como é que é?

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Emily Elliot

- EMILY! - grita com força e pudor atrás de mim.

Eu não sei por que corro, não sei para quem corro, não sei para onde corro. Eu sei, que no momento em que ouvi um barulho, um desespero tomou conta de mim, minhas veias pulsaram, e eu senti no fundo de minha alma, que eu deveria seguir aquele estrondo.

Meus instintos se ativam, eu sei que isso tem alguma relação com aquele pequeno fio de cabelo que Emma me entregou. Ah, aquele pequeno fio de cabelo...

Meus pés batem rápido ao chão, logo na minha frente, alguém corre também, o breu é o domínio do local, por isso, não consigo nem identificar um corpo, apenas um vulto em minha frente, se perdendo na escuridão. Logo atrás de mim, Emma grita e me segue, eu poderia ouvi-la, mas escolho não fazer. Continuo a dar meu melhor para alcançar aquele borrão preto que acelera em minha frente, meus sapatos batendo com esplendor em diversas poças de esgoto a qual passamos, nunca havia visto esse local antes, parece um tipo de corredor infinito, feito especialmente para espionar o castelo.

Sinto a voz de Emma se afastar cada vez mais, e meu coração pulsar cada vez mais rápido, meus pés, se esforçarem a cada pisada para correr mais rápido, e minha respiração sumir em meio ao vácuo.

- EMILY ELLIOT, VOLTE AQUI.

Ela está tão nervosa. E para de correr.

Emmie fica então para trás, acho que se cansa, porém não irei voltar, não irei desistir, eu vou alcançar.

E por mais que eu me esforce, por mais que eu corra com toda minha alma, não funcionou. Perdi o vulto de minha vista, ele simplesmente se deteriorou para o além, jurava estar quase alcançando, mas foi apenas ele virar em uma curva, que desapareceu em uma infinidade de caminhos diferentes, e àquele ponto, não poderia correr mais, estava cansada, meus pés doíam, minha respiração falhava, e se me metesse, por puro chute em qualquer que seja a rota a qual eu escolhesse, iria com certeza me perder, apodrecer de fome e tristeza. Enfim, por que estou pensando nisso?

Suspiro pesadamemte e me deixo agachar naquele chão podre e molhado. Será que era realmente ela? - A única coisa que passa em minha mente. Até Emma me alcançar, e me encontrar abaixada ali, tentando recuperar meu fôlego de algum modo.

- Emy, o que tem errado? - Senti que ela iria surtar, porém ao me ver naquele estado, mudou de ideia, e se agachou ao meu lado, pousando sua mão em minhas costas.

Respiro fundo e balanço minha cabeça, recuperando minha postura, e olhando para minhas opções. Eu? desistir? nem morta!

Aceno com a cabeça apenas uma vez, para afirmar que o que iria fazer seria o certo, então começo a caminhar determinadamemte em direção a um dos caminhos, puxando a mão da Princesa atrás de mim.

- Vamos. - Digo a levando comigo para onde quer que seja que aquela rota nos levava.

Andamos por um tempo, Emma entre abrindo a boca as vezes para falar algo, mas desistindo na mesma hora. Chegamos no final do túnel, em literalmente, nada. apenas um beco, sem saída, pedras impedindo nossa passagem. Suspiro pesadamente, realmente tinha a esperança de encontrar algo, aquela parede foi um baque para mim.

Emma percebe minha angústia, apenas caminha até a parede e pousa a mão nela.

- Emily, precisa descansar. - Olha para mim, como se eu estivesse enlouquecendo.

- Ah por favor, não me olhe com essa cara! - Aponto para ela, meus olhos enchendo de lágrimas, não sei se pela hulmilhação, pelo cansaço, ou se simplesmente pela decepção.

- Emy, eu não estou-

Suspira, se auto-interrompendo.

- Não estou te olhando de modo nenhum, só estou preocupada.

- Eu não estou louca.

- Eu sei Emy...

