento me concentrar, mas meu corpo todo pede, pede por ela, pede por mais. Agora. Neste momento.
- Emily? Por fav-
Não consegue nem sequer completar sua frase, pois no momento em que ouço sua voz, perco total senso de espaço, e me agarro em seu pescoço, a puxando para mim com determinação, quero consumi-la aqui mesmo, quero demonstrar o quanto eu correspondo-a, não quero só falar, quero faze-la sentir.
Minha mão está envolta em sua garganta, e nossas bocas coladas, minha língua buscando pelos movimentos da dela, que em menos de segundos são encontrados, o gosto dela me energiza, tudo que ela faz me energiza, quando suas mãos pousam acima de meus seios, aquilo me energiza, me trazendo estabilidade para me erguer, e começar a empurra-la em direção a cama, sem em um momento acabar com aquele beijo sedento.
Eu estava totalmente sedenta por ela. Obcecada. Obcecada por seu cheiro, sua língua, sua boca, seus lábios, sua maciez, sua levedura, e era tudo meu. Agora e para sempre. Pelo resto de nossas vidas.
Me pego tirando toda sua roupa de um modo que não sabia ser capaz e a jogando na cama, e subindo em cima de sua barriga com tanta rapidez que a deixa tonta, mas tudo já está tonto, está tudo tonto porque ela me deixa nocauteada, tudo nela me deixa nocauteada, e o beijo, o beijo. Quando finalmente saimos daquele beijo, para que eu pudesse ergue-la sob o colchão, estamos ambas ofegantes e implorando por mais do que mal terminou, e ao mesmo tempo, nem começou.
Sua boca está adoravelmente vermelha, seus cabelos estão lindamente prontos sob a cama, largados em ondas perfeitas, seus olhos estão me perguntando algo toda vez que encaro eles.
Meus cabelos caem ao meu rosto, e brutalmente os jogo para trás, não quero saber de nada agora. Só dela. Só do gosto de sua pele em minha boca. Eu preciso disso.
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duas rainhas e uma coroa | XVI
RomancePor conta de um acordo antecipado entre reinos, a princesa Emma Queen da França, viaja a europa para ocupar seu lugar destinado no trono da Inglaterra, porém para sua surpresa, a herdeira Emily Elliot, filha da rainha assasinada, decide lutar pela s...