Em um mundo de distopia, o povo foi separado pelo governo, seguindo a hierarquia de sangue, onde filhos de famílias nobres ou generais viviam no lado de luz, paz e esperança, chamado Andena. Mas os filhos de trabalhadores sem valor ficavam em um lug...
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— Ele não está sozinho, — Hyunjin comentou — mas não parece que eles estão em muitos.
Os dois observaram a entrada de Seungmin no hotel de longe, tentando ter uma ideia se era seguro entrar ou não.
— Mas entrar despercebido seria bem melhor, não é? Daqui de fora não podemos ver a situação lá dentro, pode ter vários soldados. Eu só trouxe armas mais leves e estamos com pouca munição, não me parece uma boa ideia.
— Eu vou entrar sozinho.
Felix encarou-o incrédulo, balançando sua cabeça negativamente para o mais alto.
— Nem ouse.
— Mas é melhor…
— Melhor? Melhor pra quê? É melhor pra morrer? Você não vai entrar nessa porra sozinho.
Hyunjin suspirou cansado, observando o semblante do mais novo, parecia que ele o espancaria se tentasse entrar na hospedaria sozinho.
— Felix, por favor, nós não temos muito tempo…
— Então deixa eu entrar com você!
— Está bem, você vai entrar comigo, mas eu subirei para o quarto sozinho, você fica no primeiro andar.
O Lee ainda mostrava sua reprovação, mas acabou aceitando por hora. Se aproximaram das portas de madeira da hospedaria, a luz amarelada da lâmpada iluminava vagamente a rua, o primeiro andar parecia vazio a primeira vista, mas perceberam que nos fundos do lugar havia uma dupla de bêbados apoiados na mesa, no balcão tinha uma jovem com um semblante entediado. Respiraram fundo, entreolhando-se como se pudessem se entender somente com seus olhares e Felix entrou com Hyunjin atrás de si.
Quando a atendente percebeu a movimentação, levantou o rosto, mas antes que pudesse reagir ao reconhecer quem eram aqueles dois, foi silenciada com uma pistola com silenciador apontada para sua cabeça, ela o reconheceu como Hwang Hyunjin, o traidor de Andena.
— Aquele jovem que acabou de entrar, me diga para qual quarto ele foi e me dê as chaves reservas.
A jovem não respondeu, permaneceu parada, tremendo por causa do medo.
— Não fique quieta e também não tente fingir que não sabe de nada. — Felix reclamou — Deve tê-lo reconhecido também, ele entrou com dois soldados.
Ela fechou os olhos ao ver a arma nas mãos do Hwang sendo destravada.
— Ele está no quarto três, subiu há pouco tempo. — Hyunjin assentiu com a cabeça, Felix foi até o grande chaveiro que ficava grudado na parede e procurou a chave com um número três a retirando e entregando ao Hwang — Agora, por favor, parem de apontar essa arma para mim, já fui ameaçada o suficiente por aqueles soldados.
Ela manteve suas mãos erguidas, olhando de relance para os dois, com medo de que qualquer movimento pudesse custar sua vida. O lugar tinha um estranho contraste entre os dois bêbados no canto dormindo tranquilamente e a atendente assustada. O Hwang fez um gesto para que ela se aproximasse mais do balcão, e assim ela fez, devagar se aproximou, observando a ponta da pistola.