- Eu não estou louca Emma.

- Eu sei... - Vem até mim, afirmando com uma sinceridade que finalmente me faz questionar se realmente estou louca, pois podia jurar que ela iria me atacar. - ... Por favor, só vamos subir, deitar um pouco e descansar. Aposto que ontem foi exaustivo para você.

Olho para o lado. Tentando puxar aquelas malditas lágrimas para dentro de mim, cerro os dentes, respiro fundo, fecho os olhos, os abro e suspiro de novo. E ela, espera pacientemente, segurando minhas mãos com afeto.

- Certo. - Finalmente a respondo, controlando meus impulsos, engolindo as lágrimas para dentro, e virando meu rosto em sua visão, para olhar para o fundo dos seus olhos e reafirmar:

- Certo. Vamos descansar.

E depois disso apenas subimos, damos as mãos, caminhamos em silêncio, observando uma a outra, pensando, apreciando o momento de "paz". Apenas andamos, até chegar àquele porão inicial, e saímos dele pela porta que dava para fora do castelo, um local meio largado e sujo, porém a única saída que tínhamos.

Eu ajudo ela, e ela me ajuda, dou a mão para ela, e ela, me da a sua, a guio até dentro do castelo, e a princesa me guia para fora da escuridão de minha mente. E apenas essa caminhada sem lógica e palavras, me acalma por dentro.

Bom, isso até entrarmos no castelo, onde se encontram Conde e Elizabeth, parecem ansiosos no salão de entrada, quando botamos nosso primeiro pé lá dentro, a mãe de Emma se levanta, olhando para filha com uma expressão de censura, o que me faz olhar para princesa, procurando o erro, talvez seja sua roupa toda enlameada, ou seus cabelos selvagens para cima, seu suor e sua ofegação - que honestamente me causa ondas no corpo. Porém no momento só me causa raiva, pois o rosto de culpa de Emmie me deixa com vontade de arrancar a cabeça daquela rainha, não gosto nem um pouco como trata sua filha. Mas quem sou eu para julgar? Minha mãe sempre me tratou da melhor das formas.

- Onde diabos estavam? - Xinga o Conde, me fazendo arregalhar os olhos. uau, nunca vi ele assim tão bravo. E cadê minha madrinha? Por que estavam esperando? - Estávamos esperando por vocês!

- Tem algo errado? - Pergunto franzindo o cenho, olhando entre os dois mais velhos daquela sala, procurando sinais para minha resposta. Mas não parecia ter nada errado, porque apesar de decepcionada com Emma, a rainha se levanta satisfeita - provavelmente consigo mesma - e junta suas mãos em frente ao corpo ( exatamente como sua filha! ).

- Muito pelo contrário. - Exclama com uma felicidade repentina. Então já sei que algo ruim aconteceu. Porque o bom dessa mulher, só pode ser o meu ruim.

Mas paro de me perturbar com pensamentos e me permito prestar atenção na futura ridícula declaração que ela vá fazer.

- Como ambas estavam desaparecidas, aproveitamos para terminar o tratado...

claro. ela não perderia essa oportunidade de não pedir nossas opiniões.

- Vocês não podem encerrar a decisão sobre o tratado sem nosso consentimento. Somos as autoras.

- Bem, não mais. - Ela pega uma folha, e estica para mim. Hesito, mas pego ela em minhas mãos, lendo o mesmo papel que eu e Emma escrevemos o deux reines porém, dessa vez, bem no seu final, estava assinado com Elizabeth Queen como dona original do contrato, e única que poderia encerra-lo.

- O conde, como o responsável pelo contrato, passou esse poder para mim. Portanto, a decisão, é minha. com ou sem vocês.

Entre abro a boca chocada. Como é que é?

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N/A: gays, podem xingar a vontade Elizabeth nesse trecho KSJSKKK e aliás, desculpe o atraso, estão permitidos a me xingar também 😥

votem e comentem bastante, lya

com amor, lua <3

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora