bruxa coveniente

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Emma Queen

Eu nunca estive tão desesperada na minha vida. Bom, teve muitos momentos da minha vida em que eu estive desesperada.

Por exemplo, quando minha mãe descobriu que eu me envolvia com mulheres. Ou quando meu irmão descobriu isso. Ou quando eu achei que perderia meu irmão, ou quando eu percebi que teria que assumir o trono Inglês.

Mas agora, é um nível de desespero maior. Porque no final das contas, eu sabia que Juan conseguiria passar pelo procedimento da curandeira. Mas agora, eu não sei nada sobre onde está Emily, como ela está e meu peito está me avisando, com um peso inexplicável, que ela não está bem.

O primeiro lugar que eu fui foi o seu quarto, mas ela não estava lá, então decidi passar pelos corredores da base Francesa. Não a encontrei. Isso devia ser 2hrs da manhã. Comecei a entrar em um desespero mais do que desesperador. Era sufocante.

Eu nunca devia ter concordado com esse plano, ela claramente estava se colocando em maior perigo do que qualquer um de nós. Invadir os aposentos? Isso obviamente não daria certo.

Deixo Juan em seu quarto, o garantindo que eu estava bem, e que eu poderia lidar com aquilo dali para frente. Que ele já fez o suficiente. Mas para ser sincera, eu não queria distúrbios e nem ele se preocupando comigo quase tendo um infarto.

Eu queria achar ela sozinha e resolver isso sozinha.

Decido andar pelos corredores Holandeses.

Mas nenhum sinal de Emily até às 3:00hrs da manhã.

Ela saiu do castelo?

Onde ela se meteu?

Esse castelo é gigante e será suspeito se eu procurar em cada canto dele. Por Deus, o que eu faço? O que eu faço?

Me jogo na cama do meu quarto, cobrindo meu rosto com as minhas mãos.

Inferno.

Inferno.

O que eu faço?

Esfrego minhas mãos, guardando meu grito de frustação para dentro de mim. Preciso me controlar. Preciso pensar. Eu preciso confiar em Emily. Estavam tentando matar ela, então é meio difícil me manter calma em uma situação assim.

Mas se eu surtar agora, talvez tudo fique ainda pior. Eu estava do lado de fora a pouco tempo. Quando começar a ficar claro, irei ao quarto de Emily e checar se ela está lá. Caso o contrário, terei que procurar por todas as pessoas possíveis para matar Emily e fazer uma pequena interrogação.

Começando por Lia. Agora, a maior suspeita.

Então, só me resta esperar uma hora nessa tortura psicológica.

Não aguentei. Passou 20 minutos e eu decidi ir para o quarto de Emily. A culpa não é minha que a cada segundo que se passava, meu coração se apertava mais e mais, me dizendo para levantar e sair correndo atrás dela.

Atravessei o castelo e entrei pelas portas dos fundos do seu quarto, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

- Emily?

Pergunto em um sussurro, ouvindo em seguida um barulho de água. Meu Deus, ela deve estar tomando banho.

- Emily, inferno, eu estava morrendo de-

Paro de falar quando chego ao banheiro e reparo nela encolhida dentro da banheira, com o rosto entre seus joelhos. Ela está dormindo? Por que ela não foi ao porão? Ela não parece estar nada bem.

- Emily? Você está acordada?

Me agacho do lado da banheira, com minhas mãos sob a beira da bacia. Ela está parada como pedra, mas de certa forma, sei que está acordada, e isso me perturba um pouco. Coloco a mão sob sua cabeça com gentileza e começo a acariciar seu cabelo molhado.

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora