Capítulo 85

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||Ayla Almeida Campos||

Alguns dias depois

Minha vontade era de morrer nesse quarto, não sair nunca mais. Porém, a meta e virar uma médica, bem sucedida e deixar pra sofrer em Paris, bebendo champanhe

Sai do banheiro após o banho, e fui direto pro closet. Peguei uma calça jeans e um moletom preto. Minha vontade de me arrumar era mínima, então tava pegando o básico

Calcei meu tênis branco, dei um jeito no meu cabelo, peguei minha bolsa e celular e sai do quarto, indo em direção a cozinha. Peguei uma maçã e sai de casa

Assim que cheguei na caragem destravei o carro e entrei no mesmo em seguida. Sai do condomínio e arranquei em direção a faculdade

Graças a Deus o trânsito não tava lento, mesmo sendo 7:00hrs da manhã

O sinal fechou, e eu aproveitei pra conectar o celular no rádio do carro. Sem música, sem vida, eu já tô sem vida ultimamente, não tô afim de ficar ainda pior

🎶" Foi de raspão, mas valeu, ôh se valeu, sentir o beijo seu"🎶

O sinal abriu e eu voltei a arrancar com o carro. Batuquei com os dedos no volante, sentindo a música tocar na ferida, puta que pariu!

-Foi no canto da boca, voltei no tempo em que eu era seu, só seu... - cantarolei, e como esperado, lembrei dele

Bufei frustada e balancei a cabeça na tentativa de espantar esses pensamentos pra longe

Em vinte minutos estacionei com o carro em frente a faculdade. Desci do mesmo e travei com o controle. Me direcionei em direção ao campus e caminhei calmamente olhando pros lados, na intenção de achar os cornos dos meus amigos

-Fala minha loira favorita. - o Breno passou o braço em volta do meu pescoço e deixou um beijo estalado na minha bochecha

-Tão falso, credo. - neguei com a cabeça

-Te amo loira, mais tu só me maltratar. - colocou a mão no peito

-Mais olha, que descarado. - empurrei ele de leve - Bora comer antes que eu caia nesse teu golpe barato

-Ih, ta cheia de caô - me olhou incrédulo e eu joguei os cabelos pra trás - Aqui dentro do meu peito só tem amor.

Dei risada e me sentei na mesa

-Procure alguém pra dar esse seu amor ai, por enquanto tô fora dessas paradas - fiz careta

-Tu ainda ta ainda gosta do policial, né? - perguntou curioso

-Se eu gostasse seria bem mais fácil de esquecer - bufei - Amo ele pô, aquele homem é o amor da minha vida

-Te entendo, quando se ama, e foda esquecer - segurou minha mão - Vocês vão se acertar

Puxei minha mão e cocei a nuca, disfarçadamente

-Sei não pô, é complicado...- suspirei - Por mais que eu ame, sempre vai gerar aquela desconfiança, sabe? Não sei se vai ser fácil perdoar.

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