Felicidade estragada

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O salão estava silencioso, mesmo que tivesse duas pessoas sentadas à mesa, ambos não diziam uma palavra sequer, deixando aquele clima quieto e até mesmo desconfortável

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O salão estava silencioso, mesmo que tivesse duas pessoas sentadas à mesa, ambos não diziam uma palavra sequer, deixando aquele clima quieto e até mesmo desconfortável. Somente um desses dois se deliciava com o banquete servido, o jovem sentado ao lado direito estava revirando a comida em seu prato, sem sentir a mínima vontade de comer. Sentia seu estômago revirado e se comesse algo com toda certeza vomitaria, sentia náuseas por causa do nojo, não da comida, mas sim por algo que ouviu na cidade.

- Não vai comer? - o mais velho perguntou fitando o garoto com o olhar.

- Estou sem fome.

- É bem difícil que isso aconteça, está se sentindo mal?

- Pai, eu ouvi algumas coisas na cidade... - nesse momento, Jongho apertou os talheres que segurava com raiva, tinha dado ordens bem claras para que HueningKai não saísse de casa por no mínimo três semanas - É verdade? Ontem à noite o senhor mandou queimar três pessoas vivas? E se sim, que critérios o senhor usou para esse ato desumano?

- Eram criminosos, isso é o suficiente.

- Criminosos? Mas o senhor nunca tratou criminosos assim antes, não é? Tem a delegacia e o presídio para prender criminosos, que tipo de crime eles cometeram para o senhor chegar a esse extremo?

- Eram traidores e a punição para traidores é a morte. - ele respondeu simplesmente - Coma, não passe fome por causa desses insetos miseráveis.

- Você nunca me conta o que acontece em Andena, e quando conta, é sempre desse jeito.

- Para que você quer saber sobre isso?

- O meu pai é a porra do governador, claro que eu quero saber o que acontece! - ele não conseguiu evitar a raiva em sua voz e se levantou com raiva de sua cadeira - Para de me tratar como uma criança que não sabe de nada! Eu já tenho idade o suficiente para saber o que acontece.

- Não levante sua voz comigo, sente-se e coma.

Ignorando Jongho, HueningKai deixou o salão sem dizer uma palavra sequer, o Choi deu um suspiro alto e se inclinou para trás na cadeira, largando seus talheres em cima da mesa. Quando aceitou cuidar do filho de San não imaginava que seria tão difícil, tinha que restringir o Huening de qualquer notícia ligada ao governo ou pessoas que poderiam contar a ele sobre o passado, isso era cansativo, não sabia se realmente valia a pena cuidar com tanto esmero de um garoto rebelde como HueningKai.

O Huening já estava em sua cama, jogado de qualquer jeito, pensando em todas as palavras ditas por seu pai, Jongho mal aparecia em casa e quando aparecia evitava tocar em qualquer assunto de fora, viver privado de notícias o deixava ansioso, não sabia o que acontecia fora da sua própria bolha e ele não gostava de ser tão desinformado assim.

A porta do quarto abriu repentinamente, Kai se assustou achando que poderia ser seu pai, mas respirou aliviado ao ver Jung Wooyoung parado na frente da porta aberta, esperando permissão para entrar. Após Huening fazer um gesto com a mão dizendo que ele poderia entrar, Wooyoung entrou e fechou a porta atrás de si, caminhando até a cama e se sentando na beirada, observando HueningKai com um olhar um tanto triste.

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