duas rainhas e uma coroa | XVI

Emily invasora de aposentos

É ridícula minha cara. Daria um quadro tenho certeza. No fundo estou fervendo de ódio. Mas infelizmente não posso surtar. Não posso surtar. Repito para mim mesma.

Ela parece estar achando diversão da minha falta de reação. Como ela quer que eu reaja a isso? Foi uma hulmilhação pública!!!!!

Sorrio forçadamente ainda com meu rosto como neve e pisco algumas vezes.

- Parabéns Vossa Alteza.

Levanta as sobrancelhas em agradecimento.

- Aproveite a vitória enquanto pode.

Sussuro para que só essa cobra possa ouvir e me levanto, me retirando em direção ao castelo. Que absurdo! ela trapaceou! Ok, ela não trapaceou, mas ficou me distraindo! Isso é tão baixo.

Entro em meu quarto batendo a porta. Nunca estive tão irritada. Que mulher difícil. Eu literalmente não me lembro de nenhuma vez em minha vida inteira alguém ter alterado tanto meu humor de modo tão rápido. Como ela consegue?

Me jogo na cama, completamente exausta e frustada. Isso foi hulmilhante. Mas não vou desistir. Agora que sei que conhecia minha mãe, isso apenas me motivou a me esforçar mais. Porque agora sei que talvez não seja a mãe dela que matou a minha. Talvez seja ela.

Passo o resto da tarde trancafiada, pensando e refletindo sobre o que fazer agora. Essa mulher ocupou todo o meu tempo, portanto me esqueci completamente de que antes de chegar, estava a procurar provas contra o reinado da França pelo assasinato de minha mãe. Com essa nova informação, talvez possa analisar as velhas e conectar fatos. Porém precisarei mais do que palavras.

Está decidido. Vou ao quarto dela procurar algo.

Talvez seja errado? Talvez. Mas não me importo. O que importa agora é as evidências, e é disso que estou atrás, preciso esperar ela sair de seu quarto.

Sei que ela sai para ir à biblioteca. E também sai à noite para o telhado. Tenho duas oportunidades. E não me pergunte como sei dessas informações.

Me sento determinada e concordo com a cabeça. Vamos invadir esse quarto! E minha barriga ronca.

Mas antes vamos fazer um lanchinho na cozinha...

Após um maravilhoso jantar com meu primo por consideração Garphiel, tomei um ótimo banho que estava procurando a dias e esperei dar o horário que a senhorita sai de seus aposentos. Me escondi atrás da primeira pilastra que vi. Nem que os deuses me paguem posso ser achada dessa maneira aqui. Primeiro porque estou de camisola. Segundo porque estou invadindo o quarto da princesa! E terceiro: ninguém sabe que estou investigando. Todos acham que foi infarto, mas eu sei que foi homicídio, sinto isso.

Não demora muito para eu escutar um barulho de porta se abrindo. Me escondo rapidamente e espio pelo canto da estrutura a qual estou atrás. É Emma. Está ainda com a roupa de manhã. E está com cabelo solto? Ela fica diferente de cabelo solto, mas é um diferente... bom?

Balanço a cabeça afastando os pensamentos e espero o problema se retirar em direção à biblioteca. Se ela foi ler, vai demorar. Bom para mim.
Quando sai de minha vista, me apresso para entrar em seu quarto. Sou parada na frente da porta por dois guardas.

OK. Alguém me explica da onde esses dois sairam?????

- Vossa Alteza, não é permitido entrar no quarto da princesa.

Entreabro a boca chocada e suspiro incrédula. são meus guardas! Respiro fundo. Queria conversar com eles e chegar em um consenso. Mas sei que não funciona assim. Vou ter que usar minha melhor atuação.

- Eu sou sua princesa, você serve à realeza Inglesa não Francesa. Me deixe passar ou dou um jeito de lhe demitir imediatamente.

Inclino a cabeça e observo os dois se olharem para chegar em uma conclusão. Meu coração bate rápido. Não sei se isso funcionará.

