Em um mundo de distopia, o povo foi separado pelo governo, seguindo a hierarquia de sangue, onde filhos de famílias nobres ou generais viviam no lado de luz, paz e esperança, chamado Andena. Mas os filhos de trabalhadores sem valor ficavam em um lug...
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Durante todo o percurso, Hyunjin aproveitou para explicar suas suposições sobre o que estava acontecendo, mas mesmo com uma teoria que se concretizava cada vez mais, ainda tinha algumas coisas que o incomodava, Bangchan ainda não parecia completamente inocente nessa situação, mesmo que muitas setas indicassem para Seungmin, Hwang Hyunjin tinha uma intuição que dificilmente falhava ou o deixava na mão, mas com esse sumiço do Bang, não podia resolver muita coisa.
O caminho parecia inacreditavelmente limpo agora, como se todos tivessem saído do prédio, desceram toda a escadaria sem problemas, encontrando alguns corpos jogados nas escadas, com sangue espalhados pelos degraus, tinham muitos e com certeza não tinha sido nenhum dos dois que olhavam a cena perplexos.
— Quais as chances de ter sido Bangchan? — Minho questionou chutando logo depois a mão mole de um dos cadáveres, mas a mão agarrou sua perna sem forças, não arrancando um grito de susto ou qualquer coisa do esperado nessa situação — Esse aqui 'tá vivo, olha.
O Hwang se virou na direção do Lee e deixou sua visão decair para o corpo que ele apontava, Hyunjin se aproximou e virou o corpo de barriga para cima, percebendo uma respiração fraca vinda do soldado.
— Quem fez isso?
Ele mexeu a boca suavemente e de forma penosa, sua voz era tão baixa que era impossível de escutar estando longe, então o Hwang aproximou sua cabeça lentamente para ouvir as últimas palavras que estavam sendo proferidas pelo jovem soldado.
— Tenho que proteger… o governador… Me salve… — ele choramingou — Eu quero… viver…
Após isso, o jovem tossiu uma quantidade considerável de sangue, espirrando no cabelo e rosto do Hwang, que a primeira reação que teve foi fechar os olhos enquanto sentia os pingos tocarem a sua pele.
— O que foi que ele disse? — Minho perguntou.
Hyunjin não respondeu, fechou os olhos do soldado e se levantou, suspirando. Sentiu seu coração apertar, esse garoto era realmente muito jovem, deveria ser um novato que entrou com um senso de dever intacto, sabendo qual era o seu trabalho, mas talvez esse não tenha sido o melhor para ele. Hyunjin já esteve nessa posição e por isso aquilo doía, ele já foi um deles no fim das contas.
Ele continuou a descer as escadas, agora com mais pressa, tentando ignorar os corpos sem vida e outros lutando em seus últimos momentos que estavam espalhados ao seu redor, todos com ferimentos de tiros ou de facas espalhados pelo corpo.
Chegaram no subterrâneo, onde ficava o estacionamento da Sede, os dois abriram a porta devagar e com desconfiança, observando o local e Hyunjin percebeu que o carro do seu pai não estava lá, na vaga "particular" dele, Donghoon nunca ia ao trabalho sem o carro e ele esteve na Sede segundo Seonghwa, então ele tinha ido embora. O Hwang caminhou rapidamente até o carro do governador e usou a chave que pegou para abrir, Minho entrou e sentou no banco de carona, admirando o novo transporte de forma fascinada por alguns segundos, mas logo perdeu o interesse.