Em um mundo de distopia, o povo foi separado pelo governo, seguindo a hierarquia de sangue, onde filhos de famílias nobres ou generais viviam no lado de luz, paz e esperança, chamado Andena. Mas os filhos de trabalhadores sem valor ficavam em um lug...
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A sala abrigava duas silhuetas, a do homem de meia idade, machucado, com hematomas espalhados pelo seu rosto e curativos, e a de seu subordinado, em pé na frente da mesa do antigo governador, que agora teria um novo dono.
- Vá para Vynas, Chris. - o Hwang levantou-se com dificuldade, caminhando devagar até uma mala vermelha deixada lá mais cedo à seu pedido - Encontre Seungmin e entregue isto a ele como agradecimento pela ajuda e esforço. Pedi para que reservassem um quarto para você em uma hospedaria em Vynas, espere lá pela chegada de Seungmin.
- Você realmente vai deixá-lo assim? Sem mais nem menos?
- O que você sugere, Chris? Quer fazer com ele o mesmo que fez com Jongho?
- Ele matou Changbin.
Donghoon não segurou uma risada de escárnio que escapou dos seus lábios, chamando a atenção do Bang.
- Chris, se é o seu desejo, aja como quiser. Mas somente entregar isso será o suficiente, é o que ele quer.
Bang Chan suspirou, mas assentiu para Donghoon, mostrando que acataria suas ordens e viajaria para Vynas o mais rápido possível.
- Eu sabia que você iria obedecer, você nunca me desaponta.
O Hwang sentou-se novamente, se acomodando na confortável cadeira estofada.
Donghoon já não parecia tanto aquela pessoa de antigamente, mas ainda tinha algumas características que jamais mudariam. Mas não importava o quanto ele mudasse, Bang Chan sempre o reconheceria. Seu rosto e sua presença estava marcada profundamente na mente do Bang, devia sua vida a ele e nunca esqueceria sua dívida. Hwang Donghoon era sua porta para fora de Yxen, a garantia de que poderia largar seu passado e viver um novo presente. Essa promessa, feita há anos atrás, começou a ser colocada em prática quando eles menos esperavam.
Simples acasos que serviram como um catalisador para sua causa.
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O adolescente corria com dificuldade, o cansaço e pouca resistência era um enorme problema. O sangue que manchava suas roupas e rosto deixava-o com uma aparência sanguinária, mas o desespero em sua expressão mostrava que ele só procurava um lugar seguro. Os gritos estridentes estavam por todos os lados, famílias estavam sendo destruídas, pessoas estavam perdendo sua humanidade.
O jovem continha ferimentos em seus braços causados por unhas que firmaram-se e se cravaram em sua pele brutalmente, mas conseguiu escapar, não antes de ver seu irmão ter seu pomo de adão mordido e arrancado na sua frente. Bang Chan temia que uma das pessoas que esbarrava durante sua corrida frenética fizesse o mesmo consigo. Ele não tinha uma direção exata para seguir, corria para o lugar que julgava estar seguro, um lugar para se esconder e ser protegido.
A lâmina sem punho que segurava machucava sua mão, mas isso pouco importava, era o que ele usaria para se defender e matar, se isso fosse preciso.