Em um mundo de distopia, o povo foi separado pelo governo, seguindo a hierarquia de sangue, onde filhos de famílias nobres ou generais viviam no lado de luz, paz e esperança, chamado Andena. Mas os filhos de trabalhadores sem valor ficavam em um lug...
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Demorou muito tempo para que Ryujin e seu avô saíssem do quarto, todos esperavam com os nervos à flor da pele, principalmente Felix. Mas eles trouxeram boas notícias, tinham retirado a bala com sucesso e o Lee não estava em risco de vida.
O Lee mais novo foi o primeiro a entrar no quarto, seu irmão continuava desacordado, mas só vê-lo era o suficiente para Felix. Talvez ele estivesse sentindo o mesmo sentimento que Minho sentiu ao ver seu irmão mais novo sangrando incessantemente em seus braços.
Todos preferiram deixar Felix sozinho com seu irmão, então continuaram na sala.
- Posso fazer uma pergunta? - Ryujin perguntou entregando um copo de água para Changbin.
- Vá em frente. - o Seo respondeu.
- Vocês mentiram para mim, não é? Não estavam caçando.
Changbin engasgou com a água, começando a tossir violentamente. Bangchan se aproximou para ajudar o Seo, que a essa altura já estava começando a fingir as tosses para não ter que responder.
- Como assim? Está nos chamando de mentirosos? Isso é calúnia! - o Seo se vitimizou.
- A bala tem a insígnia do governo, normalmente, são balas usadas pelos soldados. - ela explicou com feição de tédio, mas a frase seguinte foi com ansiedade e animação - Por acaso... São foragidos? Estão sendo perseguidos pelo governo?
- Não precisamos responder. - Bangchan interrompeu - Vamos embora assim que nosso amigo estiver melhor, então vocês não terão problema nenhum.
- Não estou preocupada com problemas, me preocupo somente com o bem-estar do meu avô.
- Não iremos machuca-lo, só queremos que cuidem do nosso amigo.
- Então pelo menos me falem de onde são?
- Sacred Lakes. - Jeongin respondeu rapidamente - Ele se machucou enquanto estávamos fugindo do vilarejo.
- Achei que ninguém tivesse saído com vida.
- Nós conseguimos, mas ele foi baleado durante a fuga.
Ryujin olhou para o rosto de todos por um momento, como se estivesse procurando um vestígio de que estavam mentindo, e suspirou depois de alguns segundos.
- Está bem, acreditarei em vocês, mas irão embora daqui assim que seu amigo puder.
Ela saiu da sala, voltando para o quarto em que os Lee's estavam. Todos puderam respirar aliviados e até abraçaram Jeongin por ter conseguido inventar uma mentira, com uma pequena parcela de verdade.
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Já havia passado um dia, Minho acordava e perdia a consciência, alucinava e murmurava por causa da febre alta, Felix estava praticamente vivendo o mesmo que seu irmão viveu quando estava nessa mesma situação.