Mas funciona.

Ambos concordam com a cabeça e abrem espaço para mim. Sorrio com simpatia e agradeço com a cabeça. Já posso ser educada.

Entro empurrando as duas grandes portas de madeira que barram meu caminho. Entro e fecho a porta na mesma hora. meu deus. Só pode ser brincadeira.

Essa mulher não arruma as coisas dela?
Então uma clareza se passa em minha cabeça. Na França provavelmente sua dama que arrumava seu quarto. Eu dispensei isso aqui na Inglaterra porque eu posso arrumar meus próprios aposentados, oras. Talvez eu devesse arrumar uma dama para ela, esse quarto esta uma bagunça!

Mas depois resolvo isso. Foco na tarefa!

Caminho para frente lentamente, observando cada espaço daquele quarto. Já conheço o quarto. Porém não sei onde ela coloca suas coisas. Principalmente porque literalmente está tudo no chão.

Olho em volta, tem duas malas suas embaixo da cama. Seu closet aberto com algumas roupas no chão e outras penduradas. Há alguns cordões na cama e os lençóis estão no chão. Miro em uma mini estante do outro lado do cômodo. Tem três gavetas, e uma delas está aberta, outra fechada e outra possui uma fechadura. Olho em volta a procura de uma chave. Onde pessoas botam chaves?

Reviro a cama. O banheiro. Dentre suas roupas, porém não acho nenhuma chave. Decido ver as outras gavetas que tenho acesso. Na gaveta aberta tem um pote e algumas outras coisas, como maquiagem e perfume. franceses. Reviro os olhos. Pego o potezinho e me levanto.

O pote é quadrado e azul-escuro. Tem uma estampa de flores rosas/roxas e algumas pérolas em cima. É fofa. Abro a caixa. Tem uma jóia dentro. Não é o que procuro obviamente. Mas vai, o que custa dar uma pequena olhada? Respiro fundo sabendo que estou mexendo onde não devia e pego o colar, o esticando em minha mão.

Pouso a caixinha sob o topo da estante, e foco no objeto em minhas mãos. Possui uma linda pedra como pingente. É rosada e um pouco roxa, brilha e reflete a luz para todos os lugares. Uau. Fico de boca aberta pela segunda vez no dia. É simplesmente esplêndido. Como impulso natural abro o colar e boto em meu pescoço. Me sinto tão... não sei explicar. Especial? Linda? Brilhante. Eu simplesmente amei!

Sorrio boba para o colar. Meu deus isso é errado. Muito errado. Balanço a cabeça e paro de sorrir. É aí que ouço um barulho de porta se fechando. Merda, será que isso foi daqui? Será que ela voltou? Mas já? Como assim? Não me viro para ver. Simplesmente paraliso. Que droga! Essas coisas só acontecem comigo.

Engulo em seco e meu corpo todo se arrepia. Não dá para me ver da porta de onde estou, mas simplesmente não tem onde se esconder! Espero que ela tenha entrado para pegar algo na parte principal da suíte e logo saia. Mas não me movo. Vai que eu faço algum estrondo!

Toda minha pele está arrepiada por dentro e por fora. Meu coração batendo mais forte e minha respiração ofegante. Por favor não me veja, por favor não me veja.

E é aí que de repente sinto alguém me puxar pelo pulso e me girar, em seguida me jogando contra a parede de modo agressivo, tento gritar mas minha boca é tapado por uma mão.

Meu cabelo gira pra todo lado e meu coração pula para fora de minha boca. Não dá nem tempo de eu pensar direito. Apenas consigo raciocinar quando olho para frente e capto um rosto colado ao meu.

É ela.

________________________________________

N/A: desculpa, capítulo curtinho, porque quero deixar um climinha hmmmm sabe no final KSKQKSNQKAK enfim, votem pfvr, mwah mwah comentem tbm bastante, quero saber se vcs tao gostando😓😓